Julie And The Phantoms - Crítica


Tenho 32 anos (33 na semana que vem!), sou casada há 5 anos, mãe de gêmeos de 4 meses, formada há 11 anos, mas, ainda assim, produções com viés adolescentes deixam o meu coração quentinho e sou apaixonada por elas. Nem ligo que não condiz com a minha idade cronológica, até porque eu faço 17 anos pela 16ª em poucos dias. E é exatamente por isso que a série original Netflix Julie And The Phantoms, voltada para o público juvenil, me conquistou logo de cara no primeiro episódio.


Julie And The Phantoms




Julie And The Phantoms é um remake – bem diferente, segundo me disseram – da série brasileira Julie e os Fantasmas, que estreou na Band em 2011 e foi transmitida pela Nickelodeon. Nela conhecemos Julie (Madison Reyes), que frequenta uma escola com um excelente programa de música, mas do qual vai ser expulsa, porque desde que a mãe morreu no ano anterior não consegue mais cantar, tocar ou compor. É revirando os pertences da mãe no estúdio que ela mantinha na garagem que descobre um CD. Ao colocar para tocar, os integrantes da banda, Luke (Charlie Gillespie), Reggie (Jeremy Shada) e Alex (Owen Joyner), que morreram 25 anos antes, aparecem para ela. Os garotos faleceram depois de comer um cachorro-quente envenenado na noite em que fariam o maior show de suas vidas, algo que mudaria a carreira. Ao descobrirem que quando tocam com Julie ficam visíveis e audíveis para o público, surge aí uma parceria inusitada. Julie retoma seu amor pela música e os meninos podem finalmente fazer sucesso.


A Netflix entregou o projeto para Kenny Ortega, nome conhecido no gênero adolescente e responsável por produções da Disney que são sucesso, como Os Descendentes e High School Musical. Experiente, o diretor sabe como tirar o melhor do roteiro e como produzir uma série com apelo visual e musical para o público-alvo. Além disso, ele sempre procura incluir representatividade no que faz. Para o papel de Julie, por exemplo, foram enviadas mil cartas a diferentes academias de arte nos Estados Unidos e Canadá até encontrarem Madison Reyes, adolescente porto-riquenha. Além disso, há uma relação – ainda que bem platônica, como é conhecido de Ortega – homossexual. 




Pontos positivos


Julie And The Phantoms tem muitos pontos positivos. A começar pelo elenco extremamente carismático. O quarteto principal é bem entrosado e divertido. Há muita química entre todos eles, em especial entre os três garotos da banda. A sensação que fica é a de que é uma injustiça gigante os personagens terem morrido, então o público torce por eles. Além disso, eu realmente gostaria de ser amiga deles. Há muita química entre Madison Reyes e Charlie Gillespie e da protagonista com Flyn (Jadah Marie), sua melhor amiga e sempre uma sensação e um deleite quando em tela.


Outro ponto muito bom é a trilha sonora. Com canções originais que grudam na cabeça, a primeira coisa que você faz quando termina de assistir é procurar a playlist no Spotify. Já até sei várias de cor, de tanto que escutei. E apesar de ser uma série musical, não é no sentido de personagens passeando na rua e de repente tudo mundo começa a cantar. As músicas têm hora e porque, sempre em apresentações e ensaios, pois os personagens vivem num ambiente recheado disso.






O enredo, com clichês e reviravoltas nem tão surpreendentes assim é gostoso de acompanhar. A trama é relativamente simples, com explicações simples para coisas complexas (como dizer para todo mundo que os rapazes aparecerem por meio de hologramas) ou nem mesmo ter explicações. O segredo é só seguir o fluxo e se divertir. E há também o vilão, Caleb, com Cheyenne Jackson curtindo cada minuto, com sua risada maléfica típica de Disney, dança, coreografia, explosão de cores e crueldade.


Julie And The Phantoms tem 9 episódios com cerca de meia hora cada. É aquela série gostosinha de assistir, leve, com momentos engraçados e emocionantes e que é difícil não assistir rápido. Lançada em 2020, a Netflix ainda não confirmou a segunda temporada, mas tudo indica que sim, inclusive Madison Reyes disse ter certeza de que isso vai acontecer. Como estreou no meio da pandemia, é provável que demorem um pouco para começar a produção – se houver. Então nos cabe ficar aqui de dedos cruzados (e falando da série para todo mundo assistir, já que quanto mais visualizações, maior a chance de ser renovada).


Recomendo bastante.


Teca Machado


2 comentários:

  1. Ainda não consegui ver (por preguiça haha). Mas já vi tantos elogios que acho que vou curtir a série.

    Abraço

    Imersão Literária

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