O casal mais sortudo do mundo: Até Que a Sorte Nos Separe 2


Comédia é uma coisa muito pessoal. Uns gostam daquelas bobas tipo pastelão (Eu!), outros daquelas com um humor mais intelectual (Eu também!). Então as opiniões sobre o brasileiro Até Que a Sorte Nos Separe 2, do diretor Roberto Santucci, são divergentes. A minha é a de que é um filme extremamente engraçado, do tipo que chorei de rir. Os mais intelectuais podem dizer que é sem conteúdo, mas é ótimo para desanuviar a mente e se divertir.


A Globo fez uma ótima estratégia de marketing na quarta-feira (Que eu caí direitinho, diga-se de passagem, haha). Passou no Festival Nacional o primeiro filme, que foi baseado no livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos. Eu, que não tinha assistido, vi. Quando terminou já estava combinando com a minha irmã de assistirmos o segundo filme no dia seguinte. E foi o que aconteceu.

Os anos pobres

Para quem não sabe, em Até Que a Sorte Nos Separe 1, o casal Tino (Leandro Hassum) e Jane (Danielle Winitz no primeiro filme) ganhou R$ 100 milhões na Mega Sena da Virada. Depois de 15 anos de gastança desenfreada, o casal fica quebrado. Tino tem que se virar para segurar a situação sem que Jane saiba enquanto recebe conselhos financeiros do especialista em investimentos Amauri (Kiko Mascarenhas), seu tão odiado e certinho vizinho.

Amauri e Tino

No segundo longa, o casal Tino e Jane (Dessa vez interpretada por Camila Morgado, uma excelente troca de elenco) depois de passar uns anos bem pobres, recebe inesperadamente uma herança de R$ 50 milhões do tio Olavinho (Ô, casal sortudo, hein?). A condição para virarem milionários outra vez é jogar as cinzas do falecido no Grand Canyon. Para fazer isso, o casal, seus dois filhos e a sogra de Tino (Arlete Salles) vão até Las Vegas. E aí vocês já podem imaginar o que o irresponsável e louco Tino faz.

A família e as cinzas do falecido tio

Num cassino Tino joga a sua herança pelo ralo num jogo de pôquer e passa a ser perseguido pela máfia mexicana, a quem ele até fica devendo dinheiro. Amauri aparece em Vegas para ajudar, mas a confusão vai ficando mais pirada ainda. Um destaque para a cena de perseguição que para fugir Tino vai parar num concurso de strippers masculino. Ver Leandro Hassum rebolando e tirando a camisa ao lado de caras mega sarados não tem preço.

Pôquer!

Por falar no protagonista, ele já é engraçado por natureza. Só de olhar para a cara de Leandro Hassum, já tenho vontade de rir. E em Até Que a Sorte Nos Separe 2 ele está mais ainda. Mais exagerado, mais louco e mais sem noção, o que é ótimo. Faz piadas de gordo o tempo todo.

Participação especial de Anderson Silva

Camila Morgado deu o tcham a mais que a Winitz não tinha conseguido. O seu timing para comédia é excelente, apesar de ser mais conhecida pelos seus papeis sérios. Ela é uma senhora atriz que mesmo num filme pastelão dá o seu melhor. Winitz só não pôde participar porque a Globo não a liberou da gravação de Amor à Vida. Ainda bem. Não sei se é por causa da insuportável da Amarilys, mas eu não gosto dela. Logo no começo do filme, Jane, que não está com o rosto enquadrado na tela, fala a Tino que com os passar dos anos pobres ela se tornou outra mulher, que estava diferente, uma referência a troca de atrizes. Adorei o trocadilho. 

Camila Morgado sendo ótima na pele da perua Jane

Kiko Mascarenhas também está ótimo. Ele é o Tavares, em Entre Tapas e Beijos, e é um tipo de engraçado diferente de Leandro Hassum. É rígido, certinho, travado, mas que é sempre enrolado por outros.

Um dos melhores pontos do filme são as participações especiais. Tem Anderson Silva, Victor Leal (Do grupo de humor Melhores do Mundo), sósias de vários atores americanos, como Oprah e Johnny Depp, Rodrigo Sant’anna (Que faz a Janete, do Zorra Total) e Jerry Lewis, ícone do humor dos anos 1960 e 1970 (Meu pai, na minha infância, me mostrou o melhor da cinematografia e me apresentou grandes nomes e filmes, especialmente os de Jerry Lewis).

Hassum e Jerry Lewis

Pode ir ao cinema preparado para rir muito de Até Que a Sorte Nos Separe 2. Não espere um filme intelectual e inteligente, mas um despretensioso com roteiro e atuações leves.

Recomendo.

Teca Machado

Um comentário:

  1. Ao ler este post, entrei no Youtube para rever as melhores cenas dos filmes de Jerry Lewis. Rolei de rir. Imperdivel!

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