Uma Quedinha de Natal - Crítica


Sabe aquele filme ruim, mas que é bom? Que você acha uma perda de tempo, mas mesmo assim gostou? Que a qualidade é altamente duvidosa – e você sabe disso desde o trailer, mas dá uma chance mesmo assim? Então, esse é o caso do novo filme de Natal da Netflix, Uma Quedinha de Natal, da diretora Janeen Damian e com Lindsay Lohan no papel principal. Posso dizer sem sombra de dúvidas que a produção é deliciosamente ruim.



Filmes de Natal têm uma tendência a serem meio ruins (e isso não é uma crítica, porque adoro longas natalinos) e aqui ele definitivamente foi. A produção marca a volta de Lindsay Lohan à Hollywood depois de 10 anos afastada das telas. E, bom, é possível notar que se passou realmente uma década.


Uma Quedinha de Natal


Sierra Belmont (Lohan) é herdeira de um luxuoso complexo de hoteis. Ela está prestes a ocupar a vice-presidência do ramo de turismo hoteleiro do seu pai, Beauregard Belmont (Jack Wagner), mas na verdade quer ser influencer, assim como seu namorado Tad Fairchild (George Young). Perto do Natal, Sierra e Tad estão no hotel e vão até o topo de uma montanha isolada e inóspita para tirar algumas fotos para suas redes sociais. Lá Tad a pede em casamento, mas Sierra acaba sofrendo um acidente ao cair do pico e é encontrada por Jake Russell (Chord Overstreet). Bem, mas com perda de memória, Sierra não consegue se lembrar de nada de antes do acidente, nem mesmo do próprio nome. Sem ter para onde ir, Jake acolhe-a em sua pousada, Estrela do Norte, que, apesar de aconchegante, está perigando fechar as portas. Enquanto tenta se lembrar de quem é, Sierra vai viver uma vida simples com a família de Jake, algo que nunca aconteceu.




Inconsistente, mas com aconchego


Uma Quedinha de Natal é extremamente clichê, com final esperado, bem fora da realidade e com algumas inconsistências de roteiro. Mas, sendo bem sincero, ao procurar um filme de Natal leve e para toda família você não está muito preocupado com furos na trama, certo?


Mas o que é o real problema do filme é, infelizmente, Lindsay Lohan. Não se sabe se é falta de vontade ou se está enferrujada depois de tanto tempo longe, mas a verdade é que ela não convence. Parece sempre mecânica e sem jeito, e apesar de eu adorar Chord Overstreet (que viveu Sam no Glee e hoje é mais focado na carreira musical), a química entre o casal não convence em nenhum momento. Muito menos no beijo de quando finalmente ficam juntos. E há ainda Tad. O personagem no começo é levemente engraçado por ser tão caricato, mas depois só fica irritante mesmo.



Apesar da falta de jeito de Lohan, é bom ver outra vez a atriz em tela e o filme é apenas o primeiro de alguns que ela assinou com a Netflix.  E, sim, há um easter egg no filme quando ela canta Jingle Bell Rock, a icônica música de Meninas Malvadas.


Mas Uma Quedinha de Natal, como todo filme levemente cafona das festas de fim de ano, é aconchegante. Tudo bem que é uma imagem do Natal que não temos no Brasil (alô Natal no verão!), só que mesmo assim a gente adora: Paisagem nevada lindíssima, cidadezinha fofa e toda enfeitada de Natal, crianças sorridentes, figurino lindo, cheiro de chocolate quente no ar e até mesmo o Papai Noel que finge não ser o Bom Velhinho, mas que faz sua mágica.


Uma Quedinha de Natal é isso: Um filme natalino que vai te deixar com um sorrisinho no rosto, que não se leva a sério demais, que cumpre seu papel de comédia romântica mediana, mas que é meio esquecível entre tantos filmes de Natal no catálogo do streaming (apesar te atingindo a posição de mais assistido no mundo durante alguns dias).


Recomendo – Mas só se você gosta do gênero.


Teca Machado


Um comentário:

  1. Oi, Teca. Tudo bem? Filmes natalinos costumam agradar-me, este aí parece ser uma boa opção para se assistir. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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