Sete Homens e Um Destino – Remake cheio de diversidade


Apesar de ter assistido muitos filmes clássicos ao longo da vida, Sete Homens e Um Destino, de 1960, baseado no japonês Sete Samurais, mais antigo ainda, não foi um deles. Sabia que ele existia e era um faroeste (western), mas não reconheci logo de cara quando assisti ao trailer da nova versão, que está nos cinemas, do diretor Antoine Fuqua.  Pelo que dizem em sites especializados em cinema, Sete Homens e Um Destino de 2016 mantém a essência do original, mas muda bastante coisa e deixa mais moderninho. 


Emma Cullen (Haley Bennet, a Cora de Letra e Música. Vocês se lembram dela?) vive no século 18 numa comunidade no interior dos EUA que está sendo assolada por Bogue (Peter Sarsgaard), um milionário que explora minas de ouro enquanto maltrata os cidadãos. Após perder o marido, Emma junta tudo o que tem para contratar Sam Chilsom (Denzel Washington), um caçador de recompensas, para que ele livre a região das mãos do vilão.

Chilsom sabe que sozinho isso nunca será possível e sai a procura de companheiros para a empreitada, um grupo de seis homens bons no gatilho, mas de caráter um tanto duvidoso (Chris Pratt, Ethan Hawke, Vincent D’Onofrio, Lee Byung-hun, Manuel Garcia-Rulfo e Martin Sensmeier). E assim é formado os magníficos sete (esse é o título do filme em inglês).


Geralmente os filmes western “de verdade” são cults, nada de blockbusters hollywoodianos. E se são, são no estilo comédias nonsense, como As Loucas Aventuras de James West, com Will Smith. Talvez possamos dizer que Sete Homens e Um Destino fica no meio do caminho. Não é um faroeste clássico, mas também não é só entretenimento puro e simples, ainda que o terço final, quando a ação realmente acontece, seja, cheio de tiros trocados que só atingem bandidos, explosões magníficas e aquele caos em que parece por alguns minutos que os mocinhos realmente vão perder. E essa mistura ficou muito boa, com um filme que agrada a vários paladares.

O elenco é daqueles de brilhar os olhos, fora que é cheio de etnias e identidades, ainda que saibamos que naquela época (e ainda hoje) as diferenças não são tão bem aceitas. Tem o mexicano, o índio, o chinês, o americano típico do sul, o herói de guerra traumatizado, o negro, a mulher e o fanfarrão. 




A começar, nosso protagonista Denzel Washington, maravilhoso como sempre. O ator sabe tirar o melhor de todos os papeis que faz e ainda interage bem com qualquer outro que esteja em cena com ele, seja o vilão, sejam os mocinhos, sejam figurantes. Haley Bennet também arrasa, uma mulher de um tempo em que o sexo feminino não tinha voz, mas ela soube colocar todos os homens em seus lugares (Fora que ela é MUITO parecida com a Jennifer Lawrence).

Chris Pratt tem se consagrado no papel de ação com alívio cômico e está adorável como sempre. Ethan Hawke nos presenteia com uma interpretação bem madura. E todo o resto do elenco também. Peter Sarsgaard, o malvado Bogue, é realmente asqueroso, vilanesco e seria caricaturado se não fosse a ótima atuação.



Sete Homens e um Destino tem uma fotografia lindíssima, do interior dos Estados Unidos e suas paisagens de tirar o fôlego. OS cenários de faroeste e o figurino casaram muito bem com toda produção e são muito “reais”, nada exagerado.

Alguns críticos especializados reclamaram do roteiro, que não tem aprofundamento, que as motivações não foram boas o suficiente e que não há grandes debates filosóficos e poéticos que geralmente estão no gênero. Mas não foi nada que me incomodou, pelo contrário. Gostei muito do filme. O roteiro é coeso, sem grandes furos e nos apresenta uma história divertida, cheia de ação e um tanto de drama.

Recomendo.

Teca Machado


14 comentários:

  1. eu adoro o ethan hawke, adorei essa indicação de filme! ;)

    www.tofucolorido.com.br
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    1. Eu também gosto muito dele.
      Você vai gostar desse também!

      Beijooos

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  2. OI BISTEQUINHA

    nos tempos que eu assistia NO MÍNIMO um filme por dia, esse daí acabou entrando na minha listinha (aliás, o de 60). Fiquei surpresa ao saber que tinham feito um remake, mas o legal é bem essa questão da diversidade.
    Acho também que por ser um filme atual, o ritmo dele deve ser melhor do que o antigão. Filmes mais velhos tem uma tendência a serem mais paradões mesmo. Agora preciso me atualizar e ver o novo :B

    beeeeeeeijo
    beinghellz.com

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    1. Jura? Que legal que você viu o antigo.
      Então assiste esse também.
      O ritmo é bem bom, acelerado.

      Beijooos

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  3. Eae Teca, reforçando que eu tentei contato e agora acrescentando que era pra te chamar pra nossa LJB, com a Pâm, a Tami a Juju
    Então manola, eu sempre sou suspeito pra fazer criticas de filmes com tiros e tal porque como bom homem meio ogro eu adoro.
    Essa já trabalhou com o Denzel Washignton no segundo melhor papel dele desde Dia de Treinamento, o Protetor. El é a cara da Jennifere acho que ela pode sair de substituta a ela que tá ficando bem cara, eu achei ela até que uma atriz ok que de repente se bem explorada pode se mostrar uma boa surpresa. E gente, que debate filosófico vá ler Kant, pelo amor de Deus! Que debate filosófico você quer em um filme de Bang-Bang, a galera não tem muita coerência...
    bjos LP
    quatroselos.blogspot.com.br

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    1. Filme bang bang não pede debate filosófico.
      Falei certinho! <3
      Eu também adoro e eu nem meio ogra sou, hahahaha.

      Beijooos

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  4. Oi Teca!
    Confesso que por ser trouxiane ainda não conhecia nem a versão antiga x.x Mas fiquei curiosa pra assistir, viu? Muito legal saber que eles conseguiram fazer um mix do cult com o blockbuster.
    E isso de falarem que não traz maiores aprofundamentos só reforça a minha opinião que críticos especializados são meio tristes com a própria vida, só pode.
    Beijos!

    claramenteinsana.com

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    1. Siiiiiiim, isso que é o legal, mistura as duas coisas.
      Também acho que eles são meio deprês, hahaha.

      Beijooos

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  5. Oi Teca!
    Eu nem sabia desse remake, mas também nunca assisti ao clássico. Eu gosto muito de filmes clássicos, mas western é um gênero que nunca me atraiu muito. Eu nunca tinha parado para analisar, mas realmente é um gênero meio "morto" ultimamente.
    Denzel é sempre ótimo mesmo e o Peter Sarsgaard também dá show, né? Eu sempre lembro dele de The Killing...que interpretação fabulosa.
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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    1. Mariana, também não é o meu gênero preferido, mas esse filme foi muito bom!
      Esses dois atores são incríveis e foram a alma do filme.
      Se você gosta deles, sei que vai gostar!

      Beijooos

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  6. Oi, Teca!!!

    Eu sabia que era um remake porque meu pai falou que o original tinha sido um "filmaço" e que um dos sete morria no final. Hahahahaha
    Meu pai soltando já os spoilers.

    Mas aí fiquei com vontade de assistir o filme também! Como não vi o primeiro, não faço ideia o que mudou de um para o outro.
    Confio no seu gosto e imagino que vou gostar do filme! Então vou procurar assistir.

    Ontem à noite eu vi o segundo Independence Day. Gostei muito também. Adoro essas ficções aliens assim. E o fim dá uma super abertura para um novo filme! Espero que venha as sequências!!! :D

    Bjs!!!

    http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br

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    1. Carooool
      No primeiro só um morre?
      Nesse morrem 4!
      Eu fiquei arrasada, hahahaha.
      Eu estou doida para ver Independece Day <3
      Sei que vou amar!

      Beijoooos

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  7. Eu queria saber qual é essa cor de cabelo que a Haley Bennet está usando,pq é maravilhosa?

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