"The Self-Destructing Book": James Patterson, 24 horas, 416 páginas e boom! - Por Emily Antonetti


Oi, gente! Voltei de lua-de-mel. O blog semana passada ficou perdidinho porque não consegui colocar os posts no ar, deu erro, e eu estava sem computador, então ficou difícil. Maaaaaaaas, estamos de volta, Brasil! Muitas novidades e posts novos por aqui. Fique de olho.

"The Self-Destructing Book": James Patterson, 24 horas, 416 páginas e boom! - Por Emily Antonetti

Desarmar uma bomba em cena é, até hoje, uma velha artimanha nas narrativas. Você sabe muito bem que o herói, que já está suando em bicas, vai cortar o fio correto pouquíssimo tempo antes do cronômetro zerar - o que vai gerar um impasse até o momento em que ele finalmente será desativado evitando a explosão. Ufa! Mesmo assim, isso nunca falha em quicar a nossa adrenalina lá pra cima. Bombas são aterrorizantes, mas a tensão real vem do relógio. Tic, tac. Tic, tac.  

Em cenas de perseguição ou em filmes de terror você sempre tem - em teoria - um tempo não definido para fugir em segurança. No entanto, esses números digitais em vermelho correndo para marcar zero são implacáveis. É por isso que o último livro de suspense do escritor norte-americano James Patterson, "Private Vegas", vem com um relógio em contagem regressiva a partir de 24 horas. Uma vez que o tempo se esgote, o livro detona. Ou você termina o livro no tempo certo, ou viverá o resto da sua vida em suspensa curiosidade. 

(Imagem: reprodução/"Private Vegas", James Patterson)
Tecnicamente, isso só é verdade para os 1.000 e-books disponibilizados no site do autor por meio de códigos secretos (já esgotados!). Uma vez que o cronômetro zere, o livro desaparece do tablet do usuário de uma forma cinematográfica e espetacular. O estilo propício para uma leitura alucinante é uma característica marcante da escrita de Patterson, que é adepto de capítulos curtos e momentos de angustia que te deixam preso à narrativa. Através do site, os leitores também podem acompanhar outros fãs na corrida contra o tempo e ainda adicionar uma dose extra de pressão clicando em "sabotage timer" - roubando parcelas de tempo do coleguinha. Como se já não bastasse o susto em ver a tela "sangrar" toda vez em que um personagem é morto na história ou vê-la se consumir em chamas caso demore para virar a página.

Ah, e não acaba por aqui. Se você tem de sobra $294,038 (pechincha!), Patterson irá vender uma cópia física do livro com toda uma experiência em anexo. O valor inclui um voo para um local não revelado (missão top secret), duas noites de estadia num hotel de luxo, um binóculo de 14 quilates banhado a ouro e um jantar de cinco pratos com o prestigiado autor de best-sellers. Explicando melhor: você terá o prazo estipulado para ler 416 páginas à distância com a ajuda de um binóculo, bebericando taças de champagne, enquanto o esquadrão anti-bombas (SWAT) o manuseia pra você. Devo mencionar a morte épica do livro? No final da viagem, a obra irá realmente explodir - os mínimos detalhes ainda são um mistério, assim como o seu comprador.

(Imagem: reprodução/Mother New York - "The Self-Destructing Book", James Patterson)
A campanha de marketing intitulada "The Self-Destructing Book", a.k.a. "The Most Thrilling Experience Money Can Buy", leva a assinatura da agência de publicidade Mother New YorkAlém do "barulho" para vender os livros, a ideia foi trabalhar com um poderoso elemento: a adrenalina. O hormônio não faz apenas o seu coração disparar, ele pode intensificar o seu apego à alguma pessoa ou coisa. Designers de games já abraçam a ideia de que a diversão vem em enfrentar desafios e trabalhar para vencê-los. Ambientes de realidade virtual exploram esse conceito e, agora, a literatura começa a dar seus passos nessa direção. Não é a primeira vez que algo assim acontece. Um pequena editora argentina, Eterna Cadencia, sacudiu os nervos dos leitores ao lançar "E Libr Qu No P ede Esper r". Uma obra impressa com uma tinta especial que some após um período de interação com a luz e o ar. Você pode ler mais sobre isso clicando aqui.

"Private Vegas" faz parte da série de livros de Patterson que narra a saga do detetive particular Jack Morgan e sua firma de investigação. Morgan não leva uma vida fácil e está a beira do limite. Seu carro foi atacado com bombas incendiárias, sua ex está namorando outra pessoa e seu irmão gêmeo está por aí tentando destruí-lo. E, agora, uma caçada por dois criminosos faz com que o detetive vá para a caótica "Cidade do Pecado", onde a impunidade parece ser a cartão de visitas local. O nono livro da série "Private", co-escrito em parceria com Maxine Paetro, é um thriller que mistura perigo, suspense e surpresas de maneira eletrizante. Aqui, no país tupiniquim, "Private" está disponível no mercado pela editora Arqueiro em versões regulares - e não destrutivas.

James Patterson já vendeu mais de 300 milhões de cópias de livros pelo mundo e entrou para o "Guinness Book of World Records", em 2010, após ter emplacado mais de 76 obras entre as mais vendidas no gênero ficção. Entre seus títulos mais consagrados estão as séries policiais "Alex Cross" e "Clube das Mulheres Contra o Crime"; além da saga distópica "Bruxos e Bruxas" voltada ao público jovem. Na era do Snapchat, "Private Vegas" chega para deter os procrastinadores de adiarem uma boa leitura. Aliás, espero que você seja um leitor rápido e esteja com o coração em dia para tantas emoções. 

Emily Antonetti

6 comentários:

  1. Olá!

    Preciso dele só pela contagem regressiva! James é um mestre do gênero e suas obras são maravilhosas, já quero esse livro só por ele ser explosivo, com o perdão do trocadilho!

    resenhaeoutrascoisas.blogspot.com

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    1. Adorei o trocadinho, Kamila! Hahaha.
      Dá muita vontade de ler, né?

      Beijooos

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  2. Nossa, fiquei com a boca aberta lendo todo o post.
    Eu ia devorar o livro não só pelo relógio cronometrado, mas achando que tenho uma arma apontada contra minha cabeça.
    Mas acho que o tempo dado seria muito considerando que quem lê James devora seus livros.
    Sem dúvidas um jogo de marketing excelente esse. Só não acho que deveriam levar isso para o continente asiático pq corre o risco de pessoas se suicidarem. Sério. Na Coréia do Sul fãs se suicidam por cantores saírem de suas boy groups favoritas.
    Desejo muito começar essa serie Private. Espero que seja esse ano ainda.
    James Patterson é um excelente escritor que te prende a escrita. Não me admira ele ter entrado para o livro do Guiness.
    Obrigado por compartilharem conosco essa loucura. Bjs :*

    Http://peregrinodanoite.blogspot.com.br

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    1. Eita! Sério? Não sabia dessa da Coréia. Que tenso!
      De qualquer modo, eu fiquei doida para ler o livro com cronômetro. Mas vou ter que me contentar com o livro físico quando lançar, hahaha.
      Amooooo o James Patterson!
      Os da série Private são os melhores.

      Beijoooos

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  3. Nossa... que loucura isso tudo... rs
    Ainda bem que existe a versão regular, afinal de contas, infelizmente, eu não posso ficar 24h por conta de um livro... rs
    Mas a ideia é bacana! ^^
    bjin

    http://monevenzel.blogspot.com.br/

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    1. Hahahaha.
      Mas vontade de ficar por conta dele não falta, né?

      Beijooos

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