Matemática, amor e literatura: O Teorema de Katherine

A Culpa é das Estrelas, de John Green (Comentei aqui), é um dos meus livros preferidos. E acho que em questão de quantidade de litros de lágrimas derramadas, ele é empatado com Marley & Eu (Meio que comentei aqui) e A Última Música (Aqui). Por falar nisso, as gravações do filme baseado no livro estão super adiantadas. Preciso dizer que estou super ansiosa? Enfim, me desviei do assunto, já que A Culpa das Estrelas não é o tema do post de hoje. O tema é O Teorema de Katherine, outra obra do autor.


Diferente do primeiro livro de John Green, que é bem triste (Apesar de engraçado e divertido quase todo o tempo), O Teorema de Katherine não é de fazer chorar. Nem de longe. Não por causa disso, mas também é bem menos marcante, pois a história mexe menos com a sua emoção. Ele é leve, gostoso de ler e ótimo para relaxar a mente, mesmo tendo bastante matemática. A leitura é fluida, rápida e você nem vê as páginas passando enquanto dá algumas gargalhadas.

Em O Teorema de Katherine, Colin Singleton é um garoto prodígio de 17 anos que acabou de se formar no ensino médio. Extremamente inteligente, ele ainda não chega a ser um gênio. Nada popular, nada social e um tanto esquisito, suas duas principais características são: Criar anagramas com quase todas as palavras que escuta e se apaixonar por garotas chamadas Katherine (E que sempre acabam lhe dando um fora). Até aquele momento, foram 19 Katherines, sendo que a última acabou de partir o seu coração de forma brutal.

Sem vontade de viver sem a Katherine XIX, o seu único amigo, Hassan, um garoto muçulmano, engraçado, gordo, preguiçoso e muito mais sociável, convence Colin de que o que ele precisa para seguir adiante é fazer uma viagem de carro sem destino, sem rumo. Eles param em Gunshot, uma cidade minúscula no Estado do Tenesse, e conhecem Lindsey e sua mãe Hollis. Acabam empregados pela mulher e morando com as duas.

Enquanto faz o seu trabalho para Hollis, Colin tenta criar uma fórmula matemática chamada Teorema de Katherine, que poderá prever o rumo dos relacionamentos, determinando quem será o Terminante e quem será o Terminado e em quanto tempo isso vai acontecer.

Esse é o John Green

O livro tem matemática de verdade. Mas não se preocupe se você é como eu, meio tobó na matéria. Não é preciso entender a fórmula de Colin para compreender a história. Até John Green disse que não entendeu bem. Ele disse que a equação é real, criada por um matemático amigo seu.

Os personagens de O Teorema de Katherine são cativantes, principalmente Hassan, que é sempre de bem com a vida e engraçado. Queria ser amiga dele. Lindsey é uma graça também. Colin é um chato extremista que faz você se apaixonar por ele.

O livro não é inesquecível ou maravilhoso, mas vale muito a pena. As histórias de Colin com as Katherines são ótimas e a passagem do protagonista e Hassan correndo de um javali no mato é muito engraçada.

John Green escreveu um livro excelente (A Culpa é das Estrelas) e um muito bom (O Teorema de Katherine). Tem também Quem é Você, Alasca?, que eu ainda não li, mas já está na minha lista de futuros.

Curiosidade: O autor teve a ideia desse enredo depois de levar um pé na bunda e escolheu o nome Katherine, assim mesmo, com h no meio, porque é ótimo para fazer anagramas.

Recomendo.

Teca Machado

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