A Lavanderia – Crítica


Meryl Streep, Antonio Banderas, Gary Oldman e Steven Soderbergh. Todos esses são nomes de muito peso em Hollywood. E eles estão juntos em A Lavanderia, filme original Netflix, baseado no livro Secrecy World, de Jake Bernstein, sobre o escândalo dos Panama Papers, que falaram sobre evasões fiscais, lavagem de dinheiro e esquemas de corrupção.


A Lavanderia é uma história ficcional baseada em fatos reais. Por meio de narração com quebra da quarta parede (quando os personagens falam diretamente com o público), somos levados a entender as consequências desse esquema financeiro que acontece desde os anos 1970. Aconteceu a divulgação anônima de 11,5 milhões de documentos secretos do escritório de advocacia Mossack Fonseca sobre o assunto. Os envolvidos tentaram inclusive proibir o lançamento do filme, mas perderam essa batalha na justiça e a Netflix o colocou no catálogo há alguns dias.

São vários enredos que de forma didática ensinam sobre o mercado financeiro. Desde a criação do dinheiro até as evasões fiscais e corrupção dos Panama Papers, que inclusive envolvem a brasileira Odebrecht. Ramon Fonseca (Antonio Banderas) e Jürgen Mossack (Gary Oldman) conversam com o espectador, nos levando a essa jornada. O tipo de construção da narrativa, o humor presente e as animações em A Lavanderia lembram muito as produções de Adam McKay, como A Grande Aposta e Vice. Então mesmo que o tema seja um pouco denso, é possível entender perfeitamente o que está acontecendo e até mesmo se torna uma história leve. Soderbergh conseguiu fazer um filme informativo e de certa forma com humor sobre um assunto geralmente tão chato. E isso não é para qualquer pessoa.



Um dos enredos é o de Ellen (Meryl Streep), que após a morte do marido em um acidente de barco tenta receber o seguro, mas descobre que a seguradora faz parte de um esquema de empresas offshore e passa a investigar o assunto. O seu arco dramático é de longe o mais interessante, ainda que em vários momentos seja deixado de lado para contarem outras histórias.

Streep é do tipo que nunca conseguimos botar defeitos e aqui temos mais um exemplo de como ela pode fazer qualquer papel. Ela nos convence sempre, seja uma senhora de luto tentando descobrir esquemas fraudulentos, seja uma editora de revista, seja uma mulher que mora na Grécia e não sabe quem é o pai da sua filha. Ela é maravilhosa e tê-la no elenco já é um bom sinal de que o filme será bom.



Banderas e Oldman também estão ótimos. Ambos estão claramente se divertindo em seus papeis. Poderiam ser odiosos e terríveis, mas a junção de um roteiro bem escrito com atuações excelentes com uma pitada de humor e sarcasmo fez com que fossem ótimos narradores.

A Lavanderia é muito bem dirigido, com enredo interessante e atuações excelentes. 

Recomendo.

Teca Machado

8 comentários:

  1. Oi, Teca como vai? Gostei da dica, me parece ser interessante esse enredo. Ótima análise, abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. esse filme é mesmo uma ótima indicação! adoro os atores, a história de corrupção e os esquemas são bem explicados pra gente entender como essas tramóias funcionam

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  3. Oiii Teca

    Eu adoro o Banderas, o Oldman, e a Meryl Streep é maravilhosa mesmo em qualquer papel, atriz de primeira. Gostei também da proposta do filme, uma boa pedida pra conferir quando tiver um tempo livre, com certeza.

    Beijos

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  4. A Meryl é o nosso termômetro para saber se o filme tem potencial ou não, né? Não sabia que ela estava no elenco. Apesar da história fugir um pouco do que geralmente eu gosto, acho que vou curtir! Obrigada pela dica! :)

    Beijos, Carol
    www.pequenajornalista.com

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    1. Ela é um ótimo termômetro, haha.
      Não é bem sua cara esse filme, mas é bem legal!

      Beijooos

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