A versão sombria e sangrenta de João e Maria


Como sou uma fã confessa de contos de fadas desde que me lembro por gente, natural eu estar adorando as novas versões um tanto darks dessas histórias infantis. Ainda amo os desenhos da Disney e as princesas cuti cutis, mas também tenho um lado sombrio. Aliás, quem não tem? 

Dessa nova leva surgiu A Garota da Capa Vermelha (Versão de Chapeuzinho Vermelho), Branca de Neve e o Caçador, Jack- Caçador de Gigantes (Sobre o João e o Pé de Feijão que ainda não estreou), as séries de televisão Grimm e Once Upon a Time (Que comentei aqui), entre outros. O filme do tipo que atualmente está no cinema é João e Maria – Caçadores de Bruxas.



Desde que assisti o trailer fiquei quicando de ansiedade para ver João e Maria – Caçadores de Bruxas. Mistura correria, ação, atores carismáticos, contos de fadas e uma pitada de humor, alguns dos meus elementos preferidos em histórias. Assisti na sexta-feira, dia da estreia, e não me decepcionei nem um pouco.

O filme vai além da versão criada pelos irmãos Grimm. Após derrotarem a bruxa da casa de doces que tentou devorá-los vivos quando crianças, os irmãos João – do original Hensel – (Interpretado pelo charmosérrimo Jeremy Renner) e Maria - do original Gretel – (Interpretada pela linda e interessante Gemma Arteton) crescem e acabam se transformando em caçadores de bruxas profissionais


Munidos de roupas de couro (Super sexy, diga-se de passagem), pistolas, granadas, metralhadoras (Já tinha sido inventado nessa época?), golpes de lutas marciais e muita coragem, eles vão de vila em vila livrando os moradores dessas aterrorizantes criaturas do mal. E quando eu digo aterrorizantes não é exagero. Eu fiquei com medo de olhar na cara delas e levei uns bons sustinhos.

Não economizam no sangue cinematográfico

Após o desaparecimento de muitas crianças numa pequena vila, o prefeito convoca João e Maria para resolverem a situação. O caso, que envolve a bruxa SUPER DO MAL Muriel (Famke Janssen bem dando medo) é muito mais complicado do que foi apresentado inicialmente e os irmão precisam se unir mais do que nunca para enfrentar uma reunião de bruxas que querem se tornar invencíveis ao mesmo tempo que enfrentam o próprio passado desconhecido.

Muriel, super maléfica

Extremamente sangrento e violento, João e Maria – Caçadores de Bruxas é quase trash. Quase. Mas, assim como praticamente todo filme hollywoodiano, é um blockbuster comercial extremamente bem feito e bem produzido que dá a entender que teremos uma franquia. E isso não é ruim, pelo contrário. É um entretenimento muito bom e divertido. Eu dei risada, fiquei com medo e até mesmo tensa em algumas cenas.

Olha o tamanho da arma dela

É visível que Tommy Wirkola, que dirigiu e escreveu o longa, não fez um filme que é para ser levado a sério. Vê-se isso principalmente pelo uso de elementos modernos numa época quase arcaica e que João virou diabético depois de tanto comer doces da bruxa quando criança. É sim um filme para diversão sem grandes pretensões ou explicações históricas.


Jeremy Renner e Gema Aterton batem, apanham, sangram, atiram e quase voam. Ambos estão muito bem nos papeis e têm um ar insolente de quem nunca será domado por nada e nem ninguém. Famke Janssen, como sempre, é uma senhora atriz. Ótima escolha de protagonistas.

Com duração de 88 minutos, João e Maria – Caçadores de Bruxas acaba antes de o espectador começar a se cansar de ver sangue e pancadaria. É um filme relativamente curto e na medida certa.

Recomendo.

Teca Machado 

Um comentário:

  1. Esse eu não perco também gosto destas “versões darks”. Nessa linha o que mais gostei ate agora foi o “Os irmãos Grimm” – não sei se ele já foi comentado aqui -, gostei da atuação de Heath Ledger e o que achai mais interessante foi terem posto os Grimms dentro de um conto de fadas.

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