Silo – Apple TV+ - Crítica


Sabe o que eu vou fazer de novo? Panfletar a Apple TV+. (Apple, te quiero, só falta você me querer também e fazer publi comigo). Mas que culpa eu tenho se tudo o que essa plataforma faz é bom? As produções da Apple são disparadas as minhas preferidas e hoje venho aqui falar de mais uma: Silo.




A primeira temporada de Silo está completa – o último episódio foi ao ar semana passada – e é baseada no primeiro livro da trilogia Silo, de Hugh Howey, que foi publicado no Brasil pela Editora Intrínseca (veja aqui a resenha). São 10 episódios com uma média de 50 minutos de duração e já está renovada para a segunda temporada (é o mínimo, né, depois daquele final!) e acredito que vão fazer a temporada 3 também, para acompanhar os livros.


Pode ler a crítica sem medo que não tem spoilers por aqui.


Silo




O mundo acabou e o que resta da humanidade vive num silo subterrâneo gigantesco e autossuficiente com 150 andares. Ninguém sabe o que aconteceu com o planeta, nem quem construiu o abrigo ou quando vai ser seguro sair. A população obedece a um conjunto de estritas regras chamada de Pacto e uma delas diz se alguém manifestar a vontade de sair, esse desejo vira obrigatório e a pessoa será expulsa do silo com uma roupa que o protege por tempo limitado. Mas a população pede, antes de morrer, essa pessoa limpe a lente do sensor que é o único modo de ver o lado de fora, ainda que seja desolado. Quando uma sucessão de acontecimentos faz com que Juliette Nichols (Rebecca Ferguson), uma engenheira do andar mais profundo do silo se torne a nova xerife, ela começa a fazer investigações que a levam a duvidar do único mundo que conhece. As mentiras são terríveis. As verdades podem ser mais ainda.


Adaptação


Silo tem uma sensação claustrofóbica. É impensável para a gente morar num buraco no chão, sem luz do sol, uma vida escura, extremamente regrada e sem grandes espaços livres, fora não saber se um dia será seguro sair.




O livro já nos faz sentir isso intensamente e a série conseguiu ainda mais. Toda a essência do original está ali. Confesso que gostei até mais da adaptação do que do livro, principalmente por causa do ritmo. A leitura não é muito fluida, mas a série é. E Graham Yost, responsável pela transição de livro para TV, fez um excelente trabalho ao melhorar o original em muitas passagens e nos personagens, lhes dando mais voz, mais tempo e mais profundidade. 


A produção e o design são muito bem-feito, bem parecido com o que imaginava e é aquele tipo de história tão cheia de mistérios que te prende e você continua assistindo/lendo porque precisa saber como vai terminar. Vi um vídeo sobre os bastidores que conta que foram construídos mais de 70 sets e cenários e tudo foi extremamente pensado para criar uma sensação circular, sem fim, sem começo, como eles se sentem lá dentro 


Elenco




Gosto de Rebecca Ferguson desde que a vi a primeira vez, acho que em algum Missão Impossível, e em Silo vemos ela na sua melhor forma. Julliete não é uma personagem fácil, nem mesmo gostável. Se sente melhor com máquinas do que com pessoas, então não temos uma protagonista carismática e de fácil identificação. Mas Ferguson faz tudo de forma brilhante e nos envolve, fazendo torcer por ela. Seu olhar duro, triste, prático, a linguagem corporal, tudo é bem pensado. É, definitivamente, uma atuação muito boa. E temos ainda os excelentes Tim Robbins, Common, Chinaza Uche e outros.


Silo é uma mistura de thriller com mundo distópico e apocalíptico que deu muito certo. É mais uma excelente série da Apple TV+ que vou recomendar para todo mundo que puder. 


Teca Machado


Um comentário:

  1. Só nome grande nessa adaptação
    Eu quero ler primeiro antes de conferir a adaptação, mas pelo visual ela deve estar muito boa
    https://www.balaiodebabados.com.br/

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