House of the Dragon – Primeiro episódio - Crítica


E finalmente estamos de volta a Westeros! 


No último domingo estreou House of the Dragon, série derivada de Game of Thrones focada na família Targaryen. A trama se passa 172 anos antes do início do enredo original e mostra o continente quando era governado pela família de Daenerys.


Pode ler se medo: Essa crítica não tem spoilers!



House of The Dragon – Fogo e Sangue


A produção é inspirada (assim esperamos!) no livro Fogo e Sangue, de George R. R. Martin (você pode ler a resenha aqui), que conta os primeiros 150 anos da dinastia Targaryen em Westeros. Ela durou 300 anos e teve fim quando Robert Baratheon matou o Rei Louco, pai de Daenerys. Como são muitas e muitas tramas de vários reis, House of the Dragon decidiu focar em uma guerra dentro da própria família que quase destruiu a dinastia que estava tão bem estabelecida,


Sem conseguir um filho homem, o Rei Viserys (Paddy Considine), precisa decidir quem será o seu sucessor no Trono de Ferro: sua única filha Rhaenyra (Milly Alcock na primeira fase) ou seu irmão Daemon (Matt Smith). Mas Daemon, que não é uma pessoa pacífica, não vai aceitar tão facilmente não ser o próximo rei.



Pelo que vimos no primeiro episódio, podemos apesar nos próximos capítulos traições, reviravoltas e intrigas complexas na corte de Westeros. O jogo de poder e a ambição dos homens – e das mulheres – sempre foi um dos focos das narrativas de Martin e, obviamente, está presente aqui.


Mais trama, menos espetáculo


Enquanto as últimas temporadas de Game of Thrones focaram mais no espetáculo, nas batalhas e no caos, as primeiras foram em torno de jogos políticos e intrigas, algo que ficou muito claro que vai ser o tom de House of the Dragon, pelo menos por enquanto.



Sim, há dragões (ainda melhores e maiores do que os de GOT), há cenas de sexo e alguns seios passando pela tela, tem também lutas e cenas duras e até mesmo cruéis com muito sangue e violência (o parto da rainha é doloroso de assistir), mas o ritmo da série é um pouco mais lento. E não falo isso como uma crítica negativa, é um ponto positivo. É uma ótima maneira de situar o espectador outra vez nesse universo, o qual ele não visita desde 2019.


Vemos famílias conhecidas, Stark, Baratheon, Lannister, Velaryon, Hightower e outros, além de revisitarmos locais conhecidos em Porto Real (King’s Landing) e outras localidades serem citadas, como Harenhall, Vale, Pedra do Dragão (Dragon Stone), Valíria e mais. Mas a produção não acontece, pelo menos por enquanto, em diversos reinos de Westeros, o que deixa o espectador menos “baratinado” e se situando melhor no enredo.



Assim como em GOT, o elenco é a força da série, ainda que de nome realmente conhecido tenha só Matt Smith). Milly Alcock, Paddy Considine e Rhys Ifans também são as forças motrizes da produção. E ainda que Rhaenyra não seja tanto o destaque ainda, ela será protagonista mais para frente.


House of the Dragon teve 10 milhões de pessoas assistindo sua estreia (maior número numa estreia do canal). Tenha você odiado, amado ou gostado médio do final de GOT, House of the Dragon vai trazer um quentinho de nostalgia ao seu coração (que pode ser preparado para ser massacrado, afinal, é Game of Thrones, né?) e imensas possibilidades de um novo começo.


House of the Dragon terá episódios todos os domingos na HBO. Recomendo bastante.


Teca Machado


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