Um evento real, uma história fictícia: Private – Missão Jogos Olímpicos


Já falei aqui do James Patterson e aqui da série dele chamada Private, quando comentei sobre o primeiro livro. Essa semana terminei de ler Private – Missão Jogos Olímpicos, parte da sequência, e digo que foi o melhor do autor e um dos melhores que li nos últimos tempos (E olha que eu leio bastante livros, hein?). Ele foi escrito em conjunto com Mark Sullivan, também escritor de livros policiais.


Como a maior parte dos livros do autor, Private – Missão Jogos Olímpicos não é uma continuação. O outro livro “fechou” redondinho a história e esse de agora são com personagens diferentes num contexto diferente. A Private, agência internacional de investigações de propriedade de Jack Morgan, tem uma filial na Inglaterra, onde passa o enredo dessa obra.

Londres, 2012. Um dia antes da abertura das Olímpíadas, Sir Denton Marshall, um dos membros do comitê de organização dos Jogos Olímpicos, é brutalmente (Brutalmente MESMO) assassinado por um indivíduo que se autodenomina Cronos, o deus do tempo da mitologia grega. Ele afirma que os Jogos Modernos perderam toda a essência do espírito olímpico da Antiguidade e que da maneira como está sendo conduzido, com propaganda, doping, corrupção e soberba, é uma afronta aos deuses olimpianos. Então, ele e suas Fúrias, três mulheres altamente treinadas e desequilibradas que o ajudam, vão limpar essa chamada podridão. 

Horas depois do assassinato, a jornalista Karen Pope recebe uma carta de Cronos falando sobre a sua ação e que muitas outras estão por vir. Desesperada, pede ajuda à Private Private, que em Londres está sob o comando de Peter Knight. A agência também foi contratada para cuidar da segurança dos Jogos Olímpicos. Jack Morgan, protagonista do primeiro, aparece, mas como personagem secundário, pois esse livro é em torno de Knight. Juntamente com a Scotland Yard, o MI5 e as investigações particulares de Karen Pope, a história vai se desenrolando, enquanto todos tentam prever os atentados e os próximos assassinatos. Enquanto o caos vai acontecendo, os países vão desistindo de participar das Olimpíadas e os atletas demonstram verdadeiro amor pelo esporte e pelo espírito olímpico. 

Esse é o James Patterson. Cara de avô bonzinho.

Diferente dos outros livros de James Patterson, Private – Missão Jogos Olímpicos não é lotado de personagens. São apenas os essenciais para o enredo e com isso você pode ir se aprofundando na vida de cada um, principalmente de Peter Knight. Ele é um excelente detetive, dedicado, inteligentíssimo e que divide o seu tempo entre a agência e os filhos gêmeos Isabel e Luke, de três anos. Descobrir quem é Cronos se torna tarefa ainda mais crucial para ele, pois o primeiro assassinado, Sir Denton Marshall, era noivo da sua mãe. 

Essa convivência familiar deixa a história mais sensível, pois conta como Knight, pai e viúvo, tenta se manter de pé todos os dias enquanto cuida das crianças e sente uma falta absurda de Kate, sua esposa que morreu no parto.

Private – Missão Jogos Olímpicos é eletrizante. A narrativa é rápida, fácil e sem firulas. As páginas finais me deixaram sem fôlego. Eu senti como se tivesse corrido uma maratona no final, de tão emocionante e cheio de ação que é. Achei o desfecho muito bom e em momento algum desconfiei quem era Cronos, apesar de os capítulos em que o mostravam serem em primeira pessoa e os outros em terceira pessoa.

Esse é o Mark Sullivan. Cara de policial durão que faz filme com o Bruce Willis.

Dessa vez James Patterson não deixou nenhum “fio solto” na história e tudo era relevante (Diferentemente do primeiro Private que eu achei tudo muito bobinho e sem importância). Os autores acertaram em cheio e acho que isso se deve principalmente ao fato do coautor ser especializado em livros policiais.

Pesquisando, descobri que Private – Missão jogos Olímpicos é o segundo sobre a filial de Londres, mas o primeiro ainda não tem no Brasil. A editora priorizou esse, pois foi lançado alguns meses antes da verdadeira Olimpíadas de Londres no ano passado. Espero que o primeiro seja tão bom quanto esse.

Recomendo.

Teca Machado 

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