Palm Springs - Crítica


Muitas histórias, principalmente filmes, mostram seus personagens presos no mesmo dia eternamente. Essa não é uma premissa nova. Mas Palm Springs, do diretor Max Barbakow, disponível no catálogo brasileiro do Star+, é uma comédia cheia de charme, risadas e com atores que encaixaram perfeitamente no papel e que é ideial para se divertir e entreter.




Palm Springs


Nyles (Andy “Jake Peralta” Samberg) está num casamento e está extremamente entediado. Sarah (Cristin Miliot) é madrinha e irmã da noiva e também não está dando pulos de felicidade na festa, já que passou por momentos difíceis nos últimos tempos. Eles começam a conversar e a se divertir, mas as coisas fogem do controle e a noite termina da maneira mais maluca possível: Com Nyles tomando uma flechada, Sarah indo ajudá-lo numa caverna que a “engole”. Quando acorda, Sarah descobre que voltou ao dia anterior e que Nyles está preso nele há sabe-se lá quanto tempo – e agora ela também.


Enquanto Sarah se desespera e quer descobrir maneiras de volta à linha do tempo normal, Nyles já aceitou sua situação há muito tempo e só quer viver no tédio do mesmo dia eternamente. Mas aproveitar a vida não é tão fácil quando eles não são os únicos presos nesse looping temporal e tem alguém tentando matar Nyles.




Nyles e Sarah


Muitas pessoas falam em como Palm Springs lembra Feitiço do Tempo, com Bill Murray, de 1993. Mas a diferença é que enquanto o protagonista dos anos 1990 tenta todos os absurdos para sair dessa situação, em Palm Springs conhecemos Nyles depois que ele já fez de tudo para reverter esse fato e agora está no maçante mesmo dia pelo que deve ser a 28234040032736492 vez. Já atrapalhou o casamento, fugiu da cidade, tentou morrer, pegou todo mundo do casamento, bebeu até cair, explodiu tudo e mais. O que é novo para Nyles é ter uma companhia passando pelo mesmo que ele.


Enquanto Nyles está numa vibe mais “curtir a vida”, Sarah está surtando e tentando ser o lado responsável. E a dinâmica entre os dois funciona muito bem, tanto como dupla quanto par romântico. Os atores se completam numa energia caótica e cheia de química. Ambos os personagens – e atores – são divertidos e atraem o espectador para eles. E, para completar o elenco, ainda temos J. K. Simmons, que apesar de aparecer pouco é sempre ótimo.




Comédia romântica?


É difícil classificar Palm Springs. Ele é comédia, comédia romântica, ficção-científica, tudo isso junto e, ainda assim, funciona. É ligeiramente esquisito, é engraçado, é dramático e te faz pensar junto com as crises existenciais dos personagens e com a maneira como cada um aceita – ou não – sua situação do looping temporal.


Como você aproveitaria seu dia eterno?


E algo interessante e que combina com o conceito de “mesmo dia eternamente” é que, segundo Samberg, vários finais foram escritos – e inclusive filmados – e a equipe fez um teste com amigos e conhecidos para pode escolher o que mais gostavam.




O filme, que é de 2020, é a maior bilheteria do Festival de Sundance até o momento e foi o visto mais visto no lançamento da plataforma Hulu (No Brasil a maior parte das produções da Hulu estão no Star+).


Palm Springs é divertido, é diferente, é engraçado e vale a pena. Recomendo muito.


Teca Machado



Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.