I Love New York – Um gostinho do livro

A hora do lançamento de I Love New York, meu primeiro livro, está chegando e eu estou cada vez mais empolgada, doida para que vocês conheçam a história da Alice, a protagonista.

Então, quero dar para os meus leitores lindos um gostinho do que vem por aí: O prólogo do livro.


Dezembro, 2013

– Como deixei tudo chegar a esse ponto? Burra, burra, burra! – Resmunguei em português, para mim mesma, enquanto estava sentada naquele banco frio, com resquícios de neve, no meio do Central Park.

O senhor que estava ao meu lado lendo jornal olhou em minha direção e disse em inglês, num lindo sotaque britânico:

– Desculpe-me, senhorita. Falou comigo?
– Não, estava falando sozinha. – Arrisquei sorrir, mas, pelo meu estado de espírito nada feliz, deve ter saído uma careta.

Ele voltou a ler seu jornal. Tentei me acalmar, mas estava num desespero tão grande que comecei a chorar ali mesmo. O frio que fazia provavelmente congelaria as minhas lágrimas no meio da minha bochecha. Eu nem me importei. 
Primeiro foi baixinho, lágrimas silenciosas. Logo   depois veio o soluço e, em seguida, a fungada de nariz, até que aquele choro alto igual ao de criança começou a sair involuntariamente da minha garganta.

– Você está bem? – Ele me perguntou, dessa vez com ar preocupado.

Para que negar? Era óbvio que eu não estava bem.

– Não, nem um pouco bem! Minha vida, que era tão linda, está um caos!
– Posso ajudar de algum modo?
– Só se você tiver uma máquina do tempo. – Falei de brincadeira, mas a ideia até que não seria de todo ruim.
– Não, infelizmente não tenho. Mas sei de algo que pode te ajudar.

O senhor se levantou e foi até uma barraquinha de bebidas próximo de onde estávamos. Dois minutos depois, voltou com um chá bem quente.

– Toma, isso vai te acalmar. E se não acalmar, pelo menos vai te esquentar. De qualquer modo, você vai se sentir melhor, tendo resolvido a situação ou não. Chorar no frio ao lado de um estranho não deve ser muito agradável.
– Obrigada. – Comecei a beber lentamente o líquido quase fervendo. Ele tinha razão, era revigorante. – O senhor é muito gentil!
– De nada. Eu também já tive dias ruins. 

Ele ficou em silêncio olhando fixamente para o meu rosto. Ai, Deus, por favor, não deixe que ele me reconheça! Eu não aguento mais isso!

– Desculpe-me se isso parecer uma cantada, mas eu já não te vi em algum lugar?

Droga! Bom, pelo menos ele não sabia onde já tinha me visto.

– Não, não. – Falei num tom quase desesperado tentando parecer casual. – Sou apenas mais uma anônima perdida em Nova York, chorando no Central Park. Supernormal!
– Mas eu tenho certeza que já te vi.
– Bem, já me disseram que eu pareço a Megan Fox. – Falei, despistando com esta frase um tanto absurda. Não que eu me achasse linda o suficiente para ser comparada a ela, mas o nome da atriz foi o primeiro que veio a à minha mente, porque um cara já tinha me dito isso (o que obviamente mostrava que suas intenções não eram das mais puras). Tudo bem que faltava muito para ser parecida com ela, mas muito para mim. Meus olhos não eram azuis como o dela, e sim castanhos -esverdeados, daqueles que no sol ficavam bem verdes. Meu cabelo não era preto e nem tão longo, era castanho ondulado bem abaixo dos ombros. Além disso, eu tinha quase 10 centímetros a mais que ela (toma isso, Megan Fox! Ganhei de você – pelo menos em um quesito!).
– Você é linda feito ela, mas não é isso...
– Obrigada! Eu tenho um rosto bem comum, para falar a verdade. – Com medo de que ele descobrisse, peguei a minha bolsa, meu chá, minha câmera filmadora e me levantei. – Bom, o papo está ótimo e o chá divino, mas tenho que ir. Muito obrigada, senhor!
– De nada, menina. Espero que você resolva o problema que te levou às lágrimas.

Quando acenei um tchau, a esposa dele apareceu por trás e sentou-se no banco. Comecei a me afastar. Era mais provável que uma mulher me reconhecesse do que aquele senhor que parecia avesso a revistas de fofocas.

– Querido – escutei-a falando com o marido –, aquela ali não é a moça que apareceu na Revista Hello? E que está saindo em todos os jornais?
– Bem que eu achei o rosto dela conhecido, mas ela disse que não era famosa.
– Bom, com uma fama daquelas, eu também não queria ser reconhecida na rua... – Aacrescentou a mulher.

Antes que eu escutasse algo mais, me pus quase a correr. Eu não queria saber que as pessoas falavam coisas assim a meu respeito, por mais que fossem mentiras e mal-entendidos.

Nesse momento, meu “bebê” está em fase de diagramação na editora Novo Século, ganhando a capa e uma identidade visual. Em outubro será o lançamento. Assim que eu souber os dados certinhos, compartilho com vocês.

Eu recomendo o meu livro, é claro, haha.

Teca Machado

2 comentários:

  1. Hahaha!! Parabéns Teca! Sucesso pra você! :)

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  2. Já fiquei curiosa... quero saber o que aconteceu com essa "Megan Fox" ahahha. Sucesso Teca! Beijos Poli

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