Dança dos Sonhos, de Nora Roberts: Sobre ballet e sobre amor


Dois livros em um. É assim Dança dos Sonhos, de Nora Roberts. Dividida em duas histórias, a obra tem como tema central o amor: Amor pelo ballet clássico e amor amor mesmo. Em ambos os casos vemos integrantes da família Bannion. No primeiro somos apresentados a Seth, que não é o protagonista do enredo e sim o cara apaixonante, e no segundo temos Ruth, que tem papel de coadjuvante no primeiro livro e é a principal do segundo.


Parte 1:

Lindsay Dunne era a primeira bailarina do ballet de Nova York até que um acidente fez com que voltasse para a cidadezinha de Cliffside para que pudesse cuidar da mãe doente. Lá montou uma estúdio de ballet e a dança ainda é muito presente na sua vida. Apesar de às vezes sentir falta da loucura que é NYC, sente-se extremamente satisfeita com uma vida mais simples e tranquila. Até que conhece Seth Bannion e tudo o que existia de calmaria some.

Lindsay e Seth se conhecem da pior maneira possível, tanto que ela não quer vê-lo nem pintado de ouro. Ele é um arquiteto de renome que acabou de se mudar para a cidade para cuidar de Ruth, sua sobrinha órfã de 16 anos que é um gênio do ballet. Tão gênio que Lindsay, sua professora, quer vê-la nos palcos de Nova York, não de Cliffside. Mas Seth não quer. Enquanto discutem o futuro da garota, é mais do que óbvio que eles vão se apaixonar.

Parte 2:

Alguns anos se passam e Ruth já é uma jovem bailarina da destaque na companhia de ballet de Nova York, cujo diretor artístico e coreógrafo é o excêntrico e quase maluco Nikolai Davidov (Claramente inspirado em Mikhail Baryshnikov). Ele tem um temperamento difícil, o que quase enlouquece Ruth, que sempre morreu de amores pelo parceiro de dança.

Naquele ambiente nada delicado de ambição, competição e disciplina, Ruth e Nikolai tentam se entender enquanto tudo e todos torcem contra.


Ambas as partes de Dança dos Sonhos são muito boas, mas o destaque vai para a segunda. A primeira é uma graça, mas é mais comunzinha, vamos dizer assim. Casal que se odeia, mas que no fundo se ama e briga o tempo todo até que se acerta e tudo fica lindo (Não que eu esteja achando ruim, eu amo histórias assim. Tanto que a que escrevi é mais ou menos desse tipo).

A segunda é mais diferente e criativa. Talvez chame a atenção por passar num ambiente que não estamos acostumados, os bastidores de uma das maiores companhias de ballet do mundo. E apesar de ter ficado loucamente apaixonada pelo enigmático e sério Seth Bannion, confesso que a personalidade expansiva de Nikolai é mais cativante. Mesmo assim, a longo prazo é melhor um cara como Seth, porque Nikolai é tããããão cansativo e arrogante que me deixaria louca em poucas semanas. Fui contraditória, eu sei, mas não estou nem aí.



Dança dos Sonhos tem uma linguagem leve e fácil. A leitura flui e você termina ele rapidinho. Os personagens são bem construídos, principalmente Ruth, que vemos a evolução de menina tímida e bocó para uma grande profissional.

Já tinha ouvido falar da Nora Roberts, mas não tinha lido nada dela, apesar de ser uma das mulheres que mais vendem mundo afora. Peguei emprestado da Anne, uma amiga, e o primeiro que li foi Lua de Sangue, que vou comentar daqui uns dias, e depois esse. A Anne tem vááááários livros da autora que eu já quero ler. Haja tempo para conseguir ler tudo o que eu tenho vontade. Alguém aí sabe de alguma profissão que me pagaria para ler livros?

Recomendo.

Teca Machado

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