Interessantemente diferente – O Lado Bom da Vida, o livro


Eu sou otimista. Acho que às vezes até demais. Mas Pat Peoples, protagonista do livro O Lado Bom da Vida, ganha de mim em disparada. Esse foi um livro que vi a capa e achei linda. Nem sabia ainda que tinha filme. Só não comprei porque já estava com três livros na mão. Até que chegou o meu aniversário (Quando ganhei sete livros!) e o Kenderson Araújo (Do blog Ambígua Existência) me deu de presente. Oba!


O Lado Bom da vida, de Matthew Quick, é um livro diferente, para dizer o mínimo. Pat Peoples é um homem que acabou de sair de uma instituição psiquiátrica. Tem certeza que ficou no “lugar ruim” apenas alguns meses, mas passou mais de quatro anos ali. Apesar de tudo ter desandado, ele acredita no lado bom da vida e das coisas. Para Pat, a vida dele é um filme e o final feliz com certeza já está próximo, pois antes de tudo dar certo, tudo dá errado.

Anteriormente um professor de história rude, ele agora é um homem mudado. Mais calmo, viciado em exercícios físicos e tentando “ser gentil ao invés de ter razão”, Pat Peoples acredita que desse modo vai conseguir conquistar a ex-mulher, Nikki, que está dando um “tempo separado” dele. 

Não sabe bem o que aconteceu com ele e a esposa antes de entrar no “lugar ruim”, mas sabe que foi um péssimo marido e está trabalhando arduamente para mudar isso. Totalmente devoto a Nikki e com um amor quase surreal, ele não consegue entender porque todos os seus amigos e familiares evitam falar sobre Nikki, sobre o seu casamento e sobre toda a sua vida antes das fatalidades acontecerem.

A capa original do livro em inglês

Pat tenta recuperar o tempo perdido, a memória e se reinserir no mundo real, mas é muito difícil para alguém com os problemas dele (Dá a entender que ele tem um caso grave de bipolaridade e que o seu pai também). Com um pavor tremendo do músico Kenny G (Tadinho, chega a ser engraçado de tão triste!), ele tenta voltar a ser “normal” a tudo custo. 

Mesmo com a ajuda do seu terapeuta Cliff Patel (Um dos melhores personagens do livro), da sua devota mãe Jeanie, do seu irmão Jake e do seu amigo Roonie, Pat ainda não está bem. Seu pai o ignora, Nikki sumiu, o time de futebol americano que ele torce não está na melhor das temporadas e o Sr. G (Kenny G) aparece a todo tempo em alucinações. Até que entra em cena Tiffany, a cunhada viúva de Roonie, que se torna sua amiga de uma maneira quase estranha.

Tiffany é quase tão problemática quanto Pat. Ninfomaníaca, arrasada pela morte precoce do marido, desequilibrada e adepta da filosofia de que os fins justificam os meios, ela quer ser a tábua de salvação do Pat e vê nele a sua tábua também. Mais do que tudo, ela quer ajudar o amigo a acabar com o “tempo separados” e ajudá-lo a ser feliz novamente. Para mim, o melhor do livro é quando Tiffany e Pat treinam para uma apresentação de dança.

Matthew Quick, o autor de O Lado Bom da Vida

Mais do que a temática de O Lado Bom da Vida, a narrativa é feita de uma maneira interessante. O livro é escrito em primeira pessoa, com Pat como o narrador. É engraçado ver como na mente dele tudo é diferente, tudo é um tanto distorcido. É quase infantil o modo como ele pensa algumas coisas e a sua versão dos fatos. Quero muito saber como transcreveram isso para o filme homônimo.

De leitura leve, fácil e com poucas páginas (Só 256), O Lado Bom da Vida é bem humorado e comovente ao mesmo tempo. Dá para ler em pouquíssimo tempo (Eu li em três dias). Não digo que é o melhor livro que já li e nem que todos os personagens foram bem construídos, mas é marcante e basicamente inesquecível. Você se pega torcendo por Pat, um quase anti-herói, e percebe que quer que ele realmente receba tudo de bom do lado bom da vida.

Quando assistir o filme, comento aqui para vocês.

Recomendo.

Teca Machado 

Um comentário:

  1. Comprei sem saber do filme tbm kkkkk Li em um dia! kkkkkk e confesso que não gostei muito! esperava mais! achei que a historia do futebol que eles tanto amam só serviu pra encher mais paginas no livro kkkkkkk
    e depois que vi o filme minha decepção foi completa! achei que o filme foge do livro em detalhes importantes! ah sei lá minha humilde opinião, né?
    bjoooo Gabi

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