Oi! Oi! Oi!


Quando eu era mais nova, assumo que era noveleira. Amava e assistia a quase todas as novelas (Principalmente do SBT). Lembro de muitas que passavam na infância e na adolescência, como Chiquititas, Luz Clarita, Maria do Bairro, Maria Mercedes e Marimar (Thalia, minha ídolo, haha), O Cravo e a Rosa, Torre de Babel, A Usurpadora, Pérola Negra e por aí vai. Hoje não tenho muita paciência. Seis, sete meses tendo que assistir de segunda a sábado para entender a história que se arrasta por muitos capítulos não me prende mais. Por isso gosto de seriados: Uma vez por semana e, se você perder, ainda pode assistir depois em reprises. Só que, como praticamente todo o país, fiquei viciada em Avenida Brasil.

Nina/Rita - a vingança em pessoa

Sei que a novela já está quase acabando, mas vamos começar do início. Os primeiros capítulos foram ótimos. Qualidade de cinema mesmo. Foram imprescindíveis para conquistar o telespectador. E acredito que conquistou. Esses dias vi em algum site, não lembro qual, que a novela está dando recordes de audiência desde a sua estreia.

Desde O Cravo e a Rosa eu gosto da Adriana Esteves. Acho que ninguém poderia fazer a Carminha melhor do que ela. Também vi em outro site, deve ter sido no Ego, que ela é considerada uma das atrizes mais profissionais da Globo. Se entrega por inteiro e está sempre pronta para gravar. Ela disse que não deixa o filho mais novo assistir Avenida Brasil para que ele não confunda a mãe de verdade com a mãe da ficção. Bem faz ela. Quando Carminha está com muita raiva, o barulho que ela faz parece mesmo de uma cobra. Medo dessa mulher.

Olha o nariz da Adriana Esteves se abrindo de ódio. M-E-D-O!

Eu gosto da Débora Falabella, apesar de achar ela um tantinho sem sal. Ela trabalha muito bem, isso a gente não pode negar nunca. A moça consegue mudar a expressão de boazinha, querida, cuti-cuti do Tufão para tão dominadora e má quanto a Carminha em questão de menos de um segundo. Admiro isso num ator (Mas bem que ela podia deixar o cabelo crescer, né? Me dá agonia olhar para aquele cabelo Joãozinho).

Não dá para falar de todos, mas acho que o elenco foi muito bem escolhido, principalmente as duas protagonistas. Para mim, os melhores são Alexandre Borges, sensacional como sempre, as suas três mulheres engraçadíssimas, além de Beth Faria como sua sogra muito louca. Murilo Benício realmente é o jogador malandro aposentado. José de Abreu, como Nilo e com a sua risadinha maléfica é excepcional. Fora Ísis Valverde como a periguete mais amada do Brasil.

Núcleo Cadinho e suas três mulheres

Acho que João Emanuel Carneiro, o autor de Avenida Brasil, foi muito feliz na criação do enredo. É muito diferente de tudo o que a gente já viu. Nada de mocinha linda, doce, sofrida e completamente chata. Nada de vilã totalmente pirada e inverossímil como a Teresa Cristina. Fora que a trama principal não é o casalzinho sem sal: é a vingança nua, crua e tudo o que se precisa para chegar até lá. 

Só acho que eu já cansei de Avenida Brasil. Estou doida para chegar ao final logo. Gosto de assistir o início e o fechamento. O meio é enrolado demais. Chega de Nina com Jorginho, Nina sem Jorginho, Carminha ganhando, Nina ganhando, Jorginho banana, Tufão sendo enrolado. Já deu, né? Novelas boas são como as que têm passado 23h. Dois meses e pronto.

João Emanuel Carneiro, a mente por trás de Avenida Brasil

Tem um mistério TÃO misterioso envolvendo a mãe Lucinda e a Carminha que isso está mais parecendo Lost do que novela da Globo. Aposto todas as minhas fichinhas que vai ser uma coisa sem graça, já que todo mundo está esperando a coisa mais escabrosa do mundo.

Na minha opinião, o final perfeito para Avenida Brasil seria a Nina e a Carminha descobrirem que, na verdade, são farinha do mesmo saco e se completam. Então, sairiam mundo afora dando golpes em jogadores de futebol (ou basquete, vôlei, tênis...) aposentados. Não seria o máximo?

Teca Machado

Um comentário:

  1. A novela, além de ser uma droga, ainda provoca dependência. ( do livro Desaforismos de Georges Najjar Jr )

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