Fiascos e problemas em passeios por Mato Grosso

Passear é bom. Viajar é sensacional. Mas de vez em quando passamos por alguns apertos. A colunista de turismo Iara Vilela fala muito do assunto no Com Os Erros Aprendi – Um blog sobre furadas e fiascos pelo mundo. Pensando sobre isso, lembrei de alguns “probleminhas” que tivemos certa vez...

A minha família mora praticamente toda em Minas Gerais e eu e os meus pais em Cuiabá, MT. Teve um ano que uma tia e dois tios vieram nos visitar. Claro que estando perto do Pantanal, da Chapada dos Guimarães e de um monte de belezas naturais, levamos os parentes para passear por aí.

Fiasco nº1 - Barão de Melgaço/Pantanal



No primeiro passeio, fomos para Barão de Melgaço, porto conhecido indo para o Pantanal. Para caber todo mundo no carro, meu pai pegou a kombi da empresa dele. Visitamos, andamos de barco, pescamos, vimos jacaré e tudo o mais. Foi ótimo. 

Voltando para a cidade de noite, estávamos na estrada de terra, sem mais nenhuma viva alma por perto. De repente, passando por uma depressão na pista que foi invadida por um rio, minha mãe grita “Olha o jacaré!”. Meu pai assustou, pisou no freio e o carro morreu afogado em cima do rio. Não podíamos descer do carro porque tinha jacaré, peixes etc. Não podíamos ficar lá porque estava entrando um pouco de água. Solução: Fomos todos para o teto do carro.

O celular não pegava, estava escuridão total e não tinha ninguém por perto. Desespero mode on.

Depois de umas quatro horas, passou um caminhão e parou para ajudar. Os homens desceram no teto do carro, entraram na água, amarraram um cabo de aço do caminhão e tiraram a kombi do buraco. Juro que quando abriram o motor, caiu um peixinho lá de dentro.

Fomos rebocados até a cidade.

Fiasco nº2 - Trilha do Véu de Noiva



Dois dias depois, o passeio da vez foi a descida da cachoeira Véu de Noiva, na Chapada dos Guimarães, a 60 quilômetros de Cuiabá.

Entramos numa mata super fechada, fizemos a trilha de algumas horas e chegamos num lugar lindíssimo. O problema é que ficamos lá tempo demais e começou a escurecer assim que começamos a refazer a trilha. Em poucos minutos ficou tão escuro que não víamos um palmo a frente do nariz. 

Todo mundo com medo de cobra, aranhas e outros bichos venenosos. Mas o medo maior era de onça preta, que dizem que na localidade vive uma. São boatos, mas foi o suficiente para correr sem nem olhar para trás.

Aos trancos e barrancos (Literalmente) chegamos ao estacionamento depois de algumas horas de corrida sem maiores prejuízos do que alguns arranhões.

Fiasco nº3 - Estrada da Chapada dos Guimarães


Depois de chegar ao carro e de todo mundo rir de como fomos burros de voltar quase de noite para a trilha, pegamos a estrada de volta.

Após dez minutos de viagem, o carro (Não era mais a kombi) deu pane elétrica e morreu. Ficamos parados de novo. Sorte que dessa vez era uma estrada de asfalto e iluminada e meio cheia. Azar que a bateria do celular que estava com a gente tinha quase morrido. Era rir para não chorar.

Depois de mais de duas horas esperando, o guincho chegou e em menos de três dias fomos rebocados outra vez.

Moral da história:

1- Nunca grite com o motorista.
2- Nunca espere o fim de tarde para andar no meio do mato.
3- Nunca viaje sem fazer revisão no carro.
4- Sempre tenha a mão o número de um guincho.
5- Sempre dê um jeito de carregar o celular.
6- Fique com medo quando a minha família te levar para passear.

Apesar de tudo, essa não foi a viagem mais cheia de furadas que tivemos. Em 2010, em Nova York, meu pai teve que ser operado às pressas e e em 2011 perdi o voo de volta para o Brasil por causa de uma série de erros, inclusive uma chuva de tornado. Mas conto isso para vocês outro dia.

Teca Machado

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