Blackout – O Amor Também Brilha no Escuro - Resenha


Pare e pense comigo um pouquinho:


Quantos romances em livros, filmes e séries você já encontrou em que os protagonistas são negros e o foco não é a cor de sua pele, o racismo, as tragédias e o preconceito e sim o amor que os une? Que seja apenas uma bonita história de amor?


Poucos, né?


Dhonielle Clayton, escritora, conta que no começo da pandemia assistia a muitos filmes com a sua sobrinha, até que a menina perguntou por que garotas negras não têm grandes histórias de amor contadas. Então Dhonielle juntou outras autoras e amigas e decidiu criar uma obra que atendesse essa falta que a sobrinha sentiu ao não se ver representada. Em entrevista Publishers Weekly ela disse que a ideia é contar história de amor de jovens negros em que eles são a peça central, não apenas os coadjuvantes ou amigos legais, um Simplesmente Amor para adolescentes.


Assim nasceu Blackout – O Amor Também Brilha no Escuro, que foi publicado recentemente no Brasil pela Editora Seguinte, selo do grupo Companhia das Letras.


Foto @casosacasoselivros


Como parte do Time de Leitores da editora, recebi um e-book da obra e posso dizer: é um livro para deixar o seu coração quentinho.


Blackout


A obra conta com seis contos escritos por Dhonielle Clayton, Tiffany D. Jackson, Nic Stone, Angie Thomas, Ashley Woodfolk e Nicola Yoon.


Uma onda de calor e um apagão em Nova York. Assim começa a história. Enquanto a noite cai e a maior cidade do mundo fica no escuro, seis casais tem sua história de amor contadas. Amores antigos, amores novos, amores imprevisíveis e outros já esperados.


Todas autoras de Blackout - Foto @harpercollins


Apesar de terem sido escritas por autoras diferentes, a linguagem de todas conversa entre si. As seis mulheres conseguiram criar coesão no texto e uma conexão muito bacana entre os contos e os personagens. Os contos começam e terminam em si mesmos, mas um, que é o primeiro, é dividido em atos, que vão acontecendo entre os outros textos, o que deu um toque legal, já que ele acontece durante muitas horas. No fim das contas, todos se reúnem durante uma festa.


As histórias são únicas e se complementam, criando um enredo muito bem costurado e que nos faz querer ser amigo e abraçar os protagonistas.


O foco é realmente está nas histórias de amor, mas é sutilmente inserido nos textos questões de como precisaram lidar com o preconceito e com o racismo, mas é pano de fundo de um tema muito maior.


E além das histórias serem lindas (me apaixonei por quase todas!), há representatividade por todos os lados. Todos os protagonistas são negros e/ou com ascendência latina e os contos mostram relações hetéros e LGBTQIA+.

E uma boa notícia: a produtora dos Obamas (sim, o ex-presidente e sua esposa) está produzindo junto à Netflix uma série em seis episódios baseada em Blackout. Ainda não há informações de datas e elenco, apenas que está em andamento. Já espero ansiosamente.


Recomendo muito.


Teca Machado


4 comentários:

  1. Ok, Teca. Como vai? Particularmente adoro livros de contos, este al me parece muito interessante de ser desbravado. Fiajei te tado a lê-lo. Aue bom que a obra lhe agradou. Abraço!

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  2. Oi Teca,
    Perdi a chance de pegar esse livro no NetGalley, então estou de olho nas promoções!
    Não sou lá muito fã de contos, mas essas autoras maravilhosas e tantos elogios estão me fazendo ter vontade de ler, rs.
    beeeijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  3. Olá, Teca.
    Eu amei e favoritei esse livro. Me apaixonei por todas as histórias e agora já quero ler mais obras de todas as autoras, que eu só conhecia uma delas.

    Prefácio

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  4. Menina! Antes de mais nada, para tudo que eu não sabia que os Obamas tinham uma produtora! Que maneiro! E mais maneiro ainda é que vão produzir a adaptação desse livro. Eu ainda não li, confesso, mas falam tão bem dele, que eu to doida para ler também. E, se vai ter adaptação, agora que quero ler mesmo! ^^
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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