Gilmore Girls: A Year in the Life - Crítica


Depois do incentivo de várias amigas, passei cerca de dois anos assistindo Gilmore Girls. Demorei porque são mil livros para ler, 500 séries para assistir e mais o trabalho, cuidar da casa, brincar com o cachorro e sair com o marido. Mas no fim do ano passado consegui terminar. E eu dei muita sorte: Enquanto todo mundo que assistiu quando passou, de 2001 a 2007, precisou esperar 10 anos para um revival, eu logo em seguida fui para os novos episódios produzidos pela Netflix e que contaram com a volta da criadora Amy Sheman-Palladino.


Gilmore Girls: A Year in the Life tem apenas quatro episódios, escritos e dirigidos por Amy e Daniel Palladino. Cada um deles foca em uma das estações do ano de Rory (Alexis Bledel) e Lorelai Gilmore (Lauren Graham), que mesmo passada uma década continuam falando rápido, muito sarcasticamente, são cheias de referências e fazendo as escolhas que querem, não que as sociedade impõe a elas.

Lorelai está com Luke (Scott Patterson), continua cuidando da Pousada Dragonfly Inn, mas está se sentindo triste porque Sookie (Melissa McCarthy) abandonou o empreendimento e Michel (Yanic Truesdale) está pensando em fazer o mesmo. E apesar de feliz no relacionamento, acredita que ele está estagnado. Os problemas com a mãe Emily (Kelly Bishop) continuam e se intensificaram depois da morte do pai Richard (Edward Hermann, que realmente faleceu e deixou todo mundo tristíssimo), mesmo que ambas comecem a fazer terapia.




Enquanto isso, Rory está perdida na vida e a encaixam no que chamam de Gangue dos 30 e Poucos, que são os jovens adultos que acreditavam ter o mundo nas mãos, mas o mundo os cuspiu de volta sem piedade. Rory fez alguns trabalhos esporádicos de sucesso, mas não o suficiente para ter um emprego fixo. Não tem ao certo onde morar, não tem um relacionamento sério – apenas um namorado do qual sempre se esquece e um amante -, não tem trabalho e está se sentindo mais perdida do que nunca, ainda mais porque no término da sétima temporada ela acreditava que iria alcançar grandes alturas.

Preciso confessar que nunca morri de amores pela Rory. Prepotente e chata, sempre achei que suas escolhas não foram as melhores (é só se lembrar que a primeira vez dela foi com o ex-namorado que era casado!) e nunca a achei a oitava maravilha do mundo que as pessoas de Stars Hollow acreditavam. E nessa temporada ela continua a mesma pessoa, só que ainda mais perdida do que o normal. Não é que a odeie, mas também não amo.



Lorelai, apesar de imatura e muito egoísta (hoje estou com a língua afiada, haha), sempre foi uma personagem melhor para mim, mais bem trabalhada. Ela sofreu bastante na vida e mesmo tomando milhões de decisões erradas, encontrou o seu caminho – mesmo que agora ela ache que o perdeu. Seu relacionamento com a mãe é o ponto alto dos episódios, como sempre foi. Kelly Bishop é maravilhosa e sua Emily não perdeu a majestade, mesmo que tenha perdido o marido e a alegria de viver.

Temos a participação de praticamente todos os personagens que passaram por Gilmore Girls ao longo dos anos, como Kirk (Sean Gunn), Taylor (Michael Winters), Ms. Patty (Liz Torres), Christopher (David Sutcliffe), a maravilhosa Paris Geller (Liza Weil), Lane (Keiko Agena), os ex-namorados de Rory, Dean (Jared Padalecki), Logan (Matt Czuchry) e Jesse (Milo Ventimiglia – insira aqui gritinhos, porque ele sempre foi meu preferido) e todos os outros habitantes da incrível Stars Hollow, um lugar que eu ainda tenho vontade de morar e continua charmosa, fofa e colorida.




Gilmore Girls: A Year in the Life foi um ótimo revival de uma série que gostei muito, ainda que durante algumas temporadas eu tenha ficado cansada. A volta de Amy Sherman-Palladino fez toda a diferença, principalmente no final. A criadora disse que sempre quis terminar a série com as últimas quatro palavras que finalizaram esses novos episódios e que deixou todo mundo de queixo caído e alucinado por uma continuação. Ela não falou nada sobre um possível desenrolar, mas cabe a gente ficar na expectativa.

Como nunca se tratou de um conto de fadas, não espere apenas situações felizes, e sim reais. Tem felicidade, tem tristeza, tem lágrimas, tem risadas e tem um relacionamento entre mãe e filha que nunca acabará, ainda que possa ficar abalado algumas vezes. Gilmore Girls: A Year in the Life foi uma montanha-russa de emoções na qual me diverti. E ainda quero mais.



Recomendo.

Teca Machado

8 comentários:

  1. Oi, Teca. Vejo tantas referências a essa série que sempre imagino ser aquelas bem antigonas que todo mundo ama, mas ai percebo que já sei de qual estão falando tanto, (minha mente não associa nomes a série em si). Eu gosto desses enredos fáceis e simples de serem retratados, mas não curto séries, chega dá preguiça pensar em assistir, por isso passo a dica, apesar de que são tantos atores bonitos no enredo que dá até vontade de ver.
    Beijos
    http://www.suddenlythings.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Mika!
      E essa série é longaaaaaaaaa, hahaha.
      São 7 temporadas e mais essa bônus.
      Eu gosto bastante, apesar da pirraça da protagonista, haha.

      Beijooos

      Excluir
  2. Oi, Teca!

    Admito que nunca me interessei na série, mas pros fãs o revival deve ter sido um presente maravilhoso e fico feliz por ter te agradado mesmo com as ressalvas quanto às personagens hahaha.

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se nunca assistiu antes, ver o revival não adianta, hehe.
      Foi um presente bem boooooom!

      Beijooos

      Excluir
  3. Oiiiiiii
    Tecaaaaaaaaaaaa!!
    Seguindo a sua vibe nesse post vou ser bem sincera...Nunca gostei dessa série.. haha
    Já tentei assistir algumas vezes, mas acho que simplesmente não faz meu estilo sabe?
    Mas gostei do seu review!

    beeeeijos
    www.ooutroladodaraposa.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hahahahaha
      Acontece!
      Eu não queria assistir quando era mais nova, aí fiquei interessada ano passado.
      :P

      Beijooos

      Excluir
  4. Oi, Teca!
    Nossa, eu sempre achei a Rory um porre. E tipo.. eu assistia no SBT e tinha uns 8,9 anos e já achava isso. Imagina agora que estou bem mais velha? hahahaha
    Beijos
    Balaio de Babados

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aaah, então você me entende total.
      E entende desde bem novinha, hahahaha.
      :P

      Beijooos

      Excluir

Tecnologia do Blogger.