Bonito de se ver, gostoso de assistir – Oz: Mágico e Poderoso


“Não há lugar como o nosso lar”. Uma das frases mais famosas do cinema. Assisti incontáveis vezes O Mágico de Oz quando era pequena. Segundo o meu pai, eu chorava quando a bruxa má verde morria derretida. Sabe-se lá porque eu sentimentalizava com a vilã. Apesar de ser apaixonada pelo filme duas décadas atrás (Nossa, me senti muito velha nesse momento!), eu agora não lembrava quase nada do original. Tendo assistido no cinema Oz: Mágico e Poderoso, relembrei e entendi porque gostava tanto.


Oz: Mágico e Poderoso, da Disney e do diretor Sam Raimi (Da trilogia O Homem-Aranha), é, como anda na moda em Hollywood, um prelúdio do filme anterior. Conta como o grandioso Mágico de Oz chegou à terra encantada e como ele se tornou uma lenda no local.

James Franco é Oscar Diggs, mais conhecido como Oz, um mágico ilusionista farsante que após um péssimo espetáculo e uma briga com o homem mais forte do circo onde trabalhava, entrou num balão, que foi puxado para um tornado e acabou indo parar em Oz, um mundo meio alternativo.

Conheça Oz

Assim que pousa em Oz, encontra Theodora (Mila Kunis) e Evadora (Rachel Weisz), uma espécie de realeza, que lhe dizem que no local há uma profecia que afirma que um mágico, caído do céu, com o mesmo nome da terra onde vivem, seria o grande salvador de Oz, que vive dominado pela bruxa má Glinda (Michelle Williams). Assim, ele se tornaria o grande rei, dono de uma pilha de ouro de dar inveja ao Tio Patinhas. Movido pela ganância e egoísmo, Oz aceita o título e afirma sim ser ele aquele de quem falam na profecia. Quando vai atrás da tão falada bruxa má, percebe que talvez a má não seja bem ela... 

Oz, Theodora e Evadora

Contando com a “grande” ajuda de um macaco voador falante bem gracinha e de uma boneca de porcelana que é viva, Oz vai além do seu narcisismo e ambição e precisa dar um jeito de libertar o povo da vilã, seja ela quem for.

Vi muitas críticas negativas ao filme, mas gostei bastante. Visualmente, é um filme de tirar o fôlego. Lembra muito o Alice no País das Maravilhas de Tim Burton e Johnny Depp (Que não gostei, mas vale a pena ver pela fotografia). O 3D é bom na maior parte do filme, tirando quando as imagens (Assustadoras, geralmente) pulam na plateia. 

Glinda, a bruxa "má"

O primeiro ato de Oz: Mágico e Poderoso é todo em tons de sépia e a tela é quadrada. Assim que chega ao mundo de Oz, a explosão de cores é intensa e a tela vai se abrindo para o formato normal de cinema. A transição é linda. O figurino é também muito belo, além dos efeitos especiais que ninguém pode botar defeito.

A boneca de porcelana é um dos melhores efeitos especiais

A história é bonita e, como era de se esperar de um filme da Disney, tem todo um fundo de lição de moral (Mas sem ser muito piegas). Achei que o roteiro tem alguns furos e nem tudo fica muito bem explicado, mas você tem que se deixar levar pelo enredo como um todo. Uma das partes que eu achei mais interessantes foi quando acontece a guerra. Criaram uma batalha sem ninguém morrer ou se machucar e a as estratégias da luta foram as mais inteligentes possíveis, a lá A Invenção de Hugo Cabret.

O colorido e fantástico mundo de Oz

Tinham me falado que James Franco estava péssimo em Oz: Mágico e Poderoso. Não achei ruim. É verdade, não é o seu melhor trabalho na tela, mas passa longe de canastrão. Em alguns momentos parece um pouco caricato, mas acho ele bem carismático. Mila Kunis está com cara de louca (O que no caso é a intenção) e Rachel Weisz está muito bem, mas não é digna de Oscar e nem mesmo do Globo de Ouro. Michelle Williams, ao meu ver, se destacou. É a típica boazinha, cheia de açúcar e mel que provavelmente nos deixaria enjoados, mas soube mostrar que apesar disso, de boba não tinha nada e que sabia de todas as intenções de Oz desde o início. Apesar da aparência, de frágil ela passou longe.

Quero um desses para mim!

Mas digo que os melhores personagens do filme são o macaco falante Finley, que tem a voz de Zach Braff (O JD, da série Scrubs) e a menininha de porcelana, com a voz da gracinha Joey King. Os dois são quem mais arrancam risadas da plateia.

Para crianças e adultos, acho que Oz: Mágico e Poderoso pode agradar a todos. 

Oz e Glinda

Curiosidade: O filme foi inspirado nos livros de L. Frank Baum, que são domínio público. Mas o filme de 1939 é propriedade autoral da Warner, por isso a Disney não pode citar nada que acontece no original (Muito menos Dorothy e seus sapatinhos vermelhos), só pode colocar referências minimamente explícitas. Por isso em hora nenhuma ele é chamado de Mágico de Oz, apenas de Oz, mágico e poderoso.

Recomendo.

Teca Machado

Um comentário:

  1. Ameiii o filme. O macaquinho e a bonequinha de porcelana são muito lindos!!!!!!!!!!!!!!!!

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