Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton – Crítica


Vou confessar uma coisa para vocês. Quando a Netflix disse que ia lançar uma série spin-off sobre a rainha Charlotte, dos Bridgertons, fiquei pensando “ah, lá vai a Netflix de novo esticar uma série além do necessário só porque faz sucesso”. Fiquei com esse pé atrás, mas é lógico que ia assistir. E assisti. E posso dizer que gostei até mais do que a série original. Eu amo Bridgerton (apesar de na segunda temporada terem rasgado o livro e feito algo totalmente diferente e o fato de que o Colin da série é um chatão e no livro ele ser a melhor pessoa), mas Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton tem algo a mais.



E pesquisando sobre descobri o que era: Rainha Charlotte foi escrita pela própria Shonda Rhimes e Bridgerton foi por Chris Van Dusen. E essa diferença é perceptível no roteiro. Quem acompanha outras produções da Shonda sabe como ela tem um toque mágico em tudo o que faz. E foi o caso aqui. (Shonda rainha, resto nadinha)


Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton


Conhecemos a Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) na série original e agora acompanhamos como chegou até aquele ponto. A mulher autoritária, amarga e fria tem sua história contada aqui. 




Vivida na juventude por India Amarteifio, Charlotte, da nobreza alemã, foi enviada para a Inglaterra para se casar com o Rei George (Corey MyIchreest) com apenas 17 anos. Foi totalmente contra a vontade, inclusive tentou fugir, mas conheceu o monarca em pleno plano de fuga e resolveu seguir em frente com o casamento. Lindo, doce e gentil, parecia um conto de fadas, mas ele começa a se afastar de esposa logo após o casamento. Charlotte, sozinha num país estranho, sem amigos e família e deixada de lado pelo marido, precisa entender o que está acontecendo e o que precisa fazer para que seu casamento dê certo.


George agir como age e como o casamento deles ficou décadas mais tarde não é segredo para quem assiste Bridgerton, mas não vou comentar para não ser spoiler para quem não é familiarizado com o enredo.


História de amor


Sim, a minissérie tem toda a pegada da garota que casa com a realeza e vira rainha. Mas está longe de ser um conto de fadas. Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton acerta no tom da história, no tipo do amor. É uma relação diferente do que geralmente vemos em enredos e é emocionante. Ao final do último episódio eu estava emocionada, feliz, triste, de coração partido e quentinho. A relação doce, partida, pela metade, mas ainda assim extremamente forte, sólida e, de certa forma, feliz mexe com a gente.


E é bacana na série que apesar do foco ser Charlotte, temos arcos de Lady Danbury (Adjoa Andoh, na versão mais velha e a excelente Arsema Thomas, como jovem), que é extremamente interessante e ajuda a construir ainda mais essa personagem que amamos e Violet Bridgerton (Ruth Gemmell na versão mais velha e Connie Jenkins-Greig a personagem na adolescência), que ganha destaque depois de temporadas em que o foco são seus filhos.






Visual


O visual de Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton é impecável. A atenção aos detalhes, o figurino, a ambientação, os cabelos e maquiagens, os cenário, tudo é de encher os olhos. A qualidade da produção é indescritível, da parte visual ao enredo bem amarrado, sem grandes furos e com muito cuidado e diversidade.


A semelhança das atrizes que fazem o mesmo papel em diferentes fases da vida é incrível. Difícil acreditar que Golda Rosheuvel e India Amarteifio não são parentes. A aparência, o jeito, o olhar, a maneira de se moverem, tudo é igual. Mais um ponto para a produção.





Realidade e ficção


Sim, Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton tem um pé na realidade. Com muitas liberdades criativas, lógico, a Rainha Charlotte (também chamada de Carlota) e o Rei George III existiram e tiveram um casamento de mais de 50 anos, aparentemente feliz, de acordo com relatos.


E, acredita-se, que a monarca era negra. Estudiosos afirmam que ela é de origem alemã e portuguesa, sendo de um braço africano da família. Os retratos a indicam como branca, mas de tonalidades diferentes. Mas esse é um mistério que ficou perdido na História.


Além disso, sim, George III tinha problemas mentais e era submetido a procedimentos bruscos e cruéis para “domar a mente”. E há também o fato de que apesar de 13 filhos, Charlotte teve problema com a sua linhagem, mas é a avó da Rainha Vitória.


Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton vale a pena, quer você tenha assistido Bidgerton ou não e até mesmo se gostou da outra série ou não. 



É uma minissérie, então não espere novas temporadas (inclusive, espero que não tenha, porque fechou muito bem). São apenas 6 episódios com pouco mais de uma hora cada.


Recomendo muito.


Teca Machado

2 comentários:

  1. comecei a ver sem expectativa mas adorei!! até me emocionei no último episodio

    http://www.tofucolorido.com.br/
    https://www.instagram.com/liviaalli/

    ResponderExcluir
  2. Casi todos los días estoy aquí leyendo tus contenidos, ya he guardado este blog en los favoritos de mi navegador..

    ¡Felicitaciones por el blog!

    Aptoide atualizado 2023 apk

    ResponderExcluir

Tecnologia do Blogger.