A Loja de Unicórnios - Crítica


Brie Larson é, definitivamente, uma das minhas divas supremas desde que estrelou O Quarto de Jack. E essa paixão aumentou ainda mais com Capitã Marvel. Então, quando a Netflix anunciou no seu catálogo o filme A Loja de Unicórnios, filme em que é a protagonista e estreou como diretora e produtora, fiquei empolgada. Mais ainda quando vi que tinha o Nick Fury Samuel L. Jackson e de certa forma me identifiquei com o tema. Pena o trailer é melhor do que o filme.


Kit (Brie Larson) sempre foi uma artista. Desde criança desenha, usa glitter, ama cores e é um arco-íris ambulante. Quando fracassa na faculdade de artes e volta para a casa dos pais, está frustrada e sem rumo na vida. Focada em se tornar uma adulta, deixa seus sonhos de lado e consegue um emprego chato corporativo. Mas, então, recebe um convite para a Loja. Lá descobre que eles vendem o que ela mais quer no mundo: um unicórnio. Mas, para isso, Kit precisa se mostrar merecedora e começa então uma jornada de autoconhecimento.

A premissa de A Loja de Unicórnios é ótima. É sobre amadurecimento, deixar para trás sonhos infantis e crescer, seguir em frente. É muito identificável, principalmente se você vive a mesma fase de vida da personagem. Muita gente inclusive diz que é uma espécie de conto de fadas para adultos. E não deixa de ser. Imagina finalmente saber que unicórnios são reais e que você pode ter um? Mas a maneira como o filme foi executado fez com que todo o potencial do enredo fosse perdido.



Forçado e muitas vezes sem pé e nem cabeça, o tempo todo eu tive a impressão que A Loja de Unicórnios era um livro que cortaram vários pedaços para que coubesse no tempo de um filme. Mas não era. O roteiro de Samanta McIntyre foi sofrido em várias partes e talvez teria sido executado melhor por outras pessoas, seja diretores (desculpa, Brie, te amo, mas não deu), seja elenco. Vi que Rebel Wilson tinha sido cotada para o papel principal e talvez tivesse combinado melhor com ela, porque a atriz tem todo um quê de fora do padrão, louca e que pensa fora da caixa que não enxergo na Brie. Até Samuel L. Jackson parece deslocado, numa mistura de Willy Wonka com vômito de glitter. Seu personagem é interessante, mas cadê o aprofundamento? Tudo bem que ele é o Vendedor, um ser mágico que vai dar um unicórnio para Kit, mas gostaria de mais sobre ele.

Outros arcos dramáticos não foram bem trabalhados. Por exemplo, adorei os pais de Kit, interpretados por Joan Cusack e Bradley Whitford, mas pouco vimos deles. E todo o enredo de Gary (Hamish Linklater) - o vice-presidente esquisito da empresa onde a protagonista trabalha e que parecia um interesse amoroso, mas é extremamente estranho - e Virgil (Mamoudou Athie), que por algum motivo incompreensível gosta de Kit, mesmo ela sendo insana, e mimada - perde força por falta de aprofundamento.



Fora que me incomodou muito o fato de infantilizarem a Larson a um ponto que não era crível e foi quase ridículo. Uma mulher de 30 anos no papel de uma garota de uns 21 pode funcionar (era o caso de Glee), mas não foi o caso. E fosse satírico ou caricato, poderia dar certo, só que o filme nunca se propôs a isso.

Mas, confesso, que visualmente A Loja de Unicórnios foi um deleite. Glitter, que eu amo com todas as forças, cores, arco-íris, brilhos e tudo mais que é lindo e colorido no mundo. Posso dizer que Kit quase me representa, só que com um tantinho menos de exagero.



Fato fofo: Os vídeos de abertura que mostram a infância de Kit são mesmo de Brie Larson.

Enfim, A Loja de Unicórnios tem uma mensagem legal num roteiro mal estruturado, num filme com direção fraca e com uma lógica que se perde em vários momentos. Se você gostou do trailer, fique só com ele mesmo.

Não recomendo.

Teca Machado


2 comentários:

  1. Oi Teca, que pena que vc não gostou. O filme foi gravado em 2007 a atriz era mais nova, mas também estrei porque parece mais velha. De qualquer forma achei que o roteiro tem várias metáforas em pequenos detalhes que me agradaram bastante. Que pena que não foi uma experiencia boa pra vc...

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    Respostas
    1. Oi, Mi!
      Nossa, tem mais de 10 anos a gravação?
      Uau!
      Mas ela ainda assim parece bem mais velha.
      Não me convenceu.
      Então, a ideia e o roteiro são muito bons, mas a execução não foi muito boa, uma pena.

      Beijooos

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