Engarrafamento de barcos no Mercado Flutuante de Bangkok - Por Iara Vilela


O Mercado Flutuante é do tipo de passeio que você ama ou odeia. Eu amei, mas confesso que o ar de “coisa para gringo ver” incomoda um pouco. Ele já foi um mercado de verdade usado pelos moradores da região, mas hoje é uma mistura de camelô aquático com 25 de Março e uma praça de alimentação. Ainda assim, é muito legal ver as senhorinhas com suas canoas lotadas de frutas, flores e tem até “barco lanchonete”.


Esse mercado não fica beeeem em Bangkok. Na verdade ele fica na província de Ratchaburi, a uns 100 km de Bangkok e na boa, não vale a pena ir sozinho! Bangkok é uma cidade que tem um trânsito um tanto quanto caótico, portanto, chegar nesse vilarejo não é das tarefas mais fáceis. 

Os passeios não costumam ser caros. Eu paguei uns ฿500 na alta temporada, o que equivale a R$ 36,00 e isso no passeio completo, com translado de ida e volta desde o hotel. Não é impossível ir sozinho, mas esse é do tipo de passeio que um translado faz diferença.


O Float Market foi um dos lugares que me fez refletir sobre as nossas necessidades. A Tailândia é um país pobre, em que qualquer trocado significa muito dinheiro e o turismo é a fonte de renda de dezenas de famílias. Em todo o mercado você pode ver senhoras, já de bastante idade, remando os barcos para os turistas ou vendendo suas mercadorias.


Chegando na cidade você vai até uma espécie de mini-porto, onde te colocam nos barcos. São – no máximo – 8 pessoas por barco e é aí que o passeio começa de verdade. Nós fomos em um barco com motor, mas é possível alugar um barco à remo por 5 dólares, mas aí é bem mais lento.


Bem antes de chegar ao mercado o barco passa pelo labirinto de canais, que mais parecem ruas. Nesse trecho já é possível constatar que os moradores usam mesmo esses canais e cada um tem seu barquinho em casa. Achei essa parte mais interessante do que o próprio mercado, porque a gente passa em frente as casas e vê a “vida real”, costumes e a arquitetura do povo tailandês. Vimos barcos lotados de crianças uniformizadas para a escola, passamos por um templo e por plantações.


Somente depois de uns 15 minutos é que chegamos ao mercado, que também é bem bacana. Como fomos em alta temporada o mercado estava super cheio e tinha até um engarrafamento de barcos. Foi divertido ver o pessoal discutindo para ver quem passaria primeiro! Descemos em um ponto para andar e o lugar é absolutamente cheio de lojas de souvenir. Particularmente achei os preços caros já que no Weekend Market estava tudo com preço menor.



Fomos andando até cruzar uma rua (sim, essa é de verdade) e chegar em um outro ponto. Nesse lado existem mais lojas e restaurantes. Como sempre, comi muito bem! Há muita opção de restaurantes e lojas. Mas, sem dúvidas o mais legal é conversar com esse povo magnífico, que sempre se mostrou interessadíssimo pelo Brasil. Por várias vezes buscaram mapas para que a gente pudesse mostrar onde ficava nossa casa e claro, sempre citavam o futebol e nosso ex-presidente Lula, sério! o.O

Iara Vilela é jornalista e como boa wanderluster, ama viajar e já conhece mais de 50 cidades em 11 países. Ela também gosta de chocolate, esmaltes, cervejas especiais, tulipas, moda e é dona de um São Bernardo e de um Golden Retriever. Pseudo-nerd que é, adora toda a obra de J.R.R. Tolkien e Isaac Asimov, além de ter paixão por festivais de música! Entre uma viagem e outra, ela escreve para este lindo blog e também para o"Com Erros Aprendi", que conta furadas e erros de navegação em muitas de suas viagens pelo mundo!

Um comentário:

  1. Viver é uma viagem por via das dúvidas. ( Georges Najjar Jr )

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