Casamento em Família - Crítica


Antes de ter filhos e da pandemia, eu e meu marido íamos toda semana no cinema. Vi filmes que queria, que não queria, bons, ótimos, ruins, joias escondidas, blockbusters e muito mais. Não vou negar: Era ótimo. Aí veio a pandemia e todos os cinemas fecharam. E nesse meio tempo eu engravidei. De gêmeos. Isso significa que cinema, infelizmente, não é mais uma parte tão recorrente nas nossas vidas. E sinto falta. Muita. Não vou negar. Graças à Deus os streamings estão aí para nos ajudar. E semana passada, depois de 9 meses (a última vez que tinha ido foi para ver Top Gun: Maverick em junho do ano passado!) fomos ao cinema. E o escolhido da vez foi Casamento em Família, comédia do diretor Michael Jacobs, que também assina o roteiro.



Tem dias, ainda mais numa sexta, que você só quer ver um filme leve, engraçado, bem-feito e com boas atuações. E foi esse o caso, apesar de que no fim das contas é mais um drama sobre relacionamentos do que uma comédia romântica propriamente dita. 


Casamento em Família


Michelle (Emma Roberts) e Allen (Luke Bracey) um casal, estão numa festa de casamento. Quando ele percebe que ela vai pegar o buquê da noiva, ele surta com a possibilidade de ter que casar-se – apesar de amá-la –, se joga na frente, pega o buquê ele mesmo e estraga o momento. Sim, ele foi um babaca. Michelle, então, diz que ele precisa se decidir: Ou eles seguem em frente e se casam ou terminam. Ambos vão para a casa dos pais para pensar e pedir conselhos e marcam um jantar para que todos se conheçam. E é aí que mora o problema, porque os quatro estão interligados de maneira improvável.


O trailer já mostra o grande tcham do filme (normal, porque hoje em dia trailer é sempre assim), mas não tem problema, porque o trunfo desse filme é o elenco sensacional.






Três relacionamentos


Geralmente comédias românticas focam em apenas um casal, mas aqui apesar de serem Luke e Michelle o pronto central, os casamentos dos seus pais ganham destaque e, convenhamos, tem um enredo muito mais interessante e maduro. Os pais de Luke, Sam (William H. Macy) e Monica (Susan Sarandon), não se amam mais há muito tempo. Enquanto Sam é doce, gentil e infeliz, Monica é um furacão e amargurada. Já Grace (Diane Keaton) e Howard (Richard Gere) sempre tiveram um casamento feliz e perfeito, mas se afastaram e estão infelizes. O problema é que os quatro andam repensando suas relações, então como aconselhar os mais novos?


E Casamento em Família vai discutindo a relação dessas seis pessoas, em como precisam resolver seus problemas como casal e como os pais precisam se acertar para que os filhos possam decidir o que fazer, tudo isso em meio de questionamentos e reflexões profundas pontuadas de momentos cômicos e mesmo improváveis. O filme discute muito o que é amor, como manter o amor, porque nos distanciamos, porque nos aborrecemos com o outro depois de um tempo e mais.




Elenco


O que falar desse elenco a não ser que é maravilhoso? Luke Bracey e Emma Roberts são ótimos juntos (e é a segunda vez que são um casal, a primeira foi em Amor Com Data Marcada), mas a alma de Casamento em Família é Susan Sarandon, Diane Keaton, Richard Gere e William H. Macy. As interações deles são ótimas, dramáticas, engraçadas, tristes e inesperadas. É um elenco que não precisa se provar, que só de respirar já exala talento e tem ótimo timing.


Curiosidades: É a segunda vez que Luke Bracey e Emma Roberts são um casal, a primeira foi em Amor Com Data Marcada. Susan Sarandon e Richard Gere foram um casal – com problemas no casamento -  em Dança Comigo?. E Gere faz papel de pai de Emma Roberts, sobrinha de Julia Roberts, com quem ele fez o clássico Uma Linda Mulher.


Apesar de teoricamente ser um filme leve, os diálogos sobre amor, felicidade e relacionamentos tomam viés pesados e profundos em certos momentos. Acredito que podemos chamar Casamento em Família de dramédia. O filme tem seus clichês do gênero, mas isso não tira seu brilho.


Recomendo bastante.


Teca Machado




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