Morte No Nilo – Crítica


Apesar de leitora alucinada e amante de um bom mistério, preciso confessar uma coisa quase vergonhosa: Eu só li um livro de Agatha Christie, Intriga em Bagdá, e sendo muito sincera eu não lembro de absolutamente nada da trama, já que eu li tem bem uns 20 anos (e agora me senti velha, muito velha!). Tenho vontade de ler, principalmente as obras com Hercule Poirot, considerado um dos melhores detetives do mundo e que tem um bigode característico e uma inteligência acima da média. Apesar de já conhecer por alto o personagem, foi apenas em Assassinato no Expresso Oriente, do diretor Kenneth Branagh, que realmente vi algo mais profundo sobre ele. E agora ainda mais em Morte No Nilo, novo filme com Poirot e baseado no livro de mesmo nome da Rainha do Crime.



Morte no Nilo foi marcado por vários contratempos. Suas filmagens começaram em 2019, mas foram adiadas por causa da Covid 19 e então vários dos seus astros tiveram seus nomes nas manchetes. A começar com Armie Hammer que foi acusado de estupro, canibalismo (!) e muito mais. A data de lançamento do filme até foi adiada mais uma vez por causa dele. Aí vem a Letitia Wright, que é antivacina e LGBTfóbica. E por último a Gal Gadot que foi escalada para viver Cleópatra (e em Morte No Nilo até se fala disso), mas tem muita gente fazendo campanha contra, dizendo que é whitewashing e que é uma afronta por ela ser israelense e o país tem entrado em conflito com o Egito apenas 50 anos atrás. Tudo isso poderia ter ofuscado o filme, mas ele estreou e foi muito bem na bilheteria ao redor do mundo e já entrou no streaming. Assisti pelo Star+.


Morte no Nilo


Hercule Poirot (Kenneth Branagh) está de férias no Egito quando encontra seu amigo Bouc (Tom Bateman). Poirot se junta a ele e vai para a festa de casamento de Linnet (Gal Gadot) e Simon (Armie Hammer). Durante sua viagem de lua-de-mel pelo rio Nilo, o casal convida amigos e familiares para embarcarem no barco Karvak e celebrarem sua união. Porém um assassinato acontece e todos os passageiros têm motivos para matar. Cabe então a Poirot, o mais famoso detetive do mundo, solucionar o mistério.




Enquanto Assassinato no Expresso Oriente foi envolvente do começo ao fim, Morte No Nilo, não foi tanto assim. Ele realmente engrenou quando o assassinato aconteceu e a investigação começou. A primeira metade do filme serve para ambientar o espectador e apresentar os personagens – e suas motivações, assim como contar a história da juventude de Poirot e até mesmo explicar o motivo do seu bigode. O mistério é menos surpreendente do que do filme anterior, mas ainda assim é uma reviravolta bacana e que chega a enganar o público. Enquanto o outro foi sobre vingança, aqui temos uma história sobre amor, ciúmes e obsessão.


Elenco e cenário


A estética de Morte No Nilo tem um quê de falsa, até mesmo de quase brega, mas acredita-se que era a intenção do diretor. Como Poirot gosta, tudo é muito simétrico, muito perfeito, muito certinho, brilhante e limpo. Para quem está reparando parece muito CGI, principalmente as cenas de paisagens, que ainda assim são lindas (Eu morro de vontade de conhecer o Egito!).


O elenco tem nomes fortes como os já citados Gal Gadot, Kenneth Branath, além de Annete Benning, Sophie Okonedo, Emma Mackey, Russel Brand, Jennifer Saunders e outros. Ninguém faz um trabalho excepcional digno de Oscar, mas são muito competentes, principalmente Kenneth e seu meticuloso Poirot.




Morte No Nilo é um filme bacana, que vale a pena assistir, principalmente quem gosta de um mistério. E quem gosta pode comemorar: o terceiro volume com Poirot já foi confirmado. Kenneth Branagh anunciou que vai dirigir e protagonizar mais uma produção da franquia e que vai trazer para as telonas um caso não tão conhecido do detetive.


Recomendo.


Teca Machado


Um comentário:

  1. Oi, Teca. Tudo bem? Gosto bastante dos livros da autora. Este filme parece que é agradavel de ser visto. Fiquei curioso. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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