O rapaz, a princesa, o gigante e o feijão


Um dos novos queridinhos de Hollywood é Nicholas Hoult. Assim, de nome, talvez você não saiba quem seja, mas provavelmente já assistiu filmes com ele. Seus lindos e grandes olhos azuis e sobrancelhas arqueadas são meio difíceis de deixar passar batido (Ai, ai...). Entre seus trabalhos, estão Meu Namorado é um Zumbi, X-Men – Primeira Classe (Onde ele interpretou o Fera e conheceu Jennifer Lawrence, com quem namorou um bom tempo), Fúria de Titãs, Direito de Amar e outros. Em fase de pós-produção, seu novo trabalho é Mad Max: Fury Road, onde ele contracena com o Tom Hardy (Ai, ai... 2). Atualmente, ele está no cinema com o filme Jack – O Caçador de Gigantes, onde é o protagonista.


Mais um filme na onda de contos de fadas revisitados por grandes estúdios, Jack – O Caçador de Gigantes é a história de João e o Pé de Feijão. Desse gênero de histórias infantis com enredo e imagens sombrias, esse longa é o que mais se aproxima do original e é o que dá menos medo, por isso a sua classificação etária é a mais baixa. Diferentemente de João e Maria – Caçadores de Bruxas e Branca de Neve e o Caçador (Que eu comentei aqui e aqui), Jack não tem sangue, tripas voando, bruxas horrendas e sustos. É um filme de ação, correria, monstros bem feiosos, uma pitadinha de humor e muitos efeitos especiais extremamente bem feitos. É meio Sessão da Tarde, mas isso não tira o seu mérito e nem o seu charme.

Nicholas Hoult, olhos azuis, sobrancelha e um jeitinho sereno

Jack – O Caçador de Gigantes começa com a lenda dos gigantes que moram nas nuvens sendo contada simultaneamente em duas casas: na humilde de Jack e no palácio da princesa Isabelle. Dez anos se passam e o protagonista, muito pobre, é obrigado a vender o cavalo da família. Um monge compra o animal e em troca lhe dá os feijões mágicos, mas afirma que são perigosos e que não podem ser molhados sob circunstância nenhuma. 

O famigerado pé de feijão

Numa noite de muita chuva, a princesa (A novata e muito boa Eleanor Tomlinson) foge do palácio, pois está sendo obrigada a se casar com um homem que não ama. Por obra do acaso vai parar na casa de Jack. Conversa vai, o amor vem, os feijões molham, o pé de feijão cresce e Isabelle é levada aos céus (Literalmente) pela planta. Jack, Elmont, o chefe dos Guardiões do Rei (Ewan McGregor, carismático como sempre), Roderick, o pretendente da princesa (O excelente Stanley Tucci) e outros guerreiros devem subir e salvá-la. Essa é uma das diferenças da história original. Lá, João é motivado pelo ouro e pela riqueza, nesse é pelo amor (Ohn!).

Elmont, Isabelle e Jack

Mas, chegando às nuvens, a equipe de resgate descobre que todas as antigas lendas são verdadeiras. Para o horror de todos, os gigantes são reais, comedores de humanos e muito, muito maus.

Os efeitos especiais são muito bons. As imagens são muito bonitas (Menos quando mostra os gigantes). O 3D é ótimo, não atira coisas na cara do espectador o tempo inteiro, mas dá uma sensação de profundidade.

Gigante gatchenho, né? Haha

O bom de Jack – O Caçador de Gigantes é que não é nem um pouco meloso. Tem todo o amor jovem, mas isso não é o principal do filme e ele não se atém a isso. E também não é dramático. Não explora a pobreza de Jack e nem a morte de familiares. Fala sobre essas coisas, mas não coloca em primeiro plano e nem quer te fazer chorar.

Casal sem muito melodrama, mas muito sentimento

Nicholas Hoult está ótimo. Ele passa uma sensação de calma e tranquilidade. Sua atuação é serena, mesmo nos momentos de maior correria e tensão. Seus olhos são muito expressivos. Eleanor Tomlison faz uma princesa muito boa, pois é feminina, nem um pouco frágil e não tenta roubar a cena. Ewan McGregor está engraçado e plenamente em forma física e de atuação. Já o Ian McShane, no papel do Rei Brahmwell, achei meio apagadinho. Mas o maior destaque do filme vai para Stanley Tucci, totalmente vilanesco, quase caricato, mas com o pé na realidade. Ele sabe como ninguém ficar na tênue linha entre os dois mundos.

Jack, um sofredor sem ser coitado

Apesar de muito bom, dizem que Jack – O Caçador de Gigantes é o John Carter (Que eu comentei aqui) de 2013. Muito gasto e pouca bilheteria. Se isso acontecer, vai ser uma tristeza, assim como foi com o John Carter, pois nenhum dos dois merecem.

Recomendo.

Teca Machado

P.S.: Antes do filme, vi o trailer de Star Trek 2, O Homem de Aço e O Homem de Ferro 3. Preciso dizer que eu e a Marcinha, minha companheira de cinema, quase enfartamos com essa quantidade de homens lindos? Hahaha.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.