Refúgio: Mais um ótimo livro de Harlan Coben


Há alguns dias comentei aqui sobre o livro Cilada, do Harlan Coben, e disse que tinha acabado de ler Refúgio, do mesmo autor. Foi o meu primeiro livro desse ano. Como sempre, devorei em pouco tempo porque é extremamente envolvente e meio fininho.


Apesar de ser interligado com a série do Myron Bolitar, Refúgio conta a história do seu sobrinho Mickey Bolitar, que tem a mesma veia de atrair confusão que o tio. Não é preciso ler os livros anteriores para entender a história, mas seria interessante, porque faz algumas referências e menções ao passado.

Refúgio começa com Mickey morando com Myron. Após acontecimentos dramáticos do livro Alta Tensão (Último lançado com Myron como protagonista), o rapaz de 15 anos é obrigado a internar a mãe numa clínica de reabilitação. Seu pai morreu em um acidente de carro poucos meses antes e o garoto se vê sem alternativa: tem que morar com o tio que mal conhece, mas por quem não tem muita simpatia.

Ele, que antes vivia uma existência nômade ao redor do mundo trabalhando em instituições de assistência humanitária, passa a ter uma vidinha pacata em Nova Jersey. No colégio, logo de início conhece Ashley e eles começam a namorar. Poucas semanas depois, a menina desaparece sem deixar rastros. Contando com a ajuda dos dois mais “losers” da escola, Ema (Quase obesa, tatuada, vestida toda de preto e sarcástica) e Colherada (Estranho, grande conhecedor de fatos aleatórios e mais fiel do que um cachorro), Mickey vai atrás de Ashley, independente das consequências do ato.

Ao mesmo tempo, uma vizinha excêntrica e idosa de Mickey, a Dona Morcega, fala que o seu pai está vivo. Mesmo que o rapaz tenha testemunhado a morte do pai e sem entender nada ou saber quem é a mulher, ele se agarra àquele fio de esperança.

O interessante é que o desaparecimento de Ashley, a afirmação de Dona Morcega e um passado terrível da humanidade se mostram interligados de uma maneira que você nunca consegue adivinhar. E vai ficando tão confuso que é um mistério como o autor vai resolver tudo aquilo.

Mickey é idêntico ao tio Myron, de quem gosto (Detalhe que eu falo de um personagem como se fosse uma pessoa real). Às vezes, até esquecia que era o sobrinho, de tão parecido o estilo. Claro que em vários momentos a história é bem mentirosa e você pensa “Uau! Tudo no mundo acontece só com ele”, mas isso não tira o charme de Refúgio, pelo contrário.

Refúgio tem um final e a história se fecha, mas a última frase do livro é uma surpresa e deixa um mistério maior ainda no ar. A vontade é torcer o pescoço do Harlan Coben por fazer isso com o leitor sem ter a continuação já lançada.

Refúgio é como todo livro de Harlan Coben: Para ler numa sentada só.

Recomendo, como sempre.

Teca Machado

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