James Bond, SEU LINDO! – 007 – Operação Skyfall

Como já disse antes, adoro “filme de menino”. Explosões, correrias, pancadarias e super-heróis, na medida certa, me agradam muito. Então, nada mais natural do que eu ser apaixonada pelo James Bond. Ainda mais na versão Daniel Craig. Óbvio que eu fui assistir 007 – Operação Skyfall na estreia, sexta-feira (Que marcou os 50 anos dos filmes da franquia).




Depois de uma missão na Turquia que não deu muito certo, a Inteligência Britânica se vê com um pepino nas mãos: Um disco rígido com o nome de agentes infiltrados em operações terroristas ao redor do mundo foi roubado, o seu melhor agente, 007 (Daniel Craig), foi dado como morto e M (Judy Dench), a chefe do departamento, está sendo forçada a aposentadoria. Para piorar ainda mais a situação, hackers invadem o sistema do MI6 e começam a vazar os nomes da lista. É, como diria Chapolin Colorado, “e agora, quem poderá nos defender?”. Apenas James Bond, é claro, que ressurge das cinzas. Agora ele passa a correr atrás da mente criminosa por trás disso tudo para recuperar as informações roubadas.


James Bond e o Aston Martin, seu xodó.

A história é muito inteligente e bem amarrada. Não é confusa como o do anterior, 007 - Quantum of Solace (Que, diga-se de passagem, eu não entendi muito bem até hoje). Além disso, tem vários trechos que arrancam sorrisos do público. Na minha opinião, 007 – Operação Skyfall é um dos melhores filmes da série toda (Que conta com 23 longas e eu já assisti acho que quase todos). Críticos ao redor do mundo afirmam a mesma coisa.

Bérénice Marlohe, a nova Bond Girl.

Como Daniel Craig não está mais na flor da idade e muito menos Judy Dench, o roteiro brinca muito com o velho e o novo, o tradicional e a inovação. Em certo momento, 007 encontra Q (Ben Whishaw), o fornecedor de armas e bugigangas, em um museu. Antes interpretado por um velhinho, um senhor com cara de cientista louco, agora Q é um rapaz, gênio dos computadores, que, como salienta James Bond, ainda tem espinhas no rosto. Eles observam uma pintura de um antigo navio de guerra. Q comenta que é triste ver algo tão poderoso virando sucata e 007 apenas diz que ainda é um ótimo barco. Analogia ao próprio agente, que está ficando mais velho (Mas ainda tem contrato para mais dois filmes da franquia).

Q e 007 no museu falando sobre o quadro.

Linda direção de Sam Mendes (De Beleza Americana), cenários de tirar o fôlego, extremamente bem produzido e bem feito, 007 – Operação Skyfall ainda é melhor quando se fala das atuações. Daniel Craig encarnou melhor do que nunca o agente secreto mais famoso e amado do mundo. Ele trabalha muito bem nesse filme. Ele é torto, meio assimétrico e com um rosto duro, que nunca dá um sorriso, mas ele é tãããão charmoso, elegante e fino que é impossível não gostar dele. O jeito que ele para com as pernas afastadas, que ajeita o paletó no meio de uma perseguição e pisca o olho no meio do tiroteio faz com que entendamos porque as Bond Girls simplesmente caem em seu colo. Os puristas podem preferir Sean Connery como James Bond, mas eu gosto do Daniel Craig. Diferentemente dos seus predecessores, ele apanha, despenteia, sangra e sua, mas nunca perde a linha.

Tem como não falar que esse homem é charmoso e lindo?

Judy Dench dispensa comentários. Afinal, aquela mulher é uma senhora atriz! 

Mas, quem merece um Oscar pela atuação nesse filme é Javier Bardem. Só quem já assistiu entende o quão bem ele trabalhou. Seu jeito de olhar, sorrir, seu tom de voz, seus trejeitos. Não há nada que lembre o Javier Bardem original, apenas o Sr. Silva, o vilão de 007 – Operação Skyfall. E ele está horroroso. A Penelope Cruz devia chorar todas as vezes que ele chegava em casa com aquele cabelo loiro terrível, haha. Parecia o Clodovil. 

Javier Bardem de Sr. Silva. Também conhecido como Clodovil.

007 – Operação Skyfall é o filme da série que mais entra na história de James Bond, em sua vida. Ficamos conhecendo o seu passado e também vemos as fraquezas e traumas do agente que sempre pareceu invencível. Vi uma entrevista com o Daniel Craig que ele dizia ser esse o longa mais fiel aos livros de Ian Fleming e que ele mais gostou de atuar.

Um adendo para a música Skyfall, escrita e cantada por Adele, que toca nos créditos iniciais (Muito interessantes e que prendem a atenção). É impossível não pensar em James Bond e na Inglaterra ao escutar a música. Nunca vi uma trilha sonora ser tão a cara de um filme.

Recomendo muito.

Teca Machado

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