Ava - Crítica


Há alguns atores que sei que se estão envolvidos num projeto a chance de ser bom é sempre alta. A Jessica Chastain é uma delas. Entre seus trabalhos estão Interestelar, O Zoológico de Varsóvia (que eu acabei de perceber que nunca fiz resenha! Em breve trago para vocês essa maravilhosidade), A Grande Jogada, Perdido em Marte, A Hora Mais Escura e Histórias Cruzadas, sendo que desses dois últimos citados ela recebeu indicação ao Oscar como Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante. Então quando vi que a Netflix lançou com ela o filme Ava, do diretor Tate Taylor, e que tinha um trailer empolgante, quis assistir na mesma hora. Bom, posso dizer que esse foi um dos raros casos em que ela fez um filme medíocre.



Nesse filme original Netflix, Ava (Chastain) é uma assassina de aluguel de altíssimo nível. Metódica e disciplinada, nunca deixa de fazer o trabalho pelo qual foi paga. Mas tem uma falha: pergunta para as vítimas o que elas fizeram de errado, algo que incomoda o alto escalão, que já não está tão satisfeito com ela. Quando uma das mortes encomendadas dá errado, a agência para a qual trabalha se vira contra ela. Assim, Ava volta para Boston, sua cidade natal, após oito anos fora. Enquanto lida com o ex-chefe querendo matá-la, precisa lidar com problemas familiares.


Elenco estelar, roteiro pobre


Basicamente todos os atores de Ava têm um nome respeitável em Hollywood. Além de Chastain, o elenco conta com John Malkovich, Colin Farrell, Genna Davis e Common. E apesar de todos serem ótimos na arte de interpretar, parece que estão lá para cumprir tabela. Ninguém realmente parece estar curtindo o filme ou dá o melhor de si. Até as cenas de luta, que num filme como esse deveriam ser incríveis e muitíssimo bem coreografas, têm pouco brilho. Parece quase mecânico.




Acho que grande parte da culpa de tudo parecer engessado é o roteiro um tanto pobre. Explora questões bestas enquanto as importantes ficam mais de lado. E algumas soluções que a trama encontra para resolver problemas definitivamente são as saídas mais fáceis e muito pouco inventivas. Além disso, toda a troca entre os personagens parece fraca ao mesmo tempo que forçada.


Um filme ser sobre uma ex-militar um tanto transtornada que ficou ainda mais depois de problemas com bebidas e relações familiares tóxicas é totalmente clichê no gênero, o que é super ok, afinal, clichês estão aí para serem usados – e a gente ama! Mas o grande tcham deles é saber fazer bem feito, senão é apenas mais do mesmo, que foi exatamente o que aconteceu em Ava.





Ava é um filme ok, bem esquecível para falar a verdade – o que é quase um crime para qualquer produção, ainda mais para uma com atores tão bons e que provavelmente custou caro. 


Faltou inspiração, o que é uma pena, porque com a Jessica Chastain e John Malkovich no elenco eu esperava algo no mínimo muito bom.


Não recomendo.


Teca Machado


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