A Guerra do Amanhã - Crítica


Imagine estar assistindo a Copa do Mundo de 2022 e a transmissão parar porque um monte de soldados de outra dimensão aparece no meio do campo. E eles vêm com uma notícia: São viajantes do tempo, vindos do ano 2051, e pedem ajuda para ganhar uma guerra. No futuro uma batalha é travada com os “garras brancas”, alienígenas sedentos por sangue, e a humanidade está perdendo. A única alternativa que encontraram foi voltar no tempo e pedir que as pessoas da nossa época se juntem à luta, caso contrário em 30 anos não haverá mais planeta.





Essa é a premissa de A Guerra do Amanhã, do diretor Chris McKay, que seria lançado nos cinemas pela Paramount, mas a pandemia mudou os planos do estúdio. Desse modo, a Amazon ficou interessada no filme e o comprou para a sua plataforma de streaming, o que foi uma decisão acertada, pois o filme se tornou Top 1 da Prime Video.


Pode ler a resenha sem medo de spoilers!


Enredo


Entre os convocados a lutar na guerra do amanhã está Dan Forrester (Chris Pratt), um professor de biologia do ensino médio e que já foi militar nos EUA em operações no Iraque. Obviamente ele não quer ir, mas não há escolha: se a pessoa intimada não vai, seu cônjuge, filho ou parente mais próximo é enviado no lugar. Então, com a intenção de lutar por um futuro para sua filha, Dan vai para o futuro, onde encontra uma situação muito pior do que imaginou. Devido às suas habilidades em guerra, uma coronel do front do futuro (Yvonne Strahovski) conta com sua ajuda em missões.




Pelo trailer temos a impressão de que é apenas um filme de ação e ficção científica, afinal, estamos falando de viagem no tempo, aliens, correria, caos, explosões, apocalipse. Mas o roteiro também trata bastante de questões emocionais do personagens de Chris Pratt, e isso foi algo que incomodou algumas pessoas que queriam ação e ficção pura e simples. Mas, para mim, isso de um ar muito mais humano ao filme e maior profundidade e complexidade ao protagonista. Ele não foi lutar uma guerra que teoricamente não é sua e matar uns etês: sua intenção é salvar o mundo para garantir o futuro para sua filha.


Chris Pratt está muito bem, como geralmente costuma estar nos filmes, ainda mais nos de ação. Ele tem carisma e sabe dar o tom que a cena pede, principalmente quem precisa de algo mais engraçadinho. Temos ainda Yvone Strahvski, que muita gente odeia porque só consegue pensar na Serena de The Handmaid Tale, mas que está bem também, e J. K. Simmons, um ator de nível altíssimo e que sempre entrega uma atuação boa, seja num drama, seja num blockbuster de ação.


Clichês


Apesar de uns furos e algumas decisões no roteiro no mínimo preguiçosas ou sem coerência com a vida real (não que seja um filme real), como falar sobre vulcões com um adolescente alucinado pelo tema, ao invés de falar com um especialista ou até mesmo pesquisar no Google, A Guerra do Amanhã é interessante e tem algumas reviravoltas bem boladas.




Além disso, o filme tem vários clichês do gênero, o que não é necessariamente ruim, porque sempre digo que um clichê bem feito tem o seu mérito. E no caso dos filmes de ação encontramos aqui vários, como a mocinha caindo para a morte certa em câmera lenta, o protagonista ser aquele que é responsável por salvar o mundo, conhecer justamente as pessoas que podem resolver os problemas que aparecem, ter aliens que morrem com um tiro e uns que precisam de uma bazuca para serem destruídos e muito mais.


A Guerra do Amanhã é uma obra de arte do cinema? Nem de longe. Mas é um blockbuster interessante, cheio de entretenimento, muito bem feito, com ótimos efeitos especiais, com elenco bacana e de tirar fôlego em cenas de perseguição. E é exatamente isso que a gente procura num filme do gênero.


Recomendo.


Teca Machado




4 comentários:

  1. Teca, vi esse filme e no comecinho eu estava mega curtindo, mas depois... Sei lá! Não é nem o clichê que incomoda, mas algumas coisas que não se encaixam, sabe? Como você disse. Mas no geral, valeu a pena assistir. Principalmente, pelo protagonista. ♥ Adoro o Chris (a íntima hahaha).

    Beijos, Carol
    www.pequenajornalista.com

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  2. Quero muito ver depois de sua resenha. Parabéns por nos entregar o que o filme quer passar.

    Boa semana!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

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  3. Ooi
    Acho que já teve uma época em que qualquer filme assim saindo eu ficava doida para assistir, mas depois de anos e tantos clichês citados por você eu acabo nem cogitando assistir. Acho bem interessante que filmes que seria flopados no cinema conseguem fazer tanto sucesso no streaming.

    Sil
    blog kzmirobooks.com • Siga no Instagram: @kzmirobooks

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  4. Adorei o filme, só achei ele tão longo... Acontece tanta coisa que eles poderiam ter feito dois. Como você mesmo disse, ele é cheio de entretenimento e com isso cumpre o papel.

    https://refugiocringe.blogspot.com/

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