Uma infância dramática – Projeto Drama Queen #6


Drama Princess, porque ainda é jovem para ser Queen

Ser dramático é algo que nasce com você. Pelo que os meus pais me contam eu sou assim desde que aprendi a falar. Aliás, até antes disso mesmo, quando aprendi a me expressar, já estava “colocando minhas asinhas de fora”. Tenho vários episódios da infância que comprovam isso (Vários deles até gravados em vídeo).

Para começar, se você me desse um chocolate, ele tinha que ser inteirinho. Ah, se quebrasse uma pontinha que fosse... Escândalo total e choro por alguns minutos. Minha tia Flávia uma vez estava tirando para mim a embalagem daquele guarda-chuva de chocolate (Alô, anos 1990!) que era praticamente impossível de sair inteiro. Ela quebrou uma pontinha mínima, tentou colar sem eu ver, mas não teve jeito, foi o maior berreiro.

Tinha também o fato que eu odiava molhar os pés. Quando íamos para a fazenda de uns amigos dos meus pais, as crianças mais velhas saíam correndo pelo pasto alegres e felizes. Justo no dia que eu fiz isso estava tudo meio enlameado da chuva da noite anterior e quando percebi a meleca na minha sandalinha de plástico da Melissa (Aquela que tradicional que toda menina teve), comecei a chorar e gritar “Ahhh, molhou! Molhou”. Essa cena está eternizada em vídeo.

Andar de bicicleta era uma tortura. Eu caia muito, demorei a tirar as rodinhas de sustentação (De acordo com o meu pai isso aconteceu mês passado, haha). Na verdade, eu despenco do selim até hoje e caio bastante. Teve uma vez que eu e a minha irmã estávamos descendo uma ladeira. No final dela tinha uma área com uma água suja parada. Minha irmã desviou. Eu, óbvio, caí. Não caí dentro dela, mas pertinho. Estava de boa, mas quando vi que parei a centímetros da sujeira, aí que comecei a chorar, isso só pensando na possibilidade. Aconteceu também na vez que eu estava numa festinha de aniversário e rolei escada abaixo. Nem chorei, nem doeu, mas quando me disseram que minha calcinha tinha aparecido porque eu estava de vestido, aí sim lágrimas e mais lágrimas caíram.


E o drama para tomar vacina? Sim, quando era de injeção o choro durava horas (Ok, confesso que isso acontece até hoje, porque eu tenho pânico, pavor, horror a agulhas), mas eu falo também de quando eram gotinhas. Sério, eu tinha um medo incontrolável do Zé Gotinha e só de ver ele, mesmo que fosse na televisão, fazia o maior escarcéu. Eu provavelmente fui a única criança que teve medo dele. Mas, pensem bem comigo: A cabeça dele era em formato de gota! É para dar pesadelos mesmo, não para incentivar a tomar a bendita da gotinha.

Mas não era só o Zé Gotinha que me assustava. O Papai Noel também, assim como aqueles personagens da Turma da Mônica que eram pessoas fantasiadas que andavam com a gente de trenzinho pela cidade. Fazia tanto escândalo que eu simplesmente não ia de jeito nenhum.

Esses são apenas alguns dos episódios de uma infância verdadeiramente dramática. Quando filhotinhos do meu cachorro faziam cocô na minha mão, drama. Quando minha irmã me amarrava no poste, drama (Veja mais sobre isso aqui). Quando chegava dois minutos atrasada na escola, drama. Quando minha irmã nos atrasava para pegar o ônibus escolar, ai, minha nossa, drama eterno. Posso ficar horas e horas aqui contando casos do tipo.

E você, tem alguma história de infância dramática?

O Projeto Drama Queen é uma parceria entre o Casos Acasos e Livros e o blog Pequena Jornalista. Vejo os outros textos do tema:



Teca Machado

15 comentários:

  1. Ai, gente, que tensa essa situação de calcinha aparecendo, eu sou muito dramática e fico remoendo situações estranhas por muito tempo depois, sabe? Agora não consigo lembrar de algo específico, mas pode ter certeza que acontece o tempo inteiro comigo!!


    Beijos
    Brilho de Aluguel

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    1. Eu tinha pavor quando a minha aparecia em público, haha.
      Passou o pavor, ainda bem, porque eu ainda passo muita vergonha.
      Esses dias andando no shopping, fui ao banheiro e a saia grudou na calcinha. Não vi e sai andando alguns metros com a bunda de fora, hahahaha.

      Beijoooos

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  2. Ah, acho que todo mundo tem situações dramáticas e que se sentiram desconfortável em alguns momentos. Eu tenho muitos de quando eu era criança, mas a que eu mais lembro era de quando eu não quis fazer aula de balé, preferi capoeira (ninguém merece), por fim, não fiz nada, e até hoje me arrependo por isso. Gosto tanto de dança e odeio qualquer tipo de luta (seja como arte ou não). Fora outros em que caí de bicicleta, molhei pés all stars na lama...

    beijos
    http://mundo-restrito.blogspot.com.br

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    1. Ôôô, gente, tadinha!
      Ficou sem os dois!
      :(
      Molhar o all star na lama é sacrilégio, hehe.

      Beijooos

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  3. Oi! Acho que sou quase tão dramatica quanto vc! E eu tbm comi desses guarda chuvinhas ahsuahshas
    Bjs, comenta por favor nessa resenha ajudaria muito:
    http://resenhasteen.blogspot.com.br/2014/11/codex-popul-vuh.html

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    1. Opa, então você me entende, hehe.
      Os guarda-chuvas não eram maravilhosos? Nunca mais encontrei :(
      Vou comentar, pode deixar.

      Beijoooos

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  4. Oi, Teca! Tudo bem?
    Menine, quanto drama reunido em uma postagem! Hahuahuhau. Adorei! (não me bata, mas muitos são engraçados, como o caso das pessoas fantasiadas de personagens da Turma da Mônica no trenzinho; sempre tive medo também e quase morri quando tirei uma foto com um deles - a minha cara na foto está tipo exorcista, tem que ver).

    Enfim, gostei muito! Parabéns!

    Um beijo,
    Doce Sabor dos Livros - Aguardo a sua visita!

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    1. Pode rir, Jeni, fique à vontade.
      Hahaha.
      Eu mesma cai na risada escrevendo esse texto.
      Então você me entende com os personagens da Turma da Mônica! Eles não eram pavorosos?
      Hahahaha.

      Beijooos

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  5. Oie Teca
    morri de rir sobre seus dramas da infância. Confesso que nunca fui uma criança dramática. Nunca fiz escândalo em vacina, e até lidava bem com os natais que a gente passava na casa de amigos do meu pai, onde todas as crianças ganhavam presentes, menos eu e minha irmã.
    Mas o fato de ser irmã do meio, e achar que minhas irmãs eram preferidas sempre gerava um draminha do tipo: ninguém me ama. Nessa caso sim, eu era a rainha do drama rs
    Já vejo traços de drama na personalidade do meu filho. Outro dia fui dar um biscoito e mordi a pontinha, e meu filho de 4 anos fez um escarcéu, dizendo que eu tinha estragado seu biscoito, e que ele não ia comer. Detalhe: não comeu.
    Amei esse projeto.
    bjos
    www.mybooklit.com

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    1. Aaah, eu fui dramática demais. Chorona de tudo. Diz meu pai que às vezes a trilha sonora de festa era meu choro, hahaha.
      Melhorei bastante, óbvio, e todos os outros textos do Projeto Drama Queen são caricatos, exagerados, mas esse foi bem real. Ô, tristeza! Hahaha.
      Ser filho do meio é dose, hein? Eu sou a caçula, chorava porque achava que era adotada, haha.
      Seu filho fez como eu fazia, hahaha.

      Beijoooooos

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  6. Oi, Teca!

    Vi o título e a imagem do Gilmore Girls e vim correndo comentar, rs.
    Ah, não se sinta só! Eu também sou meio dramática desde criança - segundo a minha mãe. É claro que com o tempo você aprende a se controlar e estabelecer limites, mas um drama ocasional é bom e faz parte - para quem nasceu dramático como nós, haha. :D

    Beijocas.
    http://artesaliteraria.blogspot.com.br

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    1. Oi, Rafaela!

      Essa imagem da Gilmore Girls diz tudo, né?
      :P
      Bom saber que dramáticos não estão sozinhos no mundo, hehe.

      Beijoooos

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  7. Olha, se for o caso também sou uma rainha do drama, mas faz parte rs.

    Beijo

    http://manuellamontesanto.blogspot.com.br

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  8. Mini Dramáticas! <3
    Adorei o texto, friend. E o vídeo, sensacional hahaha!
    Beijos,
    Carol
    www.pequenajornalista.com.br

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