A Tormenta de Espadas – George R. R. Martin, o cruel


Vou falar uma coisa para vocês: O George R. R. Martin destroça o meu coração. Gente, que homem cruel com os seus personagens! Eu gosto tanto deles e aí esse autor sem dó e nem piedade vai e os mata. Sempre soube que não podia entregar meu amor para nenhum personagem porque todos, até mesmo protagonistas, correm perigo com o escritor, mas suas criações são tão vivas e incríveis que é muito difícil não gostar deles (ou odiá-los – Joffrey, te odeio seu babaca boca mole) e não sentir quando algo ruim acontece com eles. E no terceiro volume das Crônicas de Gelo e Fogo, A Tormenta de Espadas, muita coisa péssima acontece.


Georginho (Sou íntima, tá?) se superou em número de páginas dessa vez. A minha edição de A Tormenta de Espadas, que é a versão pocket que de pocket não tem nada, é um tijolão, nos apresenta quase 1.500 páginas de guerra, sangue, morte e tragédias. A Guerra dos Tronos (Comentei aqui) e A Fúria de Reis (Aqui), os dois primeiros livros da série, têm catástrofes, mas as fatalidades estão mais frequentes e fortes agora.

Como já diziam os Starks, o inverno está chegando. Em A Tormenta de Espadas o outono se impõe e as temperaturas caem. Sam, o patrulheiro gordinho e medroso, tenta fugir dos Outros e voltar em segurança para a Muralha. Enquanto isso, Jon está vivendo entre os selvagens e percebe que talvez eles não sejam tão ruins quanto acreditava. Ao sul da Muralha Robb, o Rei do Norte, vence todas as batalhas que participa, mas há conflitos em que espadas não são suficientes para vencer. Em Porto Real, Sansa se vê livre de um pesadelo, mas em breve irá entrar em outro. Não há paz para a sua vida já tão destruída? Tyrion tenta se recuperar de uma machadada no rosto e das conspirações e traições da Rainha Cersei. Jaime, ao lado de Brienne, desesperadamente tenta voltar para casa na Fortaleza Vermelha, assim como Arya quer retornar a Winterfell. Já do outro lado do Mar Estreito, Daenerys começa a construir seu exército para tomar o trono que é seu por direito.

George R. R. Martin, o serial killer de personagens
É difícil escrever a sinopse de um livro tão extenso, com tantos personagens e acontecimentos. Não sei se eu já me acostumei com a quantidade ou se realmente diminuiu o número de gente, mas já não fico perdida nas árvores genealógicas e na localização dos reinos de Westeros. É muito mais fácil aprofundar na história em si.

Em A Tormenta de Espadas alguns personagens ganham voz e capítulos só deles, como Sam e Jaime. Eles já estavam entre os meus preferidos, mesmo sabendo pouco sobre eles, mas agora vemos seus segredos, inseguranças, medos, desejos e felicidade. Foi interessante conhecer esse lado de Jaime, que antes se mostrava tão arrogante e cheio de si.

Vários personagens amadurecem ao longo dos livros, nesse mais ainda. Daenerys deixou de ser uma garota que leva em conta a opinião e conselhos de outros, Sansa não é mais uma resmungona e Arya se torna cada vez mais durona. Até Jon está se tornando um homem feito que enxerga que entre os mocinhos e os malvados de uma guerra a linha é bem tênue.

Amei a história e suas reviravoltas (Bem, não todas as reviravoltas. Várias delas ainda não consegui engolir. Por quê, George R. R. Martin, por quêêêê?). Por vezes a leitura se tornou cansativa, afinal, são 1.500 páginas. Havia dias que eu não aguentava olhar para a cara do livro, pois há capítulos em que nada muito interessante acontece. Mas, quando acontece, é de tirar o fôlego.

Olha o tamanho desse negócio, gente!

O autor escreve como ninguém sobre locais, História, pessoas, guerras e costumes da Idade Média, mesmo que Westeros seja um reino fictício. Imagino o trabalho de pesquisa e continuidade que ele tenha ao produzir cada livro desse.

Depois dos três primeiros volumes, O Festim dos Corvos, o quarto, me aguarda. Mas a ressaca literária está grande. Preciso de uns livros leves, fáceis e sem tragédias por um tempo. 

Recomendo muito.

Compre os livros das Crônicas de Gelo e Fogo aqui na Livraria Janina.

Teca Machado

P.S.: Ainda amo a vaca da Cersei. É uma personagem que eu amo odiar e odeio amar.

2 comentários:

  1. Oi, Tecóida!
    Amo, adoro, sou fascinada por todos os livros da série.
    O chato é que eu vi a série antes de começar a ler, mas não tem problema.
    É meio diferente, então tive algumas surpresas pelo meio do caminho.
    E que foto fofa dos minions, kkkk.

    Kisses, Karina Trouser

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    Respostas
    1. Oi, Karina!
      Que bom que também gosta.
      Eu amoooooooooo de paixão!
      *.*
      E com o George sempre teremos surpresas, geralmente ruins, hahaha.

      Beijooos

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