Dessa droga eu quero é mais! – Amor e Outras Drogas


Quando lá pelos meus 14 anos (Jesus, isso já tem 10 anos!) assisti O Diário da Princesa, achei a protagonista, a então desconhecida Anne Hathaway, linda. Pensei “Tomara que ela faça muitos outros filmes. Gostei dela”. Bom, tive o meu desejo atendido. Logo depois disso, a atriz teve uma carreira de ascensão meteórica. Ela prova que sabe fazer comédia, drama, suspense, ação, o que seja. Tudo o que é colocado em suas mãos, faz com maestria. Dito isso, preciso comentar o filme Amor e Outras Drogas, de 2011, onde ela trabalha muito bem (E aparece em cenas de nudez incontáveis vezes).


O mercado farmacêutico sempre foi cruel e com concorrência acirrada. Tanto que nos anos 1990 os vendedores recrutados por marcas como a Pfizer eram extremamente bem treinados e faziam de tudo para que os médicos receitassem o seu produto ao invés de o do concorrente. É um mundo sem ética, com promiscuidade e cheio de atrativos financeiros.

Olha o tamanho do celular dos anos 1990!

Em Amor e Outras Drogas, um desses representantes da Pfizer é Jamie Randall (O gracinha Jake Gyllenhaal). Depois de largar a faculdade de medicina e perder o emprego de vendedor de eletrônicos, ele entra nesse mercado. Em certo momento, ele descobriu uma mina de ouro que havia acabado de ser lançada: o Viagra. Chegando ao público, a pílula azul virou a sensação farmacêutica da década e Jamie se tornou quase que um rock star. 

Jamie e Maggie

Nesse meio tempo rumo ao sucesso profissional, Jamie encontra Maggie Murdock (Anne Hathaway). A garota é o sonho de quase todos os homens: Linda, independente, liberal e a procura apenas de sexo casual. Mas, é óbvio que as barreiras contra relacionamentos que ambos tinham são jogadas ao chão e se apaixonam loucamente, apesar dos problemas da vida de Maggie. 

Uma das muitas cenas mais picantes

O tema de Amor e Outras Drogas é um tanto pesado, já que o mundo real das prescrições de remédios tarja preta é completamente inescrupuloso e não leva em conta o melhor para o paciente/cliente. Apesar disso, o filme trata isso como segundo plano (Já que o relacionamento amoroso é o principal tema) e de uma maneira cômica, principalmente quando o assunto é o Viagra.

Momento drama

Anne Hathaway faz muito bem Maggie Murdock, com todas as suas nuances e qualidade boas e ruins. Você fica com raiva dela, com dó, ri dela e também sorri com ela. É uma personagem com características reais. Ninguém é só bonzinho ou só malvado. Todos temos vários lados. O mesmo pode-se dizer de Jake Gyllenhall, sempre charmoso. Ele construiu bem Jamie Randall e passamos a gostar dele com o tempo, pois vamos conhecendo o seu interior.

Foto de divulgação do filme

Amor e Outras Drogas foi inspirado no livro de não-ficção Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman, de Jamie Reidy (Tirando a parte do romance, que foi acrescentada para dar leveza). Ele é um filme meio diferente. Eu o classificaria como drama cômico ou comédia dramática. O espectador ri. Depois chora. Aí começa a dar risada de novo, para logo depois voltar para as lágrimas. O final é um tanto piegas, mas acho que não foge à realidade no sentido de que, às vezes, não conseguimos consertar as coisas ruins, mas podemos aprender a conviver com elas na medida do possível.

Recomendo.

Teca Machado 

P.S.: Dica da Bruna Peron, minha leitora assídua, amiga faz uns 15 anos e que tem sobrinhos lindos de doer.

2 comentários:

  1. Todo remédio tem contra-indicação, mas nem toda contra-indicação tem remédio. ( mais uma ótima frase do livro desaforismos de Georges Najjar Jr )

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  2. Ai que lindoooo!! Amei principalmente o recadinho no final. Filme perfeito, com romance, comédia e drama. Mostra uma história de amor realista, que enfrenta problemas um tanto quanto tristes da vida real e mesmo assim continua forte e lindo. Morro de chorar sempre. ;)))) Sou suspeita ne, amo esse blog!!!

    Bruna Peron

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