Cinder – Crônicas Lunares - Resenha

 

Toda releitura de contos de fadas me chama a atenção. Amo as histórias originais, mas também amo o que autores fazem com elas, dando uma nova cara, uma nova vida. A Disney mesmo faz suas próprias versões, já que se lermos os escritos, veremos enredos muito menos infantis e mais trágicos (como o príncipe Eric ficando com a bruxa e a Ariel se jogando de um penhasco, as irmãs da Cinderela cortarem parte dos pés para caberem no sapato, a Bela Adormecida dormir 100 anos e muitos príncipes morrerem nos espinhos tentando alcançá-la...). Eu mesma já reescrevi a história da Rapunzel, com uma pegada feminista para a coleção A Revolução das Princesas, da Plan International, que tem como objetivo empoderar as meninas. Você pode conhecer sobre esse projeto cuja venda é revertida para garotas em situação de vulnerabilidade aqui.


Ano passado finalmente li Cinder, de Marissa Meyer, publicado no Brasil pela Editora Rocco. Ele é o primeiro volume das Crônica Lunares, que é uma saga steampunk e cujo cada livro é sobre uma personagem dos contos de fadas, mas com as histórias se entrelaçando. As obras são:


Foto @casosacasoselivros


Cinder - Cinderela

Scarlet – Chapeuzinho Vermelho

Cress - Rapunzel

Levana – A Rainha Má (Na verdade esse é o livro 3.5)

Winter – Branca de Neve

Stars Above - 9 contos que complementam as Crônicas Lunares



Cinder


No universo da saga, um futuro um tanto distópico, há os humanos, os ciborgues (humanos com partes de máquinas), androides e lunares. Os ciborgues são considerados uma raça inferior, os androides são robôs que ajudam nas mais variadas tarefas e os lunares são humanos que colonizaram a Lua e que através das propriedades dela adquiriram poderes, como manipulação das emoções e vontades das pessoas.


A Terra não é dividida como hoje e no centro dela está Nova Pequim, cujo imperador está gravemente doente e o filho e os cientistas tanto de lá quanto do resto do planeta tanto descobrir a cura para letumose, uma doença contagiosa que mata rapidamente (ai, Jesus, até no livro tem pandemia!).


Marissa Meyer 

Lá conhecemos Cinder, que quando criança sofreu um acidente e teve partes do corpo substituídas por máquinas. Ela foi adotada por um homem quem morreu logo em seguida e que a deixou com uma madrasta, que a detesta, e duas irmãs. A mulher a mantém em casa apenas porque ela é a fonte de renda, já que é a melhor mecânica da cidade. E é no seu trabalho que conhece o príncipe Kai, que leva um androide para o conserto e que vai dar um baile para escolher uma esposa. Enquanto tudo isso acontece, reina a apreensão de que a poderosa rainha Lunar venha para a Terra e Cinder se vê no meio de conspirações governamentais, experimentos médicos, descobertas sobre o seu passado e uma batalha iminente.


Interessante e diferente, o livro te prende durante as 450 páginas. Apesar de parecer longo – afinal, 450 páginas! – não é demorado de ler. A história é interessante e diferente. Se passa depois da Quarta Guerra Mundial e é repleta de tecnologia, fantasia, ação e mesmo um pouco de romance. Tem reviravoltas, mas algumas são bem óbvias e chocam um total de zero pessoas. Mesmo assim, isso não tira a graça do livro.


Cinder é uma Cinderela nunca antes vista, apesar de que o conto de fadas é só um pano de fundo para um enredo muito mais elaborado. O espaçamento entre as linhas é grande, a letra também e a edição física é “baixinha”, menor do que livros normais, por isso é rápido ler a obra.


O desenvolvimento de Cinder é muito bacana, assim como o de Kai, de Iko, a robôzinha da protagonista e que é a coisa mais fofinha do mundo, e mesmo a rainha Levana, a rainha Lunar, extremamente poderosa – e extremamente ruim também.


Com ganchos ótimos para os próximos volumes, é impossível terminar Cinder sem querer ler logo Scarlet.


Saga Crônicas Lunares



Recomendo.


E vocês, lá leram Cinder e os outros livros da saga Crônicas Lunares? Gostaram?


Teca Machado

14 comentários:

  1. Eu também amo ler releituras dos contos de fadas. Esses eu ainda não li, mas tenho curiosidade, ainda mais por ser em distopia, que amo. Se você curte mais essa pegada de releitura, recomendo que leia a coleção Femme Fatale. É uma coleção nacional com releituras das princesas também. Estou lendo o terceiro volume e amando (eles são contos independentes, então dá pra ler tranquilamente e fora de ordem).
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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    1. Oi, Hanna!
      Eu vejo propaganda direto da Femme Fatale e sou amiga de várias das autoras.
      Estou doida para ler!
      Obrigada pela dica!

      Beijoooos

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  2. Oi, Teca. Como vai? Releituras de contos de fadas costumam ser surpreendentes. Este aí eu não li, mas ao ler sua resenha o livro parece ser ótimo. Adorei a capa, ficou muito bonita. Que bom que a leitura lhe agradou. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com

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    1. Oi, Luciano!
      É interessante, diferente e bem legal!
      Uma maneira nova de ver a Cinderela.

      Beijooos

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  3. Oi Teca, td bem?
    Eu já não sou tão fã assim de releituras dos contos de fadas, mas sempre vi uma galera falar bem desse série. E por ser distopia já me interessa + tbm!
    Bjs
    A Colecionadora de Histórias - Blog

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    1. Oi, Carol!
      Sim, mais do que releitura, é uma distopia.
      E não amamos distopia? Demais!

      Beijoooos

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  4. Olá, Teca.
    Eu li esse livro na época que operei da vesícula. Li a série toda em uma semana porque primeiro não podia levantar da cama e segundo porque amei e não conseguia parar de ler hehe.

    Prefácio

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    1. Sil, queria ter lido todos assim na sequência!
      A gente realmente não consegue parar, né?

      Beijooos

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  5. Oi Teca, tudo bem?
    Só ouço elogios a essa série, mas já tive 2 experiências com a autora que não me fisgaram. Foram boas leituras, mas não espetaculares, sabe? Então fico com preguiça de conferir uma série longa com livros extensos. :(
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Oi, Priih!
      Nem sabia que ela tinha outros livros fora essa série.
      Quais são?

      Beijooos

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  6. Oi, Teca

    Eu tenho esse livro no Kindle, peguei quando estava gratuito lá no início da pandemia. Confesso que tenho muito o pé atrás, esse negócio de ciborgue aí é demais pra mim, mas pretendo ler porque tenho amigas que amam a série e agora tem você endossando a leitura também. Vou fazer isso esse ano, vamos ver como vai ser. Hahahha

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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    1. Tami, eu estava que nem você.
      Achei que ciborgue era muito para mim, hahaha.
      Mas foi uma leitura muito bacana.
      Valeu super a pena dar uma chance.
      Agora quero os outros.

      Beijooos

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  7. Esse eu li e tenho de admitir foi uma das melhores leituras da vida. Os livros são incríveis ( os três primeiros) o quarto não gostei tanto. A escrita é maravilhosa e as protagonistas são tudo de bom. Recomendo.

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  8. Esse eu li e tenho de admitir foi uma das melhores leituras da vida. Os livros são incríveis ( os três primeiros) o quarto não gostei tanto. A escrita é maravilhosa e as protagonistas são tudo de bom. Recomendo.

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