Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar – Uma honesta sessão da tarde


Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra é, sem dúvida, o melhor dos cinco filmes da franquia. A produção de 2003 foi uma brisa de ar fresco, com um protagonista politicamente incorreto e um cenário não tão explorado por filmes, o dos piratas quase bonzinhos e engraçados misturados com superstição que se tornava real. Apesar disso tudo, era um filme extremamente família, indicado para todas as idades, com um roteiro divertido. Eis que em 2006 e 2007 chegam Piratas do Caribe: O Baú da Morte e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo e o que era simples e leve se tornou uma série de filmes confusos – tão confusos que até mesmo adultos se perdiam na trama doida e sem sentido (lembro que na época li que o Johnny Depp reclamou com o diretor que como ele não assiste aos próprios filmes não entendia nada do roteiro e das filmagens). Então em 2011 tentaram voltar às raízes com Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, com apenas Johnny Depp do elenco principal, com a adição de Penélope Cruz, e uma história que não cativou muito. E em 2017 tentaram reanimar a franquia com Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, dos diretores Joachim Ronning e Espen Sandberg. Apesar de não superar o primeiro – que, convenhamos, é insuperável – nem de longe é o pior filme da série, pelo contrário. Em minha humilde opinião é o segundo melhor.


Tá, não nego, os atores, principalmente Johnny Depp e Geoffrey Rush, estão com um ar cansado, como se tivessem interpretado os seus personagens já muitas vezes (se você parar para pensar é muito tempo, de 2003 a 2017 já são 14 anos!). E também o casal principal, Carina (Kaya Scodelario) e Henry (Brenton Thwaites), são fofos, mas não tem taaaanto carisma assim. Mas o grande ganho em relação ao filme 4 é que Will (Orlando Bloom) e Elizabeth (Kiera Knightley) voltam, mesmo que por pouquíssimo tempo. 

Além disso, Javier Bardem nunca decepciona e o seu Salazar, o grande vilão da vez, é bem construído, com uma história que remonta a um jovem Jack Sparrow, e os efeitos especiais são bizarros, num estado de eterno afogamento e destruição, muito mais arrepiante do que os piratas do Pérola Negra, que eram caveirinhas quando o sol não os tocava.




A história é relativamente simples: Henry é filho de Will e Elizabeth e quer a todo custo libertar seu pai da maldição que o aprisiona ao mar. Carina é uma garota órfã, cientista, que tenta desvendar mistérios para honrar o legado do seu pai. Jack Sparrow, quase sem tripulação e sem navio, passa a ser perseguido por Salazar e seus fantasmas implacáveis que desejam exterminar todos os piratas, principalmente Jack, seu antigo inimigo. O caminho dos três se cruza em busca do Tridente do Poseidon, a solução para o problema de todos.

Os efeitos especiais – é claro, afinal, estamos falando da Disney, né? – são ótimos, principalmente dos piratas fantasmas da turma de Salazar, quando rejuvenescem Johnny Depp para contar um flashback e quando o mar se abre (calma, não é o Mar Vermelho). Toda identidade visual do filme - efeitos, fotografia, figurino... – é muitíssimo bonita.




Com um roteiro muito mais simplista, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar não tenta esconder que é um blockbuster no melhor estilo Sessão da Tarde e é exatamente por isso que é um filme honesto no que se propõe, não tenta ser mais do que realmente é. Temos nossos queridos Sparrow e Barbossa (Rush), um pouquinho de Will e Elizabeth, um vilão cativante, um casalzinho e até mesmo Paul McCartney – sim, o Beatle! – fazendo uma pontinha.

Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar é divertido em suas piadas, tem muitas cenas de ação, principalmente a inicial com um roubo – literalmente – de um banco, amor, drama e uma fórmula que já conhecemos e gostamos. E apesar de a franquia estar aparentemente cansada, ontem o filme alcançou U$ 700 milhões em bilheteria. É provável que teremos um sexto filme.

Recomendo.

Teca Machado


10 comentários:

  1. sou fa da serie piratas, e nao me animo mais mt a ver no cinema, vou deixar pra uma sessao da tarde no futuro bem como vc descreveu

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    1. Lívia, esse não é o tipo de filme imperdível.
      É só bem legal. Só isso.

      Beijooos

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  2. Oi Teca!
    Eu gostava dessa franquia mas ela foi perdendo força para mim. Por isso nem faço muita questão de assistir esse filme...

    Beijos,
    Sora | Meu Jardim de Livros

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    1. Oi, Sora!
      Perdeu a força, mas ainda é legal de ver.
      Talvez não no cinema, mas é legal.

      Beijooos

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  3. Olá, Teca! Piratas do Caribe continua arrecadando muita grana, apesar da franquia um pouco já desgastada. Parece ser um filme bom para se assistir, mas eu não irei vê-lo nos cinemas, quem sabe eu veja na netflix. É mais cômodo e, principalmente para aqueles que não tem muito tempo disponível, e, eu me incluo nesse quesito. Sua análise ficou espetacular. Abraços!

    www.marcasliterarias.com.br

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    1. Oi, Luciano!
      É exatamente isso. Bom para ver em casa.
      :D
      Obrigada, querido.
      :*

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  4. Oi Teca, estou morrendo de rir com o título: uma honesta sessão da tarde hehehehehehehe eu gostei do filme porque aparentemente encerra o arco do Will (tudo bem que o pós-crédito derruba isso), mas é uma história simples que diverte <3

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    1. Oi, Mi!
      Que bom que gostou do título.
      Ficou tão verdadeiro, hahahahahaha.
      É verdade. Achei que acabava, mas nem tanto, talvez...

      Beijooos

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