Soluço para que te quero! – Projeto Drama Queen #92


Enquanto digito isso, estou soluçando. Soluçando muito. Com um barulho que parece de porquinho guinchando. Sexy, né?


Desde muito pequena eu soluço demais. Na verdade, segundo minha mãe, quase todos os dias eu soluçava enquanto estava na sua barriga. Disse que o abdômen dela ficava dando pulinhos e tremidinhas. E depois que nasci a história não foi diferente. Até hoje, 28 anos depois, os soluços não me abandonaram. Pelo menos umas três vezes por semana eu sou presenteada com eles.

Um médico me disse uma vez que geralmente quem tem refluxo soluça muito. Como eu tenho um refluxo cabuloso, acredito que é a causa dos meus soluços sem fim. 

E o pior de tudo é que meus soluços são altos e doem. Eles parecem vir do fundo do meu ser e me fazem perder a concentração em qualquer coisa que eu estiver fazendo. E no intervalo entre um e outro fica aquela expectativa de “quando vai vir o próximo?” ou de “será que finalmente parou?”. Fora que todo mundo escuta e fica me olhando.

E quanto mais eu penso e me incomodo com o bendito soluço, mais rápido e forte ele vem. E ele não para. Geralmente só sossega quando eu finalmente entrego nas mãos de Deus e tento parar de pensar nele. Mas isso acontece depois de muitos e muitos minutos soluçando loucamente.



Aí você me fala: 

“Teca, mas soluço para quando você tranca a respiração”.

Comigo não funciona.

“Teca, mas soluço para quando você bebe um copão de água sem respirar”.

Comigo não funciona.

“Teca, mas soluço para quando você bebe um copo de água enquanto faz uma bananeira”.

Comigo não funciona. Até porque eu nem consigo fazer bananeira!

“Teca, mas soluço para quando você toma um susto”.

Comigo não funciona. Uma vez minha irmã me deu um susto tão grande para parar meu soluço que naquele momento tive certeza que não tinha problema cardíaco. Agora me pergunta se o soluço parou? Não.

Às vezes, quando ele me incomoda muito e não para, começa o drama. Reclamo até não querer mais, mas o porcaria vai embora? Vai nada.

Talvez seja mais psicológico do que realmente soluço, já que ele geralmente passa quando esqueço dele. Talvez seja por isso que enquanto escrevo esse texto estou soluçando igual uma doida. Então acho que vou parar por aqui para ver se me esqueço...

*** 

Conhece o Projeto Drama Queen? É uma parceria entre os blogs Casos, Acasos e Livros e Pequena Jornalista. Todas as quintas-feiras tem um post novo falando sobre pequenos, grandes, médios e irrelevantes dramas da vida. Quer participar? Mande seu texto para a gente.

Teca Machado

5 comentários:

  1. Nada de parar soluço funciona comigo. O jeito é respirar fundo, relaxar e esperar ele ir embora por vontade própria.
    Minhas crises não são iguais a sua, mas doem e fazem barulho também, infelizmente.
    :/
    Bjuxxxxx

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    1. Exatamente. Eu sempre me acalmo e espero passar.
      Não tem outro jeito, né?

      Beijooos

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  2. Sofro do mesmo mal, é só pegar um ventinho ou andar descalça a desgraça começa e não para mais, pode levar hooooras pra vc ter noção, uma coisa que me ajuda as vezes e eu li não me lembro aonde é tapas os ouvidos.

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    1. Nossa!!!
      Horas eu nunca fiquei. Deve ser horrível.
      :(
      Tapar o ouvido? Esse eu não conhecia. Vou tentar da próxima vez.

      Beijooos

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  3. Eu odeio soluçar... Os meus também são altos e doem, mas a frequência com que aparecem é bem rara, ainda bem! rs
    Mas se tem uma coisa que eu odeio fortemente nesse mundo, são os soluços. Comigo não funciona nada disso também. Só vai embora quando quer e é isso aí... rs
    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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