Sequência tardia da Maratona Dan Brown: Inferno

Há alguns meses fiz uma Maratona Dan Brown, onde falei de todos os seus livros: Fortaleza Digital, Ponto de Impacto, Anjos e Demônios, O Código DaVinci e O Símbolo Perdido. Hoje, depois de praticamente engolir o livro (Característica comum em quem lê os livros dele), vim falar para vocês do último lançamento do autor: Inferno.

Uma palavra para descrevê-lo: Uau!


Sempre muito polêmico, principalmente com O Código DaVinci, Dan Brown escreve bastante sobre religião, principalmente a Católica (E, geralmente, é criticando arduamente). Apesar do nome forte – Inferno - o novo livro não fala sobre esse submundo espiritual propriamente dito. O título se dá porque dessa vez o enredo visa desvendar mistérios envoltos em simbolismos da obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri, que fala sobre Inferno, Purgatório e Paraíso.

Mais uma vez o personagem de maior sucesso de Dan Brown está de volta: Robert Langdon (Apesar de que o meu preferido é Michael Tolland, de Ponto de Impacto). Num belo dia, o professor universitário de Harvard e simbologista mundialmente famoso acorda em um hospital de Florença, Itália, sem ter ideia do que aconteceu nos últimos dois dias. Ele nem ao menos se lembra de ter deixado os EUA, para início de conversa.

Florença, cenário de grande parte do livro Inferno

Desorientado e tendo levado um tiro na cabeça, tudo o que ele consegue se recordar é de uma alucinação na qual uma linda senhora de cabelos prateados está no Inferno criado por Dante Alighieri, com rios de sangue e pecadores enterrados de cabeça para baixo até a cintura, gritando “Busca e encontrarás” e que o seu tempo está esgotando. Enquanto está tentando se recuperar no hospital, Langdon vê um assassinato acontecer na sua frente e foge apressadamente com a Dra. Sienna Brooks, uma jovem médica que estava cuidando dele.

Tendo em sua posse um objeto muito estranho que ele não tem ideia de onde surgiu, o professor e a sua nova companheira de viagem precisam decifrar códigos criados por um louco e brilhante gênio obcecado com o fim da humanidade e com o livro A Divina Comédia. E dessa vez, o perigo é muito maior do que em todos os outros livros: Todo o planeta está ameaçado.

Dante Alighieri e sua criação: A Divina Comédia

Falando sobre ciência, apocalipse, genialidade, futuro, obras de arte e arquitetura, Inferno é uma história inteligente e apreensiva.

Uma das maiores qualidades dos livros do Dan Brown é que ele consegue sempre surpreender e nos enganar. Suas reviravoltas são tão intrincadas e empolgantes que o leitor fica o tempo todo com cara de espanto falando “Eu não acredito!”. Acho que de todos os livros do autor, Inferno foi o que mais fez isso comigo. Eu realmente não imaginava esses acontecimentos e esse desfecho. Quando li a última página, o pensamento que me ocorreu foi “Definitivamente, quando comecei a ler, pensei em uma história completamente diferente”. E isso é muito bom, pois não foi nada previsível (Tirando o fato de Robert Langdon sempre ter uma mulher bonita a tiracolo e ser uma das pessoas mais inteligentes do Universo).

Salão dos Quinhentos, um dos locais citados no livro

Com 443 páginas, eu li em apenas cinco dias (Leria mais rápido se as minhas sobrinhas não estivessem hospedadas na minha casa essa semana). Constantemente prendia a respiração de tensão, tamanha era a correria da história (Isso aconteceu muito essa semana com Depois da Terra e Guerra Mundial Z). A leitura flui, é rápida e desperta tanto a curiosidade que você simplesmente não consegue largar o livro. Eu dormi de madrugada quase todos os últimos dias porque não parava de ler. E não me arrependo nenhum pouco.

Como as outras obras dele, principalmente Anjos e Demônios e O Código DaVinci, Inferno é um mergulho na história da arte mundial, principalmente a italiana renascentista. Recomendo ler Inferno (Como todos os outros livros do autor) com um iPad ou notebook do lado. Como fala sobre simbolismos e segredos encontrados em obras de arte verdadeiras e pontos turísticos famosos, é preciso ver uma foto deles para poder se situar e imaginar melhor. A minha irmã e o meu cunhado acabaram de voltar de Florença, então eu o tempo todo perguntava: “Vocês foram ao Palazzo Vecchio?”, “Vocês viram os jardins Boboli?”, “Vocês foram no Salão dos Quinhentos?”. Acho que fiquei até chata perguntando tanto.

A mente genial por trás de livros excelentes: Dan Brown

Recomendo. E muito (Fiz bem em ter sorteado esse livro mesmo sem ter lido antes. É como eu disse: Difícil errar quando o assunto é Dan Brown).

Teca Machado

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