Uma Princesa de Marte – Livro que inspirou o filme John Carter

Há alguns meses falei do filme da Disney John Carter – Entre Dois Mundos (Aqui). Como a produção foi muito cara e a bilheteria foi apenas um pouco mais do que foi gasto, consideraram um fracasso. O que é uma pena, pois como eu disse na época, ele é excelente. Como tenho um lado geek nerd e vi que o filme foi inspirado no livro de Edgar Rice Burroughs chamado Uma Princesa de Marte, logo procurei a obra para comprar. Isso já tem meses, mas estava com uma pilha de livros na frente e acabei lendo só essa semana.


Pode-se dizer que Edgar Rice Borroughs, também criador de Tarzan, é um dos precursores da ficção-científica, já que Uma Princesa de Marte, o primeiro de uma série de 10 livros, é de 1912. Muitos autores que vieram depois dele escreveram inspirados nos mundos distantes e aventuras de John Carter. Apesar disso, principalmente no Brasil, esse personagem pelo qual me apaixonei (Ai, de novo!) não ficou tão conhecido.

No outro post fiz uma sinopse do filme, mas o livro é um tanto diferente. John Carter é um capitão do exército confederado que após a Guerra Civil Americana começou a procurar minas de ouro para enriquecer no Arizona. Fugindo de índios que povoavam aquelas terras, entrou em uma caverna e inexplicavelmente foi parar em Marte, que é chamada pelos habitantes locais de Barsoom. Os marcianos se dividem em o homens verdes, chamados de tharks, que tem quatro metros de altura e seis membros, e os homens vermelhos, iguais aos terráqueos, mas com a pele avermelhada.

Edgar Rice Borroughs

Por causa da gravidade diferente do planeta, John Carter é mais forte do que todos e consegue dar pulos de 20 metros. Ele, que já era militar, se torna praticamente invencível. O personagem se apaixona por Dejah Torris, a princesa de Hellium, a Cidade-Estado de um dos povos vermelhos. Para ficar com o seu amor, ele é capaz de tudo, até mesmo sair matando todos os habitantes desse estranho mundo.

Primeiro quadrinho que desenhou o herói John Carter

John Carter é descrito como alto, forte, sarado (Ui!) e muito bonito. Apesar de extremamente heróico e corajoso, é possível perceber que suas ações são movidas pelo egoísmo, não pela honra propriamente dita. O seu amor quase cego faz com que mate a torto e a direito, sem dar a ninguém o poder da conversa e do acordo. Dejah Torris, a princesa, é linda, com longos cabelos ondulados pretos, extremamente sensual e bem volúvel (Prova de que mulheres tanto em Marte quanto na Terra são igualzinhas, haha).

Taylor Kitsch, o ator que interpretou o protagonista no cinema 

Lynn Collins, a atriz que fez Dejah Torris

Não sei se é por causa da época quando foi lançado ou se é porque o autor não colocou muito esforço achando que não seria um sucesso, mas Uma Princesa de Marte não é muito bem escrito e construído. É engraçado que em muitos momentos a descrição de um lugar, de uma planta ou de um animal é extremamente detalhada, chegando até a ser meio chata, e em outros, uma batalha inteira é resolvida em apenas uma frase. Faltou um pouco de equilíbrio por parte do autor.

Apesar da escrita pobre, a história é muito interessante, criativa (Lembre-se que nessa época, há 100 anos, não havia tantos filmes e livros assim) e riquíssima em detalhes. O autor faz com que o leitor realmente imagine as estranhas criaturas descritas e queira ir para Marte (Apesar da falta de água e de recursos naturais). Gostei muito do livro, mesmo com esses defeitos.

Cartaz do filme

Uma coisa rara acontece com Uma Princesa de Marte. O filme é melhor do que o livro. Me desculpe, Edgar Rice Borroughs, mas a Disney pegou a sua história e deu uma melhorada boa. O mérito é seu, afinal, a inspiração é sua, mas gostei mais do longa. A motivação, as batalhas e a explicação do aparecimento de John Carter em Marte, tudo faz mais sentido e é melhor explicado. Apesar da história bem diferente, a criação dos personagens e das criaturas marcianas foi muito fiel ao original. Se alguém me perguntasse se era melhor ler o livro ou ver o filme, eu apontaria o filme, sem dúvidas.

Pelo que eu consegui descobrir, em português só tem o primeiro e o segundo livro da série. Fiquei curiosa para saber como continua. Vou procurar para comprar. E sobre o filme, infelizmente, a Disney disse que não fazer fazer uma continuação. #chateada Em compensação, há muitas histórias em quadrinhos do herói. Oba!

Ilustração de John Carter e da princesa nos quadrinhos atuais. Fortinho, não?

Apesar de todos os pesares, recomendo o livro. Vale a pena pela imaginação fértil e criativa do autor.

Teca Machado

3 comentários:

  1. Como em qualquer filme esse não foi diferente , o diretor subestima a inteligência de quem vá assistir o filme e pelo menos um erro que a meu ver é gravíssimo é quando o personagem fica na caverna ( não se sabe o tempo ) em uma espécie de animação suspensa e quando retorna para o corpo o mesmo está íntegro ,sem contar os animais que iam comer ele vivo ,,,,mas é um obra de ficção e um bom passa tempo ,gostaria que tivesse uma continuação

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