Um sonho de filme (que trocadilho horrível!)


Há uns meses eu estava pensando que havia vários clássicos do cinema (não a definição literal da palavra só com filmes como E o Vento Levou, ou seja, velhos) que eu nunca tinha assistido, mas que precisava ver.

Listei alguns mentalmente e comecei o desafio lançado a mim mesma. Não tenho um ritmo definido ou "a cada semana eu tenho que ver um". É algo livre mesmo, que eu faço simplesmente por prazer.

O primeiro da lista foi Um Sonho de Liberdade, com Morgan Freeman e Tim Robins produzido em 1995. Um primo meu tem esse filme como o seu preferido de todos os tempos e vivia me falando para assistir. Minha tia Flávia (Beijo, tia!) me disse que ele era sensacional. Meus pais falaram muito bem também. Mas, vendo a sinopse não me interessei. Não me pareceu bem o tipo de assunto que eu gostaria. Mesmo assim, resolvi assistir. Se não gostasse, paciência. Já assisti a muitos filmes ruins antes.


O filme, que foi adaptado de um livro de Stephen King, passa em 1946 e conta a história de Andy Dufresne (Robins), um jovem rico e bem sucedido que foi injustamente condenado pelo assassinato da esposa e do seu amante. Mas, desde o princípio, afirma que é inocente. Condenado com pena perpétua, ele é mandado para a Penitenciária Estadual de Shawshank, a mais temida dos Estados Unidos. Diferente de todos os outros detentos, Andy se destaca e faz uma revolução dentro da cadeia, além de ficar amigo de Ellis Boyd Redding, um prisioneiro que está lá há duas décadas e controla o mercado negro da instituição.

Parece meio chato, né? Mas, não é. Nem um pouco. Do início ao fim o filme prendeu a minha atenção. Fora que o final (que eu PROMETO que não vou contar) é surpreendente e te deixa de queixo caído. Quem não gosta de filmes assim?

A atuação de Tim Robins e Morgan Freeman, além da dos outros detentos, é espetacular. Tim Robins, muitas vezes esquecido e negligenciado por Hollywood, tem o seu valor. Mesmo enquanto a penitenciária passa por momentos de confusão, brigas e outros, ele continua calmo, com o olhar distante e parecendo que está em outro lugar muito melhor do que naquele inferno. O protagonista nunca perde a esperança e nem a vontade de se provar inocente.

Um trecho que vale a pena ser comentado é quando Andy está na sala do diretor da penitenciária, encontra uma vitrola e discos de música clássica, que ele ama. Coloca a música para tocar no sistema de som da cadeia. Todos param o que estão fazendo para ter aquele momento de paz. Por causa disso, Andy vai parar na solitária por alguns dias.

O mais interessante é que o filme não fez sucesso no cinema. Arrecadou pouquíssimo. Mesmo assim foi indicado a 7 Oscars. Não ganhou nenhum, pois a concorrência da premiação em 1995 foi acirrada. O filme concorreu com Forest Gump e Pulp Fiction. Entretanto, quando saiu em fita (pois é, velho, né?) e, posteriormente em DVD, arrecadou muito mais e hoje é considerado um clássico.

Posso riscar esse da minha lista de clássicos não vistos. E risco com prazer. Foram 2 horas e 20 minutos muito bem gastas. Assista ao trailer aqui.

Recomendo.

Teca Machado

Um comentário:

  1. E já baixei a Lista de Schindler para você continuar sua busca pelos clássicos.
    Pode ir preparando o lenço.

    E arruma um para mim também ...
    Bjs

    O pai da Teca.

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