Pandemônio – Livro 2 da trilogia Delírio, de Lauren Oliver


Quando li a distopia Delírio, de Lauren Oliver (Comentei aqui), achei a premissa de um mundo em que o amor é considerado uma doença fascinante e louca. É óbvio que fiquei doida para ler a continuação, Pandemônio, que pelo título já prometia ser caótico. E é eletrizante, até mais do que o primeiro livro da trilogia, cujo último volume é Réquiem.

Foto da Dudi Kobayashi. Ela me emprestou o livro, esqueci de tirar foto e ela foi super bacana de me mandar essa e ainda colocar um minion para alegrar tudo. Obrigada!

Lena Haloway morreu, ficou no passado enterrada junto com Alex. Não literalmente falando, mas trocou de identidade e se tornou Lena Morgan Jones, um ativo membro da resistência contra a cura do amor, ou, como é chamado, Amor Delíria Nervosa. Depois de passar uma temporada na Selva e aprender como os chamados Inválidos vivem, ela volta para a cidade para lutar ativamente pela causa.

Infiltrada na sociedade de Nova York, não mais na pequena Portland, ela participa como uma espécie de espiã no grupo ASD, América Sem Delíria. Quando os planos dos rebeldes não funcionam e Julian, filho do presidente da ASD, símbolo da organização, é sequestrado por um grupo rebelde mais extremista, Lena é instruída a segui-lo e acaba na mesma cela que o rapaz. A relação de raiva e medo entre os dois de início vai sendo reconstruída até que ambos fiquem “infectados”.

Lauren Oliver
Mas Lena não quer isso. Ela ainda pensa em Alex, que tanto fez para salvá-la de ser uma curada sem alma, que se sacrificou para que ela pudesse fugir. Mas ele morreu, ficou no passado com Lena Haloway. Só que certos hábitos são difíceis de largar, assim como algumas lembranças são impossíveis de esquecer.

Menos um livro sobre o amor, mais um livro sobre resistência, opressão, conspirações e correria, Pandemônio nos faz refletir sobre a vida sem sentimento e em como ele melhora o ser humano e a sua sociedade. 

Lena está mais cínica, menos ingênua e muito mais “dura”. Apesar de não ser curada, o amor agora enfrenta uma barreira no coração da protagonista. Julian é um doce de maracujá que eu quero pegar e morder, haha. Mesmo com um pai terrível e uma infância solitária, ele se tornou uma pessoa amável, inteligente e genuína, o que arrebata o coração de todas as leitoras e nos deixa na maior dúvida: Team Alex ou Team Julian? Eu, definitivamente, não consigo escolher, já que Alex roubou meu coração também em Delírio.

Pandemônio tem uma estrutura narrativa diferente da obra anterior. Ainda é narrado em primeira pessoa por Lena, mas os capítulos se alternam entre Antes e Depois, antes da vida em Nova York e depois quando já se está nela. Gostei mais dos capítulos de Depois, os de Antes são meio tristes e tensos, mas são fundamentais para que o leitor entenda como Lena chegou ao ponto do Depois e como seu coração endureceu. Apesar de serem narrados com situações do passado e do presente, é possível entender muito bem a história, mesmo ainda com vácuos dos acontecimentos que vão sendo explicados com o passar das páginas. (Assim como no livro No Escuro, que comentei aqui). E, olha, o final é daqueles que te deixam dizendo: “Nããããããão! Como assim? Por favor, não acabe ainda, quero saber o que acontece”.

Lauren Oliver está de parabéns mais uma vez e me deixou doidinha para ler Réquiem.

Se interessou? Tem para comprar aqui, na Livraria Janina.

Recomendo muito.

Teca Machado


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