Um dia fantástico, um dia na Copa do Mundo


São 23h30, eu estou morta de cansaço, mas vim aqui escrever para vocês sobre uma das experiências mais legais que eu já tive na vida: Trabalhar na Copa do Mundo. Não, não trabalhei como voluntária. O governo já tira dinheiro demais da gente para que eu trabalhe de graça para ele. Fui contratada pelo Mc Donald’s, um dos patrocinadores do evento, para ficar com as crianças que entram com os jogadores, chamadas de Players Escorte. Hoje participei do jogo Chile 3 X 1 Austrália, na Arena Pantanal, em Cuiabá, e vou participar de outros três aqui na cidade.

Equipe que trabalhou e vai trabalhar para o Mc Donalds, para a Sony e para a Adidas

Eu e mais quatro colegas passamos o dia inteiro (Inteiro MESMO, foram 12h de trabalho) brincando, organizando, distraindo e divertindo 22 crianças. Posso dizer que foi maravilhoso e extremamente cansativo. A expressão que eu mais escutei foi “Ô, tia...” seguida por “posso ir ao banheiro?”, “estou com fome”, “ele está me empurrando”, “que horas nós vamos ver os jogadores?” e assim por diante. Mas depois escutar um “tia, você é legal” ou “tia, foi emocionante, nunca vou esquecer esse dia” é simplesmente fantástico.

Eu, Bebel e Jubs, minhas primas e companheiras de trabalho na Copa

Durante o ensaio, nós entramos com as crianças no campo, fazendo o papel dos jogadores. Eram 14h, estava um sol de doer a alma, a Arena estava vazia, só com o staff, e mesmo assim a sensação de estar ali, naquele gramado, olhando ao redor, foi de acelerar o coração. Fico imaginando o batimento cardíaco e a emoção das crianças, e dos times, é claro, quando chega o momento de verdade, quando eles cantam o hino e o estádio inteiro grita junto.

Algo que também deixou a experiência ainda mais lindona foi o fato de que nós tínhamos ingressos para o jogo bem na boca do campo. Bem na pontinha mesmo, olha aqui:


E foi uma sensação incrível entrar na Arena, com outras 40 mil pessoas, todo mundo com um só objetivo: ver futebol de qualidade. E eram brasileiros, chilenos e australianos, todos misturados, numa vibe de competição, mas muito respeito. E aí, na hora do gol, ver um monte de marmanjo chorando e se abraçando, mesmo se fossem desconhecidos, não tem preço. É realmente engraçado. E mesmo eu, que nem ligo tanto assim para futebol (Porque um jogo com 90 minutos dispersa a minha atenção), gritei e torci, como se fosse para a nossa seleção. Ajudou muito o fato de que a camisa da Austrália é praticamente igual a do Brasil e de que eles são MUITO gostosos gatos.

A Bebel, minha prima e colega de trabalho na Copa, e eu #aloka torcendo muito por um time que nem era meu

Minha perna está moída, quero dormir agora umas 14 horas seguidas, quase todo meu corpo dói, mas foi bom. Foi bom demais! Foi bom demais demais demais. E ainda não acabou, tenho mais três dias de jogo (Rússia X Coreia do Sul, Nigéria X Bósnia e Colômbia X Japão) e mais 66 crianças para conhecer.

Mal posso esperar!

Teca Machado

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