Polos Opostos - Crítica


De vez em quando a gente precisa assistir/ler algo bobo, no melhor estilo entretenimento leve que não te faz pensar profundamente. E geralmente séries com tramas adolescentes são assim. E eu não vou negar que mesmo com 33 anos na cara (ou 17 anos pela 16ª vez, como costumo dizer), adoro produções do tipo. Essa semana mesmo eu estava vendo uma apresentação de Julie and the Phantoms (que eu amo demais e comentei aqui) e o meu marido falou para os nossos gêmeos de 8 meses “a mamãe é adolescente assim mesmo, viu?”. Até os bebês já sabem que eu gosto. Por isso assim que assisti o trailer de Polos Opostos, série da Netflix, imaginei que iria querer ver.



Polos Opostos


Mac (Dakota Taylor) e Kayla (Grace Beedie) são irmãos gêmeos que amam o gelo. Ele é jogador de hóquei e ela é patinadora artística. Eles são canadenses, mas se mudam para a Inglaterra depois que Mac consegue uma bolsa para aprender e treinar na prestigiada academia do ex-jogador Anton Hammastrom (Oscar Skagerberg). Mac, que era considerado um prodígio no Canadá, chega ao novo time sem o mesmo status de antes e precisa lidar com o peso da responsabilidade e a encontrar seu lugar junto aos companheiros e ao técnico. Enquanto isso, Kayla sofre com a mudança de país, já que precisou deixar seu parceiro de patinação e tudo o que mais amava no Canadá.


Ao mesmo tempo que acompanhamos os irmãos, há o enredo de Sky (Jade Ma), amiga de Kayla que quer voltar a patinar, mas a mãe superprotetora não deixa depois que ela teve problemas de saúde, e de Ava (Anastázie Chocholatá), patinadora artística e filha de Anton que na verdade é apaixonada por hóquei e quer se tornar jogadora.




Trama adolescente


Como disse lá em cima, Polos Opostos é bem adolescente, uma série leve, do tipo que você não precisa pensar muito para acompanhar. Só vai no fluxo do enredo e não pensa muito nas inconsistências.


Os problemas dos protagonistas são bem bobos, do tipo que a gente que é um pouco mais velho pensa “para de se preocupar com isso e vai arrumar uns boletos para pagar”. Além disso, há uma disputa e amargura entre os irmãos, já que Kayla acredita que há favoritismo da parte dos pais pelo irmão porque sempre os sonhos dele estão na frente dos dela e Mac acha a irmã dramática e chata.


Já a trama da Sky tem mais um porquê de ser por tratar de um problema real, afinal, é da saúde dela que estamos falando, assim como de Ava, que precisa se libertar para conseguir ser ela mesma.




Visual


O maior acerto de Polos Opostos é o visual. A série é muito bonita, tanto quando vemos Kayla, Ava ou qualquer outra pessoa patinando quanto quando acontecem os jogos de hóquei. E há um contraste muito claro entre os dois esportes, porque enquanto um é gracioso, leve e delicado, o outro é de uma brutalidade quase infinita. A edição fez um bom trabalho ao mostrar essa paixão dos dois protagonistas e tudo foi muito bem ensaiado e coreografado.


A trilha sonora é bem bacana também, super atual. Quando Kayla patina, ao invés de músicas clássicas, o que acontece muito em patinação artística, há muitas canções pop, e nas cenas de Mac jogando é um som mais pesado e animado, para combinar com o esporte.



São apenas 10 episódios de meia hora cada, super rapidinho de assistir. Ainda não há nenhuma informação sobre renovação. Mas a primeira temporada termina com os arcos bem amarradinhos, ainda que tenha uma intenção para novos episódios. É aquele estilo de série que se não tiver segunda temporada, o público não sofre tanto porque teve de certa forma um final, mas se for renovada há ganchos para novos enredos.


Se for assistir Polos Opostos vá com a cabeça de que é bem bobinha e adolescente, o que te fará aproveitar melhor a experiência.


Recomendo.


Teca Machado


Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.