Maze Runner – Correr ou Morrer: Sobre o filme


Há uns dias comentei aqui sobre O Doador de Memórias, que vi o filme antes de ler o livro. O mesmo aconteceu ontem com Maze Runner – Correr ou Morrer. A produção do diretor Wes Ball já estava no cinema, fiquei curiosa e fui. Mas isso não significa que não vou querer ler o livro, pelo contrário, agora fiquei mais curiosa ainda. Há muito que não fica explicado, mas já sabia que isso ia acontecer, afinal, a série de livros do autor James Dashner tem cinco volumes, não se espera que revele todos os segredos e conspirações logo no primeiro. Mas, como sempre em adaptações, sei que muito ficou de fora, principalmente a relação entre os personagens, pelo que pude ver em críticas por aí. Já entrou na minha pequena enorme lista de livros para comprar.


Maze Runner – Correr ou Morrer é quase como se fosse contado em primeira pessoa por Thomas (Dylan O’Brien). Mesmo sem ter narração, durante todo o filme, com exceção de uma ou duas cenas, acompanhamos Thomas em sua nova realidade no labirinto. Ele acorda dentro de um elevador, subindo em velocidade acelerada. Suas memórias, seu nome, o que está fazendo ali, nada disso está em suas memórias. Ela foi completamente apagada.

Elevador onde os novatos chegam

Quando chega ao topo de onde quer que esteja, encontra uma floresta com clareira no meio de paredes muito altas. Recepcionado por vários garotos adolescentes e jovens, ele descobre que, assim como ele, não têm lembrança de nada, não sabem onde estão, como chegaram ali, quem fez isso com eles ou porque estão nesse lugar. Tudo o que sabem é que uma vez por mês chega um novo garoto pelo elevador e que as paredes ao redor são um labirinto, que os Corredores percorrem durante o dia para procurar uma saída, mas do qual ninguém sai vivo se ficar durante a noite devido a uns bichos chamados Verdugos.

Entrada do labirinto

Todos parecem meio resignados a ficar por ali, aparentemente seguros, mas Thomas é diferente e simplesmente não aceita ficar preso por toda a vida. Logo depois dele, chega a primeira menina de que se tem notícia: Teresa (Kaya Scodelario), com um bilhete dizendo que ela será a última enviada e que tudo vai mudar. Toda a dinâmica do lugar muda, para horror de Gally (Will Poulter), que odeia Thomas e deseja deixar tudo como está.

É um daqueles filmes que deixa o espectador sem fôlego, ainda mais porque os personagens, principalmente Thomas, correm o tempo todo. É revelação atrás de revelação, segredos sendo desvendados, perseguições e tudo isso rodeado de uma fotografia e direção de arte muito bonitas e bem feitas. Pelo que tinha ouvido falar, pensei que o labirinto seria medonho, mas ele é apenas paredes muitíssimo altas cobertas com heras e de noite com bichos horríveis aparecendo.

Teresa e Thomas

Os atores dão conta do recado, principalmente Dylan O’Brien. Bonitinho, de fazer garotas suspirarem (Eu inclusa!), faz muito bem o papel de Thomas, sendo o mais bem preparado do elenco. Kaya Scodelario está meio apagadinha, não se destacou e não parece uma peça fundamental, apesar de ser a primeira garota que se tem notícia no labirinto. Will Poulter cresceu desde que fez o terceiro filme das Crônicas de Nárnia, continua com aquela cara azeda e fazendo papel de um rapaz azedo. Talvez seja assim na vida real. Blake Cooper, no papel de Chuck, é o que ganha o coração de todo mundo, sendo o mais novinho dos garotos da clareira.

Sempre correndo

O roteiro peca um pouco em alguns momentos, isso infelizmente acontece muito em adaptações de livros. Para quem não leu, podem ficar alguns buracos na história que quem teve acesso ao livro preencheu com suas lembranças da história. Mas nada disso prejudica Maze Runner de forma drástica e nem deixa o espectador mais perdido do que deveria estar. Tiro eu mesma como exemplo, já que não li.

O final é surpreendente em dose dupla, te deixando extremamente curioso para a continuação, que deve ser lançada no ano que vem. Enquanto isso não acontece, vou ler os livros.

Recomendo.

Teca Machado

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