A Lista de Brett – Leitura incrível


Às vezes uma capa bonitinha com cara de chick lit ou de romance juvenil pode enganar. Nos fazem achar que naquelas páginas o livro apresenta uma história legal de mero entretenimento (Não que eu ache ruim, AMO livros assim), mas, na verdade, alguns tem um enredo muito mais profundo e de fazer pensar e emocionar, nos marcando profundamente. Foi o caso de Menina de Vinte (Comentei aqui), O Começo de Tudo (Aqui), Extraordinário (Aqui) e, agora, A Lista de Brett, de Lori Nelson Spielman, que peguei em parceria com a Livraria Janina.


Brett, uma mulher de 34 anos, precisa lidar com a morte da mãe, com quem mantinha uma relação muito próxima e feliz. Agora, além do luto, sua mãe lhe deixou uma tarefa: Para receber a herança (Que é bem gorda, diga-se de passagem) e realizar o último desejo da sua progenitora, Brett precisa completar até setembro do próximo ano uma lista de sonhos que fez para si mesma quando ainda tinha 14 anos e era sonhadora e ingênua, algo que passa longe do seu eu atual. Magoada, não entende porque a mãe fez isso com ela, já que seus irmãos receberam seu dinheiro normalmente e muitos itens daquela lista são absurdos, como comprar um cavalo. Ela é uma pessoa urbana, ora essa, vivendo (quase) feliz num loft com o namorado Andrew, que nunca quis ter animais ou filhos. 

A lista faz com que Brett tenha que revirar sua vida de ponta cabeça, algo que ela não pretendia fazer. Mesmo contrariada e achando a mãe cruel em alguns momentos, Brett segue os desejos, já que ela sempre conheceu a filha melhor do que ela mesma e nunca faria algo que não fosse pelo seu bem. Em seu novo caminho, Brett encontra pessoas maravilhosas, como o advogado Brad, a aluna Sanquita, o psiquiatra Dr. Taylor, a amiga de infância Carrie e outros personagens apaixonantes que tornam a jornada de Brett ainda mais deliciosa. Elizabeth, a mãe, é uma mulher fantástica e que nos encanta logo nas primeiras páginas, mesmo que em momento algum “apareça”, já que tudo o que sabemos dela foi por depoimento de Brett e pelas cartas que ela deixa à filha quando cumpre uma meta.

Lori Nelson Spielman
Impossível não adorar ou se identificar com Brett. Ela tem seus momentos inseguros e de lamentações. Mas quem não tem? A coitada perde tudo com o passar do livro e mesmo assim tenta seguir em frente e aproveitar as situações. Aquela velha história de “Se a vida te deu limões, faça limonadas”. Apesar de ela ser uma mulher completamente diferente no final do livro do que era no início, não é possível dizer que ela cresceu ou evoluiu: Brett se redescobriu. Trouxe do fundo de si mesma a pessoa que sempre foi, mas esteve escondida e soterrada por tanto tempo, e isso que é incrível. Faz com que o leitor pense se ele não está fazendo isso consigo mesmo, enterrando seus sonhos e desejos por causa de uma vida cômoda e por outras pessoas. Brett mostra que, por mais que mudanças sejam incômodas, suas consequências podem ser as melhores possíveis. A autora soube dar vida à personagem de uma forma que poucos conseguem.

A história de A Lista de Brett, narrada pela protagonista, vai tomando rumos inesperados e nos brinda com um ótimo final (Que eu já desconfiava, haha). Lori Nelson Spielman tem uma escrita fantástica, nem um pouco cansativa e me fez engolir o livro de 360 e tantas páginas em 24 horas.

A capa de A Lista de Brett é bonita e tudo o mais, mas ganha realmente significado quando você termina o livro, pois fica atento e entende os detalhes. Cada flor da árvore, por exemplo, equivale a um dos itens da lista de sonhos.

E, assim como Elizabeth diz para Brett, "Continue se obrigando a fazer coisas que lhe dão medo, querida. Assuma os riscos e veja onde aterrissa, pois são eles que fazem a jornada valer a pena”. E a sua lista de desejos? Já foi completa?

Gostou muito e agora quer ler? Tem aqui na Livraria Janina.

Recomento muito mesmo.

Teca Machado

Um comentário:

  1. Como não amar???
    Um dos melhores livros desse ano, sem dúvida. Amei muito a história e ameiii o final. Para mim, foi surpreendente, não desconfiei nadinha de nada hahaha!
    Beijos,
    Carol
    www.pequenajornalista.com.br

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