You - Crítica


A essa altura você provavelmente já ouviu falar de You. Alguém deve ter recomendado, a Netflix sugeriu que você assistisse ou até mesmo já viu tudo. A série tomou conta do serviço de streaming – e das redes sociais - nas últimas semanas e muitas pessoas, assim como eu, maratonaram os dez episódios.


Por ser uma série de suspense, um thriller psicológico, grande parte da graça dela está nas reviravoltas. Então pode ficar tranquilo que essa crítica não tem spoilers.

You é baseada no livro de mesmo nome – Você – de Caroline Kepnes, publicado no Brasil pela Editora Rocco. Nele conhecemos Joe (Penn Badgley, o Dan de Gossip Girl), um gerente de livraria que é apaixonado por livros e pelos clássicos. Mas ele também é muito intenso. E quando se apaixona por uma garota é sempre loucamente. Quando Beck (Elizabeth Lail, a Anna de Once Upon a Time) entra na livraria a procura de uma obra, ele sabe que é amor. E passa assim a tentar de tudo para conquista-la.



A sinopse parece simples demais, mas You tem muitas camadas psicológicas. Joe é claramente um stalker, um psicopata, um maníaco. O que ele faz por o que ele acredita ser amor vai muitíssimo além dos limites do aceitável (e da legalidade). Nos primeiros episódios vemos que ele a segue, monitora suas redes sociais, ouve suas conversas, observa a sua janela (meu Deus, quem é que mora em NY e não tem uma cortina?). Parece quase inofensivo. Mas suas ações vão ganhando proporções catastróficas, enquanto Beck se mantém alheia a tudo.

Além de mostrar como um relacionamento tóxico pode alterar sua vida, You fala sobre manipulação – que surpreendentemente não é feita apenas por Joe -, assédio sexual, uso de drogas, aparências nas redes sociais e relacionamentos familiares ruins. As pessoas no universo social de Beck a fizeram ser quem é, uma pessoa quebrada, problemática e como ela constantemente fala “a mess”, uma bagunça. Se você acha que vai se compadecer da mocinha enquanto Joe está sendo um maluco se engana. Beck está longe de ser perfeita, o que a torna ainda mais real e nos faz odiá-la em vários momentos.


You é muito bem construída, com um roteiro cheio de reviravoltas, sempre colocadas no momento certo. Ela te prende a todo instante e dá um final surpreendente, com um super gancho para a segunda temporada, que inclusive já foi confirmada. Em alguns episódios não há tantas revelações, mas é basicamente impossível não assistir a tudo correndo. 

Um dos maiores acertos da produção foi manter o tom de narração em primeira pessoa do livro. A todo momento sabemos o que se passa na cabeça de Joe, o que deixa tudo ainda mais sinistro. Ele pode estar conversando com as pessoas, fazendo cara de bonzinho, enquanto sabemos que em sua mente não é bem assim que acontece. A maneira que a câmera segue os personagens, em muitos momentos extremamente próxima dos rostos, nos mostrando sutilezas das expressões, dá um ar ainda mais intimista.


Penn Badgley está ótimo como Joe. Ele tem o quê de bom moço e de esquisitão que o personagem pede. O protagonista tem uma lógica torta, mas que para ele é verdadeira e quase acreditamos nos seus motivos. Para Joe, os fins justificam os meios de maneira muito literal. E é estranho que muita gente está um tanto apaixonada pelo personagem, o que o próprio ator diz ser muito errado. Isso só mostra como as relações tóxicas estão enraizadas na nossa mente. Tanto que a Netflix fez um vídeo muito bacana sobre isso:


Elizabeth Lail está ótima também como Beck. Mas mais do que ela, Shay Mitchell (a Emily de Pretty Little Liars), dá um show. Como Peach, melhor amiga de Beck, que secretamente – ou nem tanto assim – é apaixonada por ela e tenta manipular sua vida. 

You se passa em Nova York. E a cidade é basicamente uma personagem da série. Vemos o Central Park, o ferry boat que vai até a Estátua da Liberdade, o charmoso West Village e muito mais. Ficamos querendo andar pelas ruas com Beck. Você vai sentir vontade de visitar essa cidade linda, que nunca dorme e que é efervescente, cheia de cultura e muito o que fazer. E se está planejando uma viagem para lá, venha aqui conhecer hotéis incríveis, super bem localizados, que irão transformar sua visita à Big Apple.


A série pode ser considerada como suspense, mas não do tipo que dá medo (aliás, dá sim, de pensar que você pode ter um Joe na sua vida e nem saber). É excelente e é completamente possível compreender porque ela teve todo esse hype das últimas semanas.


Recomendo muito.

Teca Machado

9 comentários:

  1. Deve ser ótimo, eu ainda não vi.
    Estou com uma Pesquisa de Público no blog e convido você para participar.
    big beijos,
    Lulu
    www.luluonthesky.com

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  2. Oi Teca!
    Eu realmente espero que não tenha um Joe ou uma Peach na minha vida HAHAHAH
    A musiquinha ali, não paro de cantar kkkk
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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  3. ah eu gostei super da serie, achei que te prende e fui vendo como uma novela mesmo haha mas vou te falar que adorei esse stalker doido e a beck é uma chata meu deussssss! hahahaha

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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    1. Eu também, Lívia.
      Que bom que você também achou ela um sacooooooo, hahaha.

      Beijooos

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    2. Amei o Joe e adorei o papel da Beck, que de certa forma foi uma vítima frágil para Joe, que a manipulou facilmente até o seu “abatedouro”. O papel de Beck deixa a desejar, em tornar uma personagem incrível em uma personagem tonta e que não se atenta aos detalhes macabros vindos de Joe!

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  4. Ainda não assisti, mas quero muito. Meus amigos só falam disso kk

    www.mayaravieira.com.br

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    1. Foi aquela série que todo mundo assistiu e viciou, haha.

      Beijooos

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